Vampiros em Nothound - parte VII

Não me lembro bem devido a correria, no entanto acho que me despedi de meu irmão com um beijo na testa, nada muito próximo, não sabia ainda quão forte era eu.

Cruzei a varanda em cinco segundos no máximo.

_ Até que ela fica gostosinha de preto. Se deu bem Pietro - o som da cartilagem do nariz se rompendo era agonizante, mas era até interessante e instigador - Meu nariz seu animal!

O braço esquerdo de Pietro estava em minhas costas.

_ Voltará ao normal daqui alguns segundos, não precisa ficar assustada, esses dois sempre foram assim - esse parecia ser o mais simpático de todos.

Andamos um caminho grande o bastante para alguém normal sentir-se cansada, mas eu nem percebi a distância passar.

No silêncio em que nosso grupo se movia pelas ruas ninguém nos notaria.

De repente o menino do nariz quebrado saíra em disparada pela rua no breu e se embrenhara por entre as casas e ruelas.

Uma força repentina e quase imperceptível me puxara para as costas de Pietro que corria numa velocidade de dar calafrios.

Escutava alguns gritos como o que dei quando fui mordida só que um seguindo o outro.

_ Pietro espere - mal acabada a pronúncia da palavra e ele havia parado.

_ Diga - fui colocada no chão.

_ Eles vão matar essa mulher?

_ Nós vamos, se você quiser eu guardo sangue para você.

Aquela naturalidade me causava arrepios.

Já dentro da casa eu via a mulher de camisola branca sendo rasgada.

Embrulhos vinham sem interrupção direto ao meu estômago, só que minha atenção se desviara para um barulho no fundo da casa, choro de criança.

Pietro estava entre eles rodeando a mulher.

_ Pietro!

Mesmo com a pouca luz notei que ele saia de lá e vinha em minha direção.

_ Vai querer? - a boca reluzia sangue viscoso.

_ Tem uma criança aqui - apontei com a cabeça a direção do som e ele sumiu para dentro do cômodo.

Fernanda Ferreira
Enviado por Fernanda Ferreira em 15/09/2009
Código do texto: T1811952
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