O Dia do Coringa (Fan Fiction)

Capítulo 1 – Os Livros do Coringa.

Os protestos começavam mais cedo a cada ano que passava. Mais cedo e com mais violência. De muito pouco adiantava a mobilização extra de policiais e os modelos de contingência de tumultos simulados pelas inteligências artificiais do sistema de defesa de Gothan. Era simplesmente inadministrável. Os protestos não eram organizados. Levas de jovens, uns vestidos à caráter, outros somente com máscaras confeccionadas com papel e lápis, outros com maquiagens tridimensionais e óculos escuros anti leitura de retina para não serem identificados, tudo feito em casa, simplesmente se deixavam disponíveis e zanzavam pelo centro da cidade. De repente, não se sabe de onde, um pequeno grupo começava o tumulto e a ele ia se agregando outros jovens saídos da multidão cotidiana que transita em sua rotina de movimentação pela cidade. Pequenas explosões simultâneas de destruição, depredação, sangue e morte. Os métodos iam desde a depredação e roubo à mão armada, até o uso dos explosivos caseiros feito a base de nitroglicerina. Os alvos também variavam. Geralmente eram lojas de produtos caros, que em vão se escondiam nos Shoppings Centers das novas arcologias, contando com seus sistemas panópticos de vigília. Mas isso impedia pouca coisa. Simplesmente não deixava que o controle do ambiente fosse apropriado pelo crime ou pelo caos das ruas. Mas as explosões e surtos de loucura e violência aconteciam a qualquer hora e em qualquer lugar. Ninguém estava isento. Em todo lugar que existisse insatisfação humana com o sistema dominante, havia a possibilidade da ocorrência de tumultos. Havia tumultos nas grandes arcologias, nos sistemas de prédios-fortaleza administrativos do governo e das megacorporações, nas ruas, e nos condomínios rurais, contra o governo, contra as corporações, contra os sindicatos, contra o crime organizado, contra tudo e todos. Sempre tumultos sem sentido aparente, sempre com uma conotação de destruição, sem grandes perspectivas de construção de alternativas. Ou sem nenhuma perspectiva. Somente a expressão da insatisfação e a violência pura. Ou como diria o grande mentor, o fazer pairar um ruído de uma risada sobre a cidade. Um ruído que deixaria o sistema surdo, o impedindo de se articular contra o indivíduo. Tudo isso por causa de um livro.

Mas não era só isso, toda a trajetória de vida, que fora narrada no que foi depois chamado de Pentateuco do Desmascaramento, ou Os cinco livros do Coringa. O primeiro, A Vida é uma Comédia, que discutia sobre o fato dos personagens da comédia só serem cômicos por estarem sujeitos a um engano, e se colocarem cada vez mais em confusão em função dele, que era assistido pelos expectadores que julgavam engraçado por saber do engano. O Coringa conseguira articular os personagens com os sujeitos, e os expectadores, como os dirigentes do sistema, que ao mesmo tempo eram também os criadores e sustentadores do engano, e que viviam rindo dos indivíduos. “Agora é sua vez de rir, pois o engano será o deles”, proclama o Coringa. Não faça o que se espera. O sorriso só virá para seu rosto se for destruído no rosto deles. E o slogam que ganhou logo a mente, os adesivos, as camisetas e as letras das bandas, “Transforme o mundo com um sorriso”.

O vilão encarcerado no Arkhan não podia ser detido. Bem que se tentou, mas ninguém podia deter uma publicação. Mesmo que todos esperassem os seus resultados funestos. E mesmo com o estrondoso sucesso de downloads do livro, o resultado demorou um pouco para chegar realmente. Até os primeiros tumultos de grande monta (fora os incidentes desconsiderados por serem cometidos por pacientes psiquiátricos com quadros graves) já estavam disponíveis também “Os homens inferiores” que falava da destruição (moral e principalmente física) de qualquer culto a heróis ou homens nobre e exemplares, pois esses eram sempre agentes da escravidão e da transformação dos indivíduos em homens inferiores, pois afirmavam a existência de homens superiores, como eles, e o “A Mascara que chora”, uma defesa do humor negro, onde se “mostrava” que o ato de se colocar como vítima era sempre uma tentativa de dominação. Não existem vítimas, existem opressores que tem seu ganho, os que se deixam oprimir para também ter um ganho, esses hipócritas, e os que, como ele propunha, se rebelam e vivem como verdadeiros seres humanos. Os tumultos começavam agora a aparecer cada vez mais violentos e freqüentes, e agora não só realizados como atos isolados de loucos e suicidas, mas também por jovens, artistas e intelectuais que assumiam a postura de revolta agressiva proposta pelo Coringa.

