AS AVENTURAS DE MORGAN - JOHN E O NOVO DILEMA -CAP XXV

AS AVENTURAS DE MORGAN

JOHN e O NOVO DILEMA

CAP. XXV

No Capítulo anterior,

No Capítulo anterior,

John acendeu os faróis do carro e em seguida partiu rumo ao fim do túnel, ele andou uns 100 metros e chegou à boca do túnel e embaixo havia somente mata fechada e estava muito escuro, pois, o dia já estava quase no fim. Mesmo assim, ele não desiste e parte para a aventura, desce rumo ao mato fechado, seguindo uma trilha e essa trilha parece que terminava logo abaixo após andar uns 250 metros de mata fechada, a sua surpresa ainda estava por vir, e logo abaixo John encontra uma espécie de bueiro no meio da mata e lá poderia descer uma longa escada rumo ao fundo e lá, muito escuro, John acendeu um fósforo e deparou com muitas caixas de madeira trancada com cadeado, eram centenas delas, mas, uma estava aberta e seu conteúdo quase todo removido, eram jóias e moedas de ouro. John ficou parado sem saber o que fazer, sentou-se numa das caixas e tentou ainda em vão abrir as demais, porém, os cadeados estavam muitos velhos e enferrujados pela umidade do local e ainda poderia sentir gotas de água caindo em sua cabeça, mas,

As horas se passaram mais depressa...

De volta à caverna John começou vasculhando as redondezas, não encontrou nada de valioso à vista. A caverna era relativamente grande, mas, de todos os pontos dava para ver alguém entrando ou saindo, ela era arredondada. Uma coisa deixou John muito curioso, “ havia um sinal de que alguma pedra havia sido removida recentemente” – John, logo pensou, “aquele malandro do Morgan retornou aqui na minha ausência e deve ter retirado mais coisa de que tínhamos conhecimento. John então chegou mais perto e forçou a pedra, mas, ela nem se movia, pois, era grande demais e somente com um animal bem mais forte ou um trator para conseguir pelo menos afastar um pouco. John lembrou-se da última vez que fez isto, voltou na sua pick-up e trouxe cabos de aço, cordas etc... amarrou muito bem e deu partida na camioneta, afastou 30 ou 40 cm, mas, ou suficiente para poder passar tranquilamente. Quando John adentrou no recinto, percebeu que além de uma passagem secreta, ela iria dar em outro lado da montanha, pelo menos ali por perto não havia nada de especial, era um túnel pequeno, especialmente construído há anos, mas, John desconhecia esse túnel. Porém, acha que Morgan já sabia dele a muito mais tempo.

Mesmo assim, ele não desiste e parte para a aventura, desce rumo ao mato fechado, seguindo uma trilha e essa trilha parece que terminava logo abaixo após andar uns 250 metros de mata fechada, a sua surpresa ainda estava por vir, e logo abaixo John encontra uma espécie de bueiro no meio da mata e lá poderia descer uma longa escada rumo ao fundo e lá, muito escuro, John acendeu um fósforo e deparou-se com muitas caixas de madeira trancadas com cadeado, eram centenas delas, mas, uma estava aberta e seu conteúdo quase todo removido, eram jóias e moedas de ouro. John ficou parado sem saber o que fazer, sentou-se numa das caixas e tentou ainda em vão abrir as demais, porém, os cadeados estavam muitos velhos e enferrujados pela umidade do local e ainda poderia sentir gotas de água caindo em sua cabeça, mas, o seu grande dilema agora era como remover tantas caixas para o alto do solo, sem que ninguém ficasse sabendo.

A noite estava chegando e naquele local o frio era intenso e a umidade bastante alta, e de repente começa uma forte chuva com raios e trovões. John se recolhe para o fundo da caverna e não lhe restavam muitas alternativas. Ou ficava ali, até que o temporal passasse, ou enfrentava a chuva o vento e os raios pelo meio da floresta. Mas, John não queria se arriscar, sua idade já não permitia muitas peripécias e seu corpo estava cada vez mais esguio e fraco. John, sentia muitas dores nas costas e nos pulmões, contava com mais de 66 anos e já não era como um menino, que podia tomar banho de chuva e depois se encostar num borralho de fogão e se aquecer. Ele estava com poucas roupas, apenas um blusão de couro velho , marrom e surrado, lhe acompanhava há pelo menos 40 anos...

