UM VULTO NA JANELA

Tinha chovido o dia todo, eu acabava de entrar num vilarejo á beira da estrada, depois de exaustivo caminhar por trechos intermináveis de muita chuva e lama, meus pés estavam congelados e doiam muito, minhas vestes encharcadas pareciam pesar cem quilos e já não aqueciam mais meu corpo que não parava de tremer, meu queixo batia sem parar, por mais que eu tentasse fazê-lo parar era inútil.

Meu carro tinha ficado atolado na lama que cobria toda a estensão da estrada totalmente deserta, não se encontrava casa ou pessoa ao longo do trajeto, sem alternativa abandonei o veículo e me lancei em busca de soscorro.

Ao avistar aquela velha casa a beira da estrada, foi com se tivesse vendo um palácio, tive vontadede chorar de alegria, eu etava prestes a morrer de hipotermia e cansaço.

Era a única pousada, haviam mais duas casas ao lado da estalágem que estavama as escuras,era tarde da noite, eu não tinha ideia das horas, meu relógio a prova dàgua tinha parado de funcionar, marcava cinco horas da tarde.

Na recepção não tinha ninguém atendendo, toquei a campainha que estava próxima ao balcão e um senhor de idade vei me atender, sua cara me dizia que eu o acordei, pelo jeito a hospedágem estava as moscas, o quadro de chaves estava intácto, apanhei uma delas e subí em direção ao quarto, por uma escada estreita e mal iluminada, o quarto ficava no fim do corredor a direta, tive dificuldades para abrir a porta, minhas mãos estavam geladas. No quarto apenas uma cama de solteiro, e um pequeno banheiro, uma janela dava para a rua. A escuridão que se via da janela era assustadora,

veio-me a mente as lembraças de filmes em que viajantes eram atacados no meio da noite por extranhas criaturas, muitos eram assassinados de forma cruel, confesso que fiquei com medo.

Depois de um banho restaurador, meu corpo agradeceu pelo calor de um cobertor quentinho colocado sobre êle, tentei dormir mas ainda estava excitado devido a longa e sofrida caminhada sob o frio e chuva.

Apanhei em minha valize um pequeno livro para me distrair e chamar o sono, que não queria vir, para atiçar o meu medo, a estória era de monstros e fantasmas.

Enquanto lia a unica lâmpada do quarto se apagou, fui até a janela e ví que tudo estava ainda mais ecuro que antes, a luz do poste que ficava em frente, também havia se apagado.

Eu não sou do tipo que pode ser cahamado de medroso, mas o cenário que se apresentava no momento e a influência da minha leitura, deixou-me apavorado, eu evitava olhar para a janela temendo ver uma viságem ou um monstro qaulquer.

O cansaço dominou-me e acredito ter dormido, em sobressalto sentei-me à cama, meus olhos evitavam a direção da janela, onde se via uma sombra enorme empunhado um facão ameaçador.

Não contive o medo e soltei um grito de terror que podia se ouvir a kilometros de distância, em seguida ouví baterem na porta do quarto, cobri a cabeça, sem corágem para ver quem estava batendo, pensei que o monstro da sombra na janela tinha vindo me atacar.

O silêncio era assustador, as batidas de meu coração era o único ruido que eu podia ouvir, pensei em descer até a portaria e pedir ajuda ao porteiro mas tive muito medo, não conseguí sair do quarto

até o dia calrear. Com o sol batendo na janela, tomei um banho e descí para tomar café e comentar com o porteiro os meus momentos de terror vividos durate à noite.

Como não encontrei ninguém na portaria me dirigí até a cozinha a procura de café. Silêncio assustador... Olhei em direção do fogão, estava apagado, era um velho fogão a lenha. não tinha nem sinal de fogo muito menos de café. Procurei novamente pelo senhor que me havia recebido ontemà noite na portaria, chamei-o por várias vezes e não obtive respostas, mais assustado do antes comecei a rezar baixinho,

pensei em subir até o quarto para apanhar meus pertences mas minhas pernas trêmulas se recusavam a me obedecer.

Sem saber a quem apelar, já que não tinha encontrado uma viva alma desde que tinha chegado ao esse lugar sinistro, decidí ir embora daquele dalí antes que fosse tarde demais.

Apanhei minha pequena bagagem e sem olhar para trás, fui abrir a porta para sair e a surpresa... Estava trancada por fora, pânico era tudo o que eu sentia, temia ter o mesmo fim das vítimas dos filmes de terror que eu tinha visto tantas vezes.

Lembrei-me de telefonar pedindo socorro, apanhei meu celular e liguei para a polícia, do outro lado da linha uma voz feminina, me pedia para que eu desse informações exatas de onde eu estava ligando, coisa que nem eu sabia onde me encontrava. Por mais que eu tentasse explicar que o caso era de emergência e que se tratava de caso de vida ou morte, a moça não me ouvia, insistia em detalhes que a mim era impossível informar, até que para aumentar ainda mais o meu pavor, a bateria do celular acabou e não havia luz para recarregá-la. estava anoitecendo novamente e eu não tinha conseguido nem ir embora nem pedir soccoro.

quem teria trancado aporta de meu quarto por forâ? seria um assassino? um facínora que teria matado o porteiro e agora queria me matar, ou seria o próprio porteiro o criminoso?

Enquanto procurava respostas tentava também uma saída, a porta trancada indicava que realmente alguém queria a minha pele, só que eu não estava afim de entregá-la de bandeja. Enquanto pensava, descobrí ao olhar pela janela do banheiro, que bem alí havia uma escada velha de madeira que dava para os fundos do prédio, quebrei vidraça e abrí a janela e me mandei, uma terrível surpresa me aguardava lá embaixo, no pé da escada o corpo do porteiro da pousada em estado de decomposição, estava morto faziam dois dias.

Sentí vontade de sair correndo prá bem longe, mas minhas ideias estavam confusas e o medo me dizia para voltar para dentro do quarto e ficar lá que estaria mais seguro.

Já no quarto ouví o ruido de um carro, corri até a janela, lá embaixo um carro da polícia, sentí um alívio, estaria a salvo, um policial fardado, alto moreno do tipo dos policiais americanos estava lá, fui logo contando a êle minha estória. Sem me dar ouvido dirigiu-se para onde estava o cadáver do porteiro e em seguida deu-me ordem de prisão.

Fui injustamente acusado de um crime que eu não cometí, hoje sou apenas mais um presidiário a afirmar sua inocência e ouvindo as gargalhadas dos companheiros que rebatendo dizem é cara aquí são todos inocentes.

Há mais de dez anos espero que a defensoria pública me tire desse inferno...

OBS. O CONTEÚDO DESSA CARTA, FOI ENCONTRADO NA CELA DE UM DOS DETENTOS ASSASSINADO NA PRISÃO.

+++++++++++++++++++ FIM ++++++++++++++++++++++++++