Em vão que se organizaram seminários de discussão dos livros, para tentar desconstruir suas ideologias. Boa parte delas vazias, após as primeiras serem vítimas de pequenas bombas cheias de papel colorido sem grandes efeitos além do psicológico (era só uma piadinha) ou as bombas com pregos, esferas, lâminas e cacos de vidro (para que a discussão se tornasse mais incisiva – só mais outra piadinha). Os dois últimos, não eram esperados e muito se discutiu se eram realmente obra do Coringa, pois este, tomado pelo câncer espalhado por todo seu corpo não estava mais capaz de realizar movimentos, e pouco conseguia falar, além de sua gargalhada terrível que até em Arkhan deixava uma sensação de mal estar permanente nos funcionários e “pacientes”. “O Cair das Máscaras” Era um ataque aberto ao Batman e aos outros heróis presentes em Gotham e nas outras cidades. Retomando as temáticas dos três livros anteriores, o Coringa descrevia com detalhes técnicos sua luta contra esses heróis, contra a polícia, contra o crime organizado, contra as corporações e contra tudo que ele considerava como parte de um mesmo sistema mobilizado para escravizar o indivíduo. E mostrava também que não adiantava simplesmente se tornar um dos dominadores, pois estes também estavam submetidos a uma engrenagem que funcionava para além de seu controle. Mesmo os heróis, e mais uma vez aqui Batman era o exemplo preferido, estavam prisioneiros em suas próprias coerências, e a única saída para essa situação era a total incoerência como ordem natural do homem. Pelos tumultos, e pelas notas técnicas que ensinavam a produzir bombas e armas, ou organizar mobilizações e operações de ataque e destruição, e por indicar os principais alvos a serem destruídos, O Cair das Máscaras foi proibido e caçado, e junto com ele os três livros anteriores, e o Coringa posto em vigilância constante para não produzir mais estragos na mente dos jovens e dos cidadãos. Também em vão, pois os exemplares vazados se multiplicavam em cópias clandestinas impressas em mimeógrafos, escritas a mão, ou diponibilizadas na ultrarede digital em formas de vírus, que instalava a cópia nos computadores, nos chipeggs e nos implantes das pessoas. O que ficou sendo chamado como Ideologia Coringa pela mídia, ou como Pensamento Feliz pelos seus seguidores, estava totalmente disseminado. Mas faltava ainda uma última cartada. Mesmo com todo esquema de vigilância, e com o Coringa agora totalmente impossibilitado em um estado de suspensão vital, tendo sua vida sustentada por aparelhos, em um estado de semi morte cerebral sustentado por um intricado sistema de governança neurovegetativa, que mantinha seu cérebro morto ainda funcionando para tentar extrair informações sobre os diversos planos ainda em execução, mesmo com sua ausência das ruas, de alguma forma escapou seu texto mais nefasto. Dizem que o “A Apoteose do Coringa” escapou espontaneamente do sistema de governança neurovegetativo e ganhou a ultrarede se proliferando de formas nunca antes vista, através de manifestações diferentes das dos vírus tradicionais, aparecendo como texto, ou como a figura do Coringa surgindo em jogos digitais, fossem on line ou em sistemas fechados, aparecendo como parte inesperada dos hologramas de abertura das Olimpíadas de Dubai, ou nos posts dos jornais digitais. A sua autoproclamação como um modelo de divindade a ser alcançado pelos homens deu uma noção de religiosidade à Ideologia do Coringa, e acirrou ainda mais a ação dos Convertidos à Felicidade. E era uma conversão que não cobrava ações. Não necessitava de grandes feitos. Isso dava a boa vontade e tolerância para com alguns dos adeptos mais fervorosos, ou os nem tanto, que muitas vezes simplesmente tentavam ser só engraçados mesmo. Davam um tom mais suportável à carga de trabalho excessiva e monótona do dia a dia. Tornavam a vida mais fácil de ser seguida nos momentos de grande dificuldade, que em uma cidade que agora completava mais de sessenta e cinco milhões de habitantes, trinta milhões deles fora das belas arcologias ou condomínios rurais interligados à estrutura urbana gigantesca de Gotham, a maioria vivendo de trabalhos informais ou de pequenas contravenções, era uma necessidade para manter a sanidade. Perder um pouco da sanidade para não perdê-la como um todo. E em alguns casos, perdê-las como um todo, mas só momentaneamente. As pequenas experiências de pensamento feliz tornavam as pessoas tolerantes com os atos de revolta destrutivos e com os que se jogavam na vida de felicidade, atendendo ao chamado para, ao exemplo do novo deus inferior, Morrer de Rir, única forma de se tornar um homem livre, e não uma peça do sistema.