John parou para pensar e começo andando pela caverna, apenas com uma luz de uma pequena lanterna que carregava e num passo de mágica sentiu uma corrente de ar. Seguiu a corrente de ar e após subir bastante saiu junto a um tronco de árvore ainda viva, mas, que tinha uns 3 metros de diâmetro e de lá poderia avistar o vale e seus rios caudalosos.

Logo ao amanhecer, John teve uma idéia, desceu para a margem do rio e reparou que haviam muitas tábuas soltas, mas, não sabe dizer de onde vieram. John planejou uma pequena jangada, passou horas e horas atrelando tábuas. Até que no terceiro dia, já não agüentava mais de tanta fome, saiu para pescar, e logo de cara conseguiu 3 grandes peixes, que os fisgaram com uma vara fina. John preparou uma trempe feita com pedras, fez uma coivara e acendeu um fogo, mas, o difícil estava em comê-lo sem sal. Mas, John sabia como arrumar sal das rochas e buscou dentro da caverna um pó semelhante, passou por sal e assim devorou os 3 peixes numa rapidez espantosa. Ainda naquela mesma manhã saiu para pescar mais, só que desta vez conseguiu apenas um, mas, para que estava com muita fome teria que arrumar algo mais, saiu à procura de raízes, encontra mandioca e batatas silvestres. Ele assou uma montanha delas e comeu com peixes.

Já, com a barriga cheia e bem mais forte do que antes, John, passou ao seu plano principal, que era remover aquelas caixas de madeira para a sua jangada e tentar levar o que poderia ser levado. John, começou a fazer o carregamento e após ter levado cinqüenta caixas média, medindo 40x20 cm e 15 cm de altura, o que não parecia muito pesadas, porém, em se tratando de objetos de ouro, moedas, jóias etc, pesam bastante, conseguiu levar mais 10 caixas, mas, a jangada parecia não suportar tanto peso e começa a se afundar, John, teve que retirar quase vinte caixas e amoitou-as na beira do rio, fez um moita de galhos verdes, voltou à caverna, tampou tudo e sem deixar muitos vestígios, espalhou folhas secas no local, para que ninguém percebesse a verdadeira entrada e voltou para sua jangada , subiu a bordo, fez o sinal da cruz e disse, “meu Deus, guia-me ao meu destino , leva-me e traga-me de volta sã e salvo...

O rio parecia muito calmo no começo, sem muitas corredeiras. John viajou por quase 10 horas sob a jangada e nada de turbulência. Andou demais e não tinha mais noção de onde estava. Ele saiu da caverna às 9 horas da manhã e desceu o rio e às 7 da noite, já não se viu quase nada e John decidiu que deveria parar e como o rio estava bem calmo, John ancorou sua jangada e ali mesmo atracou e amarrou-a a uma árvore bem frondosa e forte. De vez em quando ouvia-se um “ploc” na água e John observou que eram frutos que estavam maduros e caiam na água e com isto os peixes afloravam em busca dos frutos e John que estava bastante faminto, resolve comer alguns desses frutos, como tinham ainda seus apetrechos de pescaria, sacou sua vara de pescar como isca foram aquele frutos.

Passou quase 40 minutos se que alguns peixes pelo menos biliscassem a isca, mas, em seguida John colocou o seu molinete digamos assim entre uma fenda nas tábuas da sua jangada e como as horas estavam bem avançadas e o sono veio de repente, resolveu dormir um pouco e este cochilo demorou tanto que acordou com os raios do sol em seus olhos... Imediatamente lembrou-se de averiguar o anzol, mas, para sua surpresa a vara não estava mais por alí. John então seguiu a trajetória da mesma e pode ver que algo se mexia logo abaixo das tábuas, e percebeu que ao ser fisgado o peixe se enroscou e se enrolou todo em galho e raízes por perto da jangada e então ficou fácil de capturá-lo. John aproveitou apenas o peixe, era médio, pesava quase 10 kg, os anzóis se perderam, quebraram e a vara também, mas, o mais importante ficou, o peixe que ainda estava vivo, mas, se debatendo. Johm retirou-o do poço e deixou-o ali mesmo nas tábuas. Agora era a hora do rancho, pensou ele, desceu da jangada, arrumou gravetos secos e fez seu fogo. Limpou o peixe e espetou-o numa vara e fez uma espécie e forquilha e deixou assando. Enquanto isso, fez uma sondagem do local, mas, a mata ciliar era muito densa e não se via nada, somente as nuvens carregadas no céu... John apressou-se em voltar e comer o peixe, mesmo sem o bendito sal, mas, mesmo assim, foi legal. Não conseguiu comê-lo por inteiro, mas, envolveu os pedaços assados numa grande folha e guardou para depois e soltou a jangada e começou novamente a descida do rio, desceu por vários kilômetros e nada de encontrar uma alma viva. Após isto, as coisas começaram a se complicarem, pois, haviam pessoas nativas e bastante hostis naquela hora. John não tinha nada para se defender, não tinha arma de fogo, mas, tinha apenas um facão, o qual utilizava sempre que andava nas matas fechadas. Os nativos adentraram o rio e estavam vindo em direção à jangada, com intuito, segundo entendeu John, de lhe tomarem as caixas, mas, os nativos não tinham consciência do que haviam nas caixas, certamente pensavam que existiriam alimentos etc...

