Os Sobreviventes II

Hoje o jantar foi quase normal, para dizer a verdade esquecemos por algumas horas que éramos os únicos sobreviventes, pelo menos até agora. Felipe trouxe um sopro de brisa, juventude e humor para nosso grupo, José Augusto estava sério, mas não carrancudo, parecia calmo e confiante e até a Carol parecia uma verdadeira dama, ela e José Augusto pareciam ter se acertado.

Comemos uma ótima refeição e em consideração ao José Augusto não consumimos nenhuma bebida alcoólica, ele estava sóbrio quase desde o começo da praga e não queríamos que isso mudasse. Conversamos, rimos, brincamos e fomos dormir felizes e relaxados.

Não consegui dormir então desci para fazer um chá e encontro com a Carol na cozinha.

- Sem sono também Lívia?

- Sim, deve ser a animação, faz tempo que não vou a uma festa.

Carol riu e me indicou a cadeira ao lado dela. Sentei e ela já disse:

- Posso te perguntar uma coisa?

- Claro...

- Você gosta do José Augusto?

Engoli em seco e disse meio indecisa:

- Claro que gosto...

- Não, eu quero saber se você está apaixonada por ele.

- Hum, não. Não estou apaixonada por ele. E você?

- Eu? Bem... eu gosto dele, no começo me interessei por ele porque ele era o único homem que eu tinha por perto, mas agora que o Felipe chegou e é mais novo e mais bonito... ainda assim continuo preferindo o José Augusto... deve ser amor não é?

- Eu não sei, nunca amei ninguém.

- Sério? Nunca se apaixonou?

- Não... eu era uma nerd dos computadores...

- Ah sei... e o Felipe?

- O que tem ele?

- Acha que pode se apaixonar por ele?

- Não sei. Mas como o José Augusto já é seu, o Felipe é minha única escolha, não é?

- Esse é o espírito menina!

Fiquei triste por ela não entender o sarcasmo...

Continua....

Indico a leitura do texto de meu amigo Aristóteles da Silva, vamos juntar os textos no final da série:

http://www.recantodasletras.com.br/contosdeficcaocientifica/5684600

Priscila Pereira
Enviado por Priscila Pereira em 07/07/2016
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