E as reações não deixavam por menos. Grupos que se intitulavam admiradores do Batman realizavam os batdooms, ações organizadas também da mesma forma espontânea, de repressão às ações dos admiradores do Coringa. “Porque não está rindo agora”, era a expressão pichada nos muros ou escrita nas testas dos que extrapolavam as ações do pensamento feliz em crime ou em destruição generalizada. Não havia, na prática, muita diferença entre ambos os grupos. Só havia a violência à que os sujeitos estavam constantemente expostos, e que era agora externalizada em ações justificadas por ideologias autocondescendentes. Muitas vezes, os próprios jovens que antes se dedicavam ao pensamento feliz, quando abandonados, como sempre acontecia, por companheiros para pagarem sozinhos pelos crimes do grupo, se voltavam para as Batdooms localizando os antigos companheiros e os entregando à sede de destruições de outros jovens mascarados e portando armaduras e equipamentos os mais curiosos e criativos que se pode imaginar como armas, mas sempre com o desprezo às armas de fogo. Um caso ficara famoso poucos logo após o início das reações aos Dias do Coringa, no qual jovens universitários dos cursos de Ciências Robóticas, utilizando dados sigiliosos dos computadores de seus laboratórios, construíram versões mais simples, mas extremamente letais, dos robôs de ataque do exército, e os utilizaram contra um grupo de palhaços que destruíam sistematicamente o serviço de energia da universidade. O resultado foi uma carnificina de dezessete palhaços, e uma comutação da pena dos estudantes de prisão por acesso a dados confidenciais a dois anos de trabalhos forçados desenvolvendo robôs para o exército, que aproveitou a versão mais simples e mais barata criada e a adaptou para ações de guerra urbana. Os estudantes logo após os dois anos contratados pelas empresas que desenvolviam armas para o exército se tornaram celebridade entre os Batdoomers, principalmente os de alto padrão aquisitivo e os com alta capacidade intelectual. Da mesma forma, algumas outras pequenas celebridades surgiram ao desenvolver equipamentos de fácil construção, que poderiam ser usados pelos batdoomers nas suas ações contra os palhaços. Esses equipamentos, obviamente também eram aproveitados pelos palhaços para suas atividades, que também possuíam seus adeptos mais criativos.

A polaridade entre ambos, apesar de possuir o grosso de seus adeptos, de ambos os lados, nas camadas excluídas da sociedade de Gothan e de outra megalópoles ao redor do mundo, não se restringia a essas camadas, com setores extremamente fortes em vários setores da sociedade, da economia e do crime. Os Darkdooms eram um deles. Grupos com identificação batmaniana mas com adesão ao crime, ou os Frente-e-Verso, misturas de Batmans e Coringas, sob a influência da lógica doentia do bandido Duas Caras, por eles cultuados em um movimento mais amplo de estruturação de novas divindades. Mesmo outros bandidos da época clássica, como o Pinguim, ou o Charada, passaram a ter seguidores, mas sem a força e a lesividade dos palhaços seguidores do Coringa. O mesmo acontecendo também com seguidores dos Robins, ou os chamados Passarinhos, grupos que cumpriam mais atividades de apoio a batdoomers mais organizados e com maior poder aquisitivo, salvo em raras exceções.