Começou uma grande batalha entre John e os nativos, mas os mesmos não possuiam armas de fogos também, mas, tinham flechas envenenadas com veneno de cobras perigosas.

John, começou o ataque, pois, eles estavam aparecendo de todos os lados e como não falavam línguas conhecidas, focou muito difícil a comunicação. O que lhe restou foi aplicar a sua defesa e a única solução imediata que viu, foi utilizar o seu velho facão. John nem sabe contar quantos braços decepou e nem quantas cabeças teve que cortar. Na realidade, o rio por onde navegava era bastante caudaloso e podiam-se ver o sangue descendo , tingindo totalmente da cor rubra e juntamente com isto, os corpos boiando. Eram centenas deles, mas, John não ficou apenas com o sentimento de ter que aniquilar aquelas criaturas, perdeu também algumas caixas.

As criaturas continuaram a aparecer do nada, e as margens do rio parecia que estava repleta de criaturas de estaturas medianas e certamente aquelas mesmas criaturas de outrora.

John estava muito cansado e não suportou uma pancada na cabeça recebido quando se abaixou na jangada para evitar de perder mais um caixa de ouro e desmaiou. A jangada continuou descendo o rio e após uns 10 km de descida esbarrou-se em um grande tronco que obstruía a passagem estreita do rio e logo abaixo a uns 50 metros havia uma grande queda d’agua, na realidade uma cachoeira enorme. Com a pancada da jangada no tronco de árvore John recobra os sentido e se assusta ao ver que tudo estava ainda por ali e que tudo o que se passou ou não se passou, não foi nada mais do que um delírio seu e atribuiu tudo isto àqueles frutos que comeu durante a noite e também em razão da carne do peixe, pois, eles também se alimentavam daqueles frutos. Mais tarde John observou mais detalhadamente aqueles frutos e percebeu que eram venenosos e realmente tinham poder alucinógeno.

Como nada daquilo tinha acontecido, John olhou para traz e percebeu que havia uma pequena fumaça lá atrás e tentou remar até aquela pequena fumaça que ficava a uns 50 metros e outra constatação foi feita, John não desceu nada no rio e ficou ali o tempo todo a noite inteira e até as 9 horas da manhã dormindo e completamente sedado, pois, adormeceu completamente por causa dos frutos que havia comido. John, olha para o céu e com as duas mãos esfrega a cabeça e o seu rosto todo coberto de barbas brancas e não consegue mais acreditar no que está acontecendo. Pensou... Será que estou ficando louco? Desce da jangada e em cima do barranco fica gritando bem alto.. Meu Deus.. Meu Deus...Meu Deus, me ajude nesta hora difícil, me coloca no caminho certo e dê-me uma direção! Preciso encontrar minha família, meus pais...

John parecia que estava mesmo atormentado por alguma coisa. Seus pais haviam desaparecido quando ele ainda era criança e nunca mais os viu. Acreditava que seus pais foram abduzidos ou seqüestrados por seres do espaço e nunca mais os viu depois daquele dia. Mas ele nunca perdeu as esperanças e tinha a certeza de que um dia iria encontra-los. Mas, se John estava com a idade avançada, como seria possível seus pais ainda estarem vivos? John era mesmo um louco e somente um louco poderia ter pensamentos tão absurdos.

Agora, que tudo não passou de alucinações ele tenta sair dali e voltar para sua fazenda. Após andar alguns quilômetros avista a sua camionete e como ele havia deixado, mas, com as chaves na ignição...(John era um pouco meio esquecido), Ele retorna ao rio por uma trilha e aos poucos consegue levar todas as caixas e lota a carroceria da pick-up. John agora está a caminho de suas terras e está ansioso para chegar, tomar aquele banho quente, relaxar o corpo etc...

Ele logo de cara tem uma grande surpresa....

Próxima Aventura, John reencontra Morgan e Morgana novamente-CAP. XXVI.