Caminhos do Destino! - Parte II

Continuação...

Como pode uma pessoa mudar tanto assim? Pensou...

Conhecera Roberto em uma tarde quando caminhava a beira mar, veio até ela lhe pedindo uma informação, ele era um homem muito bonito, corpo másculo, cabelos pretos e olhos castanhos, alto e de um sorriso, que a encantou no primeiro olhar, sem graça pois estava olhando pra ele quando ele a abordou, riu e respondeu sua pergunta, ele agradeceu e continuou andando, ela deu uma ultima olhada virando-se, ao mesmo tempo que ele também a olhava, e voltou, a convidou pra tomar uma água de côco com ele, ela aceitou, e começaram a conversar e se conhecerem mais.

As horas passaram rápido e eles nem perceberam que já tinha anoitecido,

despediram-se, trocaram telefones e cada um tomou uma direção,

os dias se passaram, quando seu telefone tocou e era ele, convidou-a pra sair e marcaram um jantar, e dali em diante não se largaram mais, conheceram sua familias e em seis meses já estavam casados e muito felizes.

O casamento rolou muito bem por uns 2 anos, até que um dia o príncipe virou sapo e as coisas ficaram difíceis pra eles, ele perdeu o emprego e ficou agressivo por qualquer coisa que ela fazia, ele a agredia, tinha um ciúme doentio e ela não conseguia mais nem respirar sem que ele soubesse, até que ela pediu a separação, mas ele não concordou e a ameaçou matá-la.

Ela então fugiu de casa e se escondeu dele por um longo tempo, até que ele sumiu, deixando-a em paz, até que nesta tarde ele a encontrou e a sequestrou...

A porta do quarto se abriu novamente, e entrou um homem encapuzado, a soltou, deu-lhe comida e água, e saiu.

Quem seria esse agora? Estava sendo vigiada, mas ele a soltara, pelo menos isso, não aguentava mais os braços e as pernas doíam por causa das cordas, foi ao banheiro, tomou um banho, e procurou um jeito de fugir, mas as janelas estavam com cadeado, a porta trancada, não havia jeito de escapar, o que faria agora?

Sentou-se e ficou ali, pensando na vida que tinha antes de conhecê-lo, como era feliz e tinha muitos amigos, os quais agora estavam distantes, pois ele a fizera se desligar deles, não tinha ninguém, era muito só, e sentia falta de companhia, uma amiga do colégio a procurava sempre, pois não aceitava vê-la fugindo daquele jeito, aconselhava ela a dar parte a polícia, mas ela tinha muito medo dele, e ainda tinha um sentimento por ele, que ela não conseguia entender, era medo? Paixão? Amor? Ela não sabia ao certo, mas tinha...

Roberto entrou no quarto e a viu sentada chorando, ele disse que partiriam dali em uma hora, e saiu.

Não deu chance dela argumentar, apavorada tentou abrir a porta, mas nada, trancou-a novamente.

O homem de capuz veio buscá-la e a levou para o carro, ele ja estava lá, sentou com ela no banco de trás, tentando beijá-la, lhe passando a mão pelo seu corpo, desejando-a como sempre o fez, ela resistiu e mandou que ele parasse com isso, ele insistiu e a violentou ali mesmo, dentro do carro com o cara de capuz dirigindo, e olhando tudo, o carro começou a correr mais rápido, o rapaz estava com um ódio no olhar, quando a fitou, depois de ter passado por aquele tormento.

Chegaram num cais, colocaram-na num barco e partiram, ali ela percebeu que tinha de tudo, até umas roupas para ela, e percebeu que dali não sairia tão cedo, ficou com medo, e se o rapaz também a violentasse, não, isso não aguentaria.

Ouviu Roberto dizer ao rapaz, vamos aquela ilha, lembra?

Pronto iria ficar sozinha com eles numa ilha, o que faria agora, partiu pra cima dele com muita raiva o socou suas costas , mas ele mais rápido a empurrou que ela caiu ao chão, partiu pra cima dela , queria novamente violenta-la, ela gritava, chorava e dizia que ele a machucava, foi tirando suas roupas, apertando-a, até que sentiu ele saindo de cima dela , o rapaz o puxara e deu-lhe um soco, mandando ele parar, lutaram entre si, e ela ficou apavorada, Roberto apanhou tanto que desmaiou.

Ele foi em sua direção, agora sem o capuz, ela pode perceber que homem bonito ele era, parecia carinhoso, e a olhava com pena e perguntou se estava tudo bem, ela respondeu em meio as lágrimas que sim, só sentia uma dor no braço esquerdo, ele segurou seu braço e ela gritou de dor, ele pegou a caixa de primeiros socorros e cuidou do braço dela, levou ela pro banco e a sentou delicadamente, colocando suas pernas em cima do banco, e disse pra ela que iria leva-la de volta pra casa, pra ela se acalmar, agora ia ficar tudo bem.

Roberto acordou e pediu desculpas ao amigo, disse que não faria mais aquilo, olhou pra ela com o rosto inchado pelo soco e ajoelhou-se em seus pés pedindo perdão, chorando como uma criança, ela o perdoou, e pediu a ele pra levá-la pra casa, e ele consentiu, olhando pro amigo, pediu que retornasse.

Mas o tempo virou e uma chuva forte começou a cair, ventos balançavam o barco , parecia que ia virar, ficaram parados por algum tempo até que o mar se acalmasse, tentou ligar o barco mas não conseguia fazê-lo funcionar, perderam o rumo de onde iam, e o mar levou o barco pra uma ilha, onde eles tiveram que descer, estavam molhados, com frio e tudo que tinha no barco estava perdido, muitas coisas caíram no mar...

Continua na escrivaninha da poetiza " FLÔR"...

Sônia Amorim
Enviado por Sônia Amorim em 11/02/2011
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T2785230