EROHN - A FUGA

4. A fuga

Erohn havia ido até o departamento policial, e ali naquele local descoberto seu nome: Erohn. "Que nome mais estranho", pensou. Também descobriu ser procurado, e o valor do prêmio era bastante alto. Talvez por isso aquele policial imune a sua "invisibilidade", e notou o mendigo que parecia perdido no departamento. Logo soou a sirene de alerta. Erohn sabia que as coisas não iam bem.

- Segurem aquele homem. Gritou o policial apontando seus dedos denunciantes ao mendigo. Mas o fugitivo não perdeu tempo, e pôs-se a correr pelos corredores do departamento policial. Logo dezenas de homens fardados seguiam o encalço do bandido. O tumulto tomou o local, Erohn corria sem direção, empurrando quem lhe cruzasse o caminho. "Cuidado, ele é perigoso", gritavam os policiais que o seguiam, a esta altura já de pistolas em punho.

O mendigo buscava pela saída. Para chegar até ela serpenteava entre os corredores. Sabia que o saguão de entrada estava tomado por policiais, mas não havia outra forma de sair, a não ser por aquele local. Quando o primeiro policial o segurou, Erohn usou sua volúpia impensável para desarmá-lo, e quebrar seu pescoço em apenas três golpes. Conseguiu sua primeira arma, com a qual derrubou pelo menos oito policiais, e só não matou mais porque ficou sem munição. Neste ponto já estava a porta de saída, e os policias revidavam seus tiros, deixando estilhaços de vidros pelo saguão. Erohn jogou seu corpo para fora e correu.

A rua era movimentada. Assim são as metrópoles. O mendigo buscava sumir na multidão, porém as balas flamejantes a raspar seu corpo o lembravam que ele fugia da polícia. Eram muitos no seu encalço, e Erohn já não conseguia os contar. Os tiros se seguiam, e ele buscava abrigo entre muros e latas de lixo.

Ele corria sem destino, e rumo ao impossível. Erohn sabia que dificilmente escaparia do cerco policial. Vez por outra sentiu o metal incandescente furar-lhe o corpo. Não sentia dor, eram como insetos o picando. Foram tantos que Erohn não contava a fequência que as balas o atingiam, apenas corria para longe dali, até que suas vistas foram escurecendo, escurecendo.... Até tombar no concreto frio da calçada.

Douglas Eralldo
Enviado por Douglas Eralldo em 19/10/2008
Reeditado em 19/10/2008
Código do texto: T1236069
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