Bar Sombrio

O dia está cinzento lá fora. As sombras invadem o bar, e o homem aflito procura por alguém. Sua alma está angustiada, e seus olhos percorrem atentos cada detalhe do sombrio bar, donde chegou sem saber por qual motivo estava ali.

O balcão bege, tomado por uma espécie de sujeira. Prateleiras cheias de garrafas, com variadas bebidas, capazes de saciarem a sede dos mais diferentes homens. Sentia o peso do lugar em seu corpo, a aura negativa lhe sugava, como se atrás das rústicas paredes com tijolos à mostra um caminho secreto existisse e um túnel negro se formasse como caminho para experiências tenebrosas.

Suas desconfianças transformavam-se em certezas. A estranha e desconhecida escrita cruamente no tijolo vermelho leva-lhe a crer em seus medos. Seu coração pulsava. Olhava diretamente ao bodegueiro, um homem sem rosto, um bruxo?!...

— Viste por acaso meus dois filhos, senhor? Perguntou o homem, com voz aflita.

— Não senhor! Não há crianças por aqui. Respondeu-lhe com indiferença e figura inerte do outro lado do balcão.

Mas homem não queria sair dali. Estava convencido que os sussurros vindos das câmaras secretas daquele bar lhes eram familiares... Seus filhos chamavam por ele. Corriam perigo. No entanto ele não sabia o caminho para salvá-los.

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Douglas Eralldo
Enviado por Douglas Eralldo em 11/01/2011
Código do texto: T2722245
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