Mesmo a atitude do batdoomers, ou seus aliados, também gerava uma maior tolerância à ação pautadas no pensamento feliz, pois, aos olhos de muitos dos pais desses jovens, assim como dos agentes do estado e das mega-corporações, não havia uma real diferença entre esses dois grupos, então, eles que se destruíssem mutuamente. Mas havia mais alguém que observava com atenção a essas ações. Aliás, havia mais que alguém, havia agora um grupo de pessoas, se é que poderia se chamar, em tais estados de existência, alguém, ou algo, de pessoa.

O velho Bruce Wayne contava agora com cento e dezessete anos, e vivia em um estado de suspensão de vida, dentro de uma cápsula com seu corpo e cérebro mantidos vivos por enzimas que impediam o envelhecimento das células, e funções computadorizadas de pensamento auto estruturadas que supriam as atividades já prejudicadas pela degradação cerebral. Mas não estava sozinho. Contava com as simulações cerebrais de Dick Grayson, que se recusara a se manter no mesmo estado de Bruce, e prefirira morrer, aos noventa anos de idade, mas consentira na estruturação de sua simulação. Da mesma forma a simulação de Bárbara Gordon, o auxiliava em alguns aspectos de suas ações. As simulações de alguns dos bandidos, tuteladas por sistemas de contenção também estavam presentes, mas passaram a ser usadas de maneira mais comedida, e sem contato direto, após a escapada digital do Coringa. Mas Bruce Wayne, se restringia a algumas ações específicas. Mais que o herói de ação que fora antes, como Batman, agora ele era, mais que tudo, aquilo no qual ele sempre fora melhor, o grande detetive. O único capaz de seguir as pistas no labirinto de loucura e caos na qual as intenções dos piores bandidos de Gothan pululavam.

Embora possuísse uma série avatares robóticos para ações específicas, todos eles com simulações cerebrais parciais de Bruce Wayne que dispensavam, em grande parte o controle central do próprio Bruce, este se fazia presente mais pelo uso de todo sistema cibernético de Gothan, com milhões de câmeras, microfones, leitores digitais, sensores químicos e redes de informação que formavam o complexo sistema nervoso da megalópole. Mas nada disso dispensava o fator humano. Agora o Batman, mais que um cavaleiro solitário a lutar contra o crime, se configurava mais como uma instituição cada vez mais complexa. Eram em torno de uns 150 pessoas de diversas áreas que variavam entre hackers regenerados, e jovens cientistas das áreas médicas até antigos detetives e jornalistas, e alguns vigilantes com capacidades excepcionais. Estes, pouco sabiam um do outro, só o conhecimento que acontecia naturalmente, por encontros impossíveis de serem impedidos, se o que se buscava era o sucesso de algumas operações. Mas mesmo com estes encontros, de maneira geral, uma característica comum entre eles, de uma personalidade voltada para o isolamento e o colocar a dedicação a uma causa acima de suas vidas pessoais, fazia com que desenvolvessem pouco interesse um pelo outro. E funcionavam bem. Os principais casos, envolvendo esquemas que ultrapassavam a capacidade de investigação ou captura dos órgãos da justiça de Gothan, vinham sendo sistematicamente solucionados pela equipe conduzida pelo sistema de vida suspensa de Bruce Wayne.

