Sentença de Morte
 
          Quatro horas da manhã, pés e costa cansadas. Em frente ao hospital público, após algumas horas esperando pelo atendimento, fui informado que o hospital não tinha os recursos necessários para o meu tratamento, deveria procurar um hospital alternativo, pois tinha pouco tempo de vida. Vou para o meu carro, espero o tempo passar observando meu rosto no espelho retrovisor. Duzentos mil reais, apenas está quantia para poder sobreviver mais um dia.
          Chego em casa, porta aberta e um universo em descoberto. Tudo está cinza, as paredes de tantas histórias, a TV chia, como uma garrafa vazia. Cheia de ar e o cheiro de algo que vicia. Meu espaço se resume a onze passos, livro na estante, instante de contemplação do tempo que perdi, do tempo que ganhei.Nos livros, filmes e revistas, tudo que me estraga vista. Visto isto me visto. Calça, camiseta tudo que completa a minha beleza. Antes de tudo pego a agenda para talvez encontrar alguém que me ajude. Observo todos os nomes, dezenas de amigos que de certo ficariam tristes e presentes no meu enterro, mas de certo aborrecidos e meus inimigos pelo pedido insípido. Grande problema, ter amigos a minha volta em minha despedida, ou inimigos em revolta por um pedido que ninguém suporta, dívida.
          Cabeça entre as pernas, sofrimento e rancor me esperam. Na agonia da dor que principia. No horror da morte que uma simples consulta resolve; para os tantos vivos dezenas de mortes, descritas em uma folha, dinheiro, que perfaz em covas , para bonecos sem notas. O Que noto no meu futuro, um livro que me anotam, morto.
          Pego a agenda queimo. Pego o meu travesseiro, um cheiro. De um perfume distante, deixado por uma amante, que em seu tempo de luz, deitou-se com alguém que conduz; do desespero à fonte do prazer.
          Quebro a TV, de tantos programas de dramas, arte que imita a vida, para a vida que vive a arte. Derrubo livros, DVD, tudo que me leva a crer que haverá outro dia. Olho-me no espelho, mesmo com a fantasia de um dia, minha face não esconde, desespero aos montes. Quebro janelas aos murros, sangrando, chorando. Meu peito dói, a cabeça queima, é chegado à hora? Um toque ao telefone:
          - Senhor Marcelo, aqui é do Hospital ao qual o senhor se consulto. O senhor deve voltar, pois trocamos o seu prontuário, o senhor tem uma simples gripe.
          Desligo o telefone, estou vivo. Acaba minha face da morte. Olho a minha volta, destruição não falta. Levanto a cabeça com a esperança de que o verdadeiro erro é o primeiro e que alguém por ai Morre por mim.
 
 
 
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Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 05/06/2010
Reeditado em 05/06/2010
Código do texto: T2301291
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