O último serial Killer

Este conto se passa em um futuro não muito improvável em que a medicina alcançou o patamar de interferir diretamente na vida cotidiana do cidadão comum a ponto de ditar as profissões e classes sociais, aonde possiveis assassinos começam a ser identificados no nascimento e condicionas a não agir de modo violento desde então.

_ De onde vim? Por que estou aqui? Eu queria muito que alguém me respondesse esta pergunta tão simples, não saber de onde vieram seus antepassados é sofrivel no ano dois mil cento e trinta. Este mundo onde sua árvore genética é seu cartão de visitas. Onde tudo e todos são classificados vocacionalmente antes do nascer, onde a depender de seus antepassados e de seus genes já se tem direito a bolsas de estudos em faculdades. Ser deixado bebê na porta de uma casa e ser criado como filho adotivo de um velho bebado, desleixado e mulherengo que se recusa a fazer o exame de DNA em seu filho adotivo por orgulho ou medo, medo que talvez eu seja filho dele com uma prostituta.

Este é meu mundo.Desde criança me acostumei, se é que se pode se acostumar a se sentir vítima de preconceito apenas por ser orfão. Cresci sem amigos isolado em uma casa pequena, sem o conforto estável e a segurança de uma família e me viro aos 15 anos.Quem eu sou ? Eu sou um jovem orfão solitário fã de death metal que adora filmes de terror.

Quando completar dezoito anos poderei fazer o exame por conta própria, descobir minha história e seguir meu caminho. As vezes acho que meu pai sabe mais do que ele diz sobre mim mas nunca descobri nada sobre aquela fatidica noite em que fui deixado na sua porta.

Por enquanto estou planejando me vingar de meu vizinho que desde criança vive me importunando e me perseguindo com apelidos e buling na escola. Todos os dias o cachorro dele foge de sua casa quando meu outro vizinho sai pra passear com a cadela dele que está no cio. Hoje vou deixar um pedaço de carne em um anzol e literalmente pescar o cachorro dele.Vi isso em um fime de terror B Vou filmar seu suplicio só pra constar.

Já está na hora! Lá vem meu vizinho e sua cadela. Não disse lá vem o tarzan aquele cachorro do idiota do meu vizinho. Vai cair na minha armadilha. Vem seu cachorro!

Neste momento joguei a carne iscada no anzol na direção do cachorro. Ele está cheirando a carne. Mordeu! Ah!

_ Cãiãem! Cãiãem! Cãiãem!…. Não grita não safado!

Você deve estar me achando muito mal. Mas desde pequeno que faço essas maldades escondido. Sou um especialista ,comecei com meu pai. Tinha o costume de pegar a escova de dentes dele e molhar no vaso sanitário. Uma vez envenenei seu café com um laxante intestinal.

Meu pai sempre deixou bem claro quem eu era. Um bastardo filho da pulta como ele mesmo me disse uma vez bebado. Eu correspondo ao mundo como o mundo me trata.

Quando deram falta do cachorro já era tarde ele já estava enterrado em um terreno baldio não muito longe dali.

_ Foi você seu bastardo! Foi a primeira coisa que meu vizinho idiota disse quando me viu. Eu sai correndo e ele veio atráz para me pegar.

_ Foge que eu vou te pegar! E hora que eu te pegar você vai ver!

Um dia ele me cercou quando eu sai de casa me bateu e me ameaçou. Disse que se descobrisse que eu tinha feito algo com seu cachorro eu iria ver. Ele e sua turma. Um bando de hienas mas um dia eu me vingarei um por um.

Um dia não aguentei e mandei uma foto do cahorro dele todo queimado e morto anonimamente em uma rede social. Aquele dia ele me seguiu. Mas eu estava preparrado pra ele. Dei uma facada nele e voltei pra casa como se nada tivesse acontecido.

Uma nova lei obrigava todo menor que se envolvesse em atos violentos a fazer o exame de DNA para ver se não se carregava genes parar pisicopatia criminosa. Este foi o meio que eu encontrei de descobrir meu passado.

A policia chegou e me levou para um centro de detenção, fiz coleta de sangue e fiquei sobre custodia do estado. Quando chegou o exame eu era o último possível serial killer encontrado livre

Fiz tratamento por cinco anos em um centro de reabilitação, assinei um acordo me compromentendo tomar remédios pelo resto de minha vida e a fazer exames para garantir que eu estava tomando corretamente os supressores de pisicopatia e aos vinte anos e finalmente estou livre. A boa noticia é que eu não estou tomando os remedios. Descobri uma maneira de burlar a lei...

Denis Glauber da Silva Reis
Enviado por Denis Glauber da Silva Reis em 21/10/2018
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