No entanto, mesmo em seu estado de uma vida pós humana, Wayne percebia a crescente ameaça representada pelo pensamento feliz, e pela ideologia da entrega de si à loucura disseminada pelo Coringa., principalmente após tal ideologia começar a migrar para o campo religioso. E Wayne percebeu isso mais claramente quando percebeu o surgimento de um novo grupo, também estruturado em função de uma crença religiosa, na figura de um Batman que se mostrava como um tipo de Erínia, uma das Deusas gregas da vingança. Mas a vingança cultuada na figura de Batman não se configurava como uma vingança pessoal, mas como um ato de purgar os pecados do mundo e reestabelecer uma ordem original, que não se sabia ao certo qual era, mas que se sabia que seria alcançada por meio dos atos de destruição dos agentes causadores do mal em Gotham. E nesse caso, os Convertidos à felicidade eram vistos somente como uma máscara dos verdadeiros seguidores do Coringa, ou seja, Os Que Riem Nas Sombras. Todos aqueles que lucravam com a situação degradada de Gotham, especuladores financeiros, políticos, funcionários públicos e policiais corruptos, líderes do crime organizado, vendedores de armas e sistemas de segurança voltados para proteger das armas que eles mesmo vendiam, todos esses entraram na mira dos que, por convenção, chamou-se de “Convertidos à Justiça”, ou mais corriqueiramente, Batjuízes. Justiça na qual eram acusadores, juízes e carrascos.

A princípio percebido pelo sistema Batman somente como um grupo a mais a fazer experimentos de organização batmaniana, que começava a crescer e a realizar ações mais ousadas, entraram no foco de atenção de Wayne quando ele próprio, e suas empresas, principalmente a rede de hospitais e de indústria de materiais hospitalares foram julgados como associados à fomentação ao crime em Gotham, e ao lucro com ele, pelos feridos nesses embates que seus hospitais tratavam. Rapidamente debelados pela estrutura do Sistema Batman, seus líderes principais foram presos e enviados ao agora Manicômio-Prisão-Centro de Pesquisa Arckan. Embora o grupo, e as análises cerebrais de seus seguidores não apresentassem perigos mais graves evidentes, o próprio fato chamou a atenção para dimensão que tomava a autojustificativa do Pensamento Feliz proposto pelo Coringa. Uma dimensão na qual mesmo o nível da transcendência, que em última instância era a última saída para as pessoas que como ele tinham se levado aos mergulhos mais profundos na experiência do sofrimento humano, era também capturada, e a busca pela justiça, que se tornava sua força motriz, se estagnava como as águas no pântano adoecedor da vingança. Uma dimensão na qual, frente a um Coringa Divindade, o homem perdia sua capacidade de ele próprio construir um mundo justo, e entregava essa ação às mãos que só poderia construir justiças desumanas.

Agora, faltando dois meses para a chegada do décimo Dia do Coringa, já começavam a pipocar manifestações que anunciavam o evento. E os temores começavam a causar seus estragos. Qualquer chuva de papel picado era identificada com o ataque no qual esses papeis era embebidos em césio de uma máquina de raio x roubada de um hospital, qualquer grupo de jovens com roupas coloridas era identificado com uma mobilização de membros do pensamento feliz, a qualquer gargalhada se via o prenúncio de uma explosão. Mas o contrário também. Qualquer grupo de pessoas com roupas sóbrias demais era percebido como batdoomers, ou com roupas elegantes, como potenciais atacados, qualquer fala mais ríspida, com batjuízes, qualquer pergunta como uma possível ação dos seguidores do Charada, e por ai ia, numa crescente onda de medo, de loucura e de violência realizada por também por quem não tinha nenhuma ligação com nenhum dos grupos. Ataques preventivos por cidadãos que se sentiam acuados frente a um possível ataque químico, pisoteamentos em crises de pânico, acidentes diversos, como na vez que um grupo caiu nos trilhos no momento em que o metrô chegava por uma garota ter dado um grito de felicidade após ter recebido a notícia que tinha conseguido o emprego que sonhava.

Era necessário fazer algo contra isso, mas o que? Não era só mais uma questão de vigilância, nem de opor um modelo de combate aos criminosos, como Batmam fizera antes. De sua cápsula de preservação Bruce Wayne meditava tentando encontrar respostas.

Sanyo
Enviado por Sanyo em 05/05/2016
Código do texto: T5626110
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