ASSASSINO

Jeremias puxava aquele saco negro pelo bosque, fazendo um trilho sobre as folhas secas de outono. O sangue de sua vítima que se encontrava aos pedaços, vez por outra escapava de sua reclusão, deixando a trilha ainda mais macabra.

Era a décima primeira mulher que matava. Sempre as esquartejando. Eram todas donas de casa, imagem de boas companheiras, boas mães...

Mas sabia Jeremias, que nenhuma delas era o que realmente pareciam ser. Assim como as outras dez, Marli é que o procurara. Queria aventura, e principalmente sexo para saciar a monotonia da vida conjugal. Jeremias, não achava isto certo. O adultério era algo muito grave, mais grave que a prostituição... Julgava ele.

Então o homem, com cerca de trinta anos, corpo bem definido, e com mais de um metro e oitenta, começou a cobrar algo bem mais caro que o dinheiro que recebia pelos programas nos motéis da cidade.

Para não levantar suspeitas, descobria o endereço das vítimas, e as seguia, após saciar seus desejos carnais. Marli descobriu a perseguição, no meio do caminho, num parque próximo ao seu apartamento. Temendo a descoberta de sua identidade secreta, o assassino resolveu matá-la naquela mesa noite. Tinha tudo que precisava. Sacos de lixo espalhados pela praça, e sua faca afiadíssima.

Sabedor de seus crimes, e seus pecados, o homem sabia que um dia teria de acertar contas com o criador. Justamente por esse motivo não fugiu ao sentir seu corpo encoberto por uma luz violeta de tons fortes, que girava como um tornado em sua direção. Ele simplesmente esperou ser sugado, enquanto contemplava a imagem de sua ultima vítima se esmaecendo na claridade.

Douglas Eralldo
Enviado por Douglas Eralldo em 18/06/2009
Código do texto: T1655568
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