O ENIGMA DA RUA ESCURA

Pela larga avenida, já sem iluminação,

caminho envolta em meus pensamentos,

sentindo a neblina suave e fria a tocar-me o rosto.

Deambulo vagarosamente pela rua escura,

pois já não tenho pressa de chegar a lugar algum.

Apenas caminho.

Vultos passam à minha frente, formando silhuetas

com os faróis à meia luz, sem se preocuparem com minha presença.

Apenas passam.

A noite escura é minha amiga.

A cor da noite confunde-se com o negro da minha alma...

Aos poucos o ruído dos meus passos multiplicam-se e,

em meio à escuridão, posso sentir que já não caminho sozinha! Aperto o passo e o coração aperta-me no peito.

Sinto um calor atingir-me o corpo, causando -me um calafrio confortável e assustador!

Penso em virar-me para identificar a criatura que me acompanha, mas ,ao contrário,fecho os olhos e entrego-me àquele momento de carinho, de ternura, sob a proteção do manto da noite.

A noite,apressada,vai buscar a luz de um novo dia ,

deixando em mim apenas a lembrança

do enigma daquela rua escura!

(Neusa)

Postado bo BVWtecendoletras

Tema sugerido "RUA ESCURA"

neusa gomes
Enviado por neusa gomes em 09/05/2011
Reeditado em 09/05/2011
Código do texto: T2958915