O Passado da Terra?

Diário de pesquisa.

Ano de 500 A.K (após korun).

Faz anos que ando investigando essa peculiar espécie. Parte da periferia da galáxia havia sido deixado sob os meus cuidados pelo Grande Administrador. Estava pesquisando para ver quais seriam as raças a receber o tratamento genético. Havia tido um grande sucesso com os troians não muito longe dali, mas era uma das poucas inteligentes evoluídas o bastante para isso. Pelo menos era o que eu acreditava. Não muito longe, descobri uma raça que ainda estava engatinhando rumo ao longo processo de evolução. Eles não era muito diferente dos troians, mas, quanto que estes estavam caminhando na criação de uma civilização, esta nova raça ainda morava nas cavernas.

Porém mesmo assim minha atenção foi despertada.

Não sabia explicar o porque. Em meus muitos séculos de vida havia visto inúmeras raças, mas esta foi a primeira que me fez sentir algo. Uma que me fez ver que poderiam ser a raça que tanto procuramos. Uma que no futuro possa ser nossa aliada quando estiver madura. Os senhores quando ouvirem isso, podem se perguntar: como ele pode ter tanta certeza? Isso porque eu vi uma qualidade neles que é muito rara.

A curiosidade.

A falta disso faz com que a evolução demore muitos anos. Nesses pequenos seres de pele branca isso não acontece. Sentem medo, claro, mas isso não os impede de continuar buscando coisas novas. Não temem o desconhecido a ponto de ficarem parados. Eles avançam com uma coragem que nunca vi. Os avanços que faziam, tanto na parte de sociedade, quanto no descobrimento de novas tecnologias (eles descobriram como criar e manter o fogo muito mais rápido que qualquer outra raça que já tinha visto). Nossa raça era a única que soube ser capaz disso. Eu fiquei interessado a ponto de descer aquele mundo, me disfarçar de um deles e descobrir mais.

Fiquei alguns meses com um determinado grupo. Ficavam em uma região montanhosa no meio do planeta. Me disfarçar não foi problema. Usei o nosso sistema de camuflagem que usa o mínimo de korun possível. Os dias eram bem simples. Caçar, comer e dormir. Essa é uma raça no começo do processo evolutivo. Porém nem por isso não deixei de fazer as minhas anotações. Alguns deles já começavam a usar partes de animais para fazer armas, outros para fazer roupas para se aquecerem. Porém o que mais me chamava atenção eram as crianças. Com os equipamentos técnicos a minha disposição – mesmo com a camuflagem – pude analisar seus DNAs. Não era muito diferente da dos seus pais, mas mostravam sinais evidentes de evolução. Uma que seria muito mais rápida se tivessem um pouco do nosso DNA neles. Por isso estou enviando, juntamente com essa parte da anotação do meu diário pessoal, um pedido de tratamento genético. Para esclarecer qualquer duvida mandarei também toda a minha pesquisa. Garanto que esta raça, que vive no terceiro mundo de um sistema solar de dez planetas, que possui um pequeno sol amarelo e que existe no braço da galáxia, fará história no futuro. Deixo isso a cargo dos senhores.

Chefe Cientista Talgul

Rodrigo Magalhães
Enviado por Rodrigo Magalhães em 10/10/2016
Código do texto: T5787217
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.