ALÉM DO ARCO-ÍRIS-2

Assim a cidade de Dresden possuía árvores, flores, plantas que produziam seu próprio brilho. Também moradores com olhos florescentes de múltiplas cores e tonalidades de pele.

Plantas, árvores, flores liberavam seu pólen, um pó brilhante que exposto ao ar, tinha uma aparência bonita. Resíduos Bioluminescentes eram despejados no sistema público de esgotos e no lixo.

Com o passar do tempo, começou a formar-se substâncias tóxicas, sendo expelidas na atmosfera, causando problemas respiratórios nos habitantes. Folhagens, árvores, cogumelos se incendiavam, exalando toxinas, ressecando frutas e legumes.

A situação passou a se agravar, pessoas apresentavam sequelas visuais como miopia, perdiam dentes, unhas, mechas de cabelos, apresentavam reações na pele que se escamava em demasia, ao ponto de se soltar, tecidos desidratados, dermatites e necroses periféricas.

Para evitar o contágio para cidades vizinhas, a metrópole foi isolada. Ninguém podia entrar nem saír do lugar.

As internações aumentaram, médicos e auxiliares tornavam-se insuficientes para atendimento de tantos pacientes. Como recurso foram convocados formandos do último ano de medicina para prestar auxílio.

O instituto de Biotecnologia e Bioluminescência sediado em Moskou Skolkowo, reuniu biólogos, químicos e cientistas, na tentativa de produzir uma alternativa medicinal de emergência, para amenizar a situação agravante.

Enquanto nos laboratórios todos trabalhavam com afinco, lá fora rondava a morte triunfante, ceifando vidas. E as empresas funerárias se preparavam produzindo caixões em massa. Nos cemitérios os coveiros se multiplicavam, já escavando sepulturas, esperando os mortos serem trazidos, para sua última morada.

Aproveitando a oportunidade, aqueles que eram contra a Bioluminescência, se vestiam de luto, os ditos "Homens de Preto", faziam protestos pelas ruas, com cartazes, faixas e apitos, cobrando a intervenção das organizações nacionais da saúde pública.

Mas para produzir um antídoto ou vacina, leva tempo, é preciso uma infinidade de testes, para comprovar a eficácia, e o tempo se torna um inimigo poderoso, nessas situações. . .

---------> segue no cap.3

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