NEON CITY- 2

• STOP —-- l> PROIBIDO ENTRADA DE POBRES <l----

Vampirismo

O filho do magnata proprietário de refinarias de petróleo Einar com 18 anos, passava as noites acordado, lendo literatura sobre terror e bruxarias.

Ele sofria da Síndrome de Renfield, vampirismo clínico. Tinha obcessão por sangue, se feria a si mesmo para sugar seu próprio sangue, sentindo satisfação na ingestão. Seu estado passou a se agravar tendo alucinações, psicose e delírios, sendo internado na clínica de neuro-psiquiatria. Alegando que iria visitar os pais, fugiu do lugar e não foi mais encontrado.

Com o passar dos dias, diversas pessoas apresentavam estado de fraqueza física, sendo diagnosticados com insuficiência de sangue, e recebiam transfusões de plasma.

Sigurd o pai de Einar voltando para casa de noite, avistou sua esposa Abdi andando em direção do bio reservado silvestre, e decidiu seguí-la.

Entre as árvores e arbustos ela conversava com o filho foragido Einar.

— Eu apenas esborrifo neles um spray de Kaô e retiro algumas seringas de sangue, enquanto eles estão adormecidos. Nenhum lembra de nada, efeito da droga.

Sigurd se aproximou deles admirado com o que havia escutado.

— Eu não posso acreditar no que vejo! Ele se escondia aqui o tempo todo e voce sabia disso Abdi. Então é ele que anda retirando sangue dos moradores. Precisamos interná-lo na clínica outra vez, ele está sendo procurado. Eles o chamam de o 'Vampiro de Neon City'.

— Os médicos apenas usavam sedativos, deixando ele num estado de apatia e inconsciência. Voce não percebe o estado debilitado que ele se encontra? Abdi borrifou o kaô spray em Sigurd, enquanto ele estava desacordado, ela deixou a cidade com Einar no carro alado do marido.

No mundo dos 'pobres' ela procurou ajuda numa clínica. O médico que atendeu Einar, indicou uma terapia intensiva e ambulante para o jovem.

Os dois se instalaram num hotel ali perto, para seguir o tratamento recomendado.

O confronto com o ambiente diferente, a terapia de grupo com outros portadores da mesma doença de vampirismo, o relacionamento amigável com os demais, surtiu efeito positivo. Depois de algumas semanas, sem apresentar recaídas, Einar teve alta.

Satisfeita Abdi agradecia o doutor Becker, pela assistência prestada.

Ela estendeu a ele um maço com 150 mil dólares, como gratificação.

— O conselho regional de medicina não permite, recebermos dinheiro dos pacientes. Nosso trabalho é pago pelo hospital. Se quiser deixe como doação para o diretor da equipe médica, será usado para compra de equipamentos e materiais hospitalares.

— Dr. Becker, venha trabalhar conosco em Neon City, seus honorários serão cem vezes maiores.

— Grato pelo convite, mas eu sou mais necessário aqui do que lá.

Dinheiro não é tudo.

Abdi e Einar retornaram para a 'cidade dos ricos', a Neon City.

Ela mentiu que havia ido passar uma temporada de férias de Yate nas Bahamas com o filho, para ele se recuperar. Ninguém podia saber que ela havia procurado e obtido auxílio da 'medicina dos pobres'.

Aquelas palavras do médico, pairavam na mente de Abdi, "dinheiro não é tudo". . .

---------> segue no cap.3

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 21/07/2021
Reeditado em 22/07/2021
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