A NOITE
A noite agitada e barulhenta exercia função gloriosa naquela noite de segunda-feira. O homem que naquela casa residia, fazia de seu quarto o seu santuário. Tudo era envolvido com imagens de santos, terços pendurados em todos os suportes, rezas e mais rezas escritas espalhadas pelo chão, enfim, um templo para algúem que não dormia há séculos.
O vento chega a acordar o homem solitário. Acordado, ele desperta da cama e suado, começa a rezar. No momento em que este, inicia a benção, ouve um barulho extremamente perturbador vindo da porta. Ele pede proteção mais uma vez, mas parece que Ele não escuta. O barulho é acompanhado de sete batidas de diferentes timbres.
O homem se levanta e corre em direção a porta sem medo algum, parecia estar acostumado com o tal. Ele grita para o que há de ruim sair e deixá-lo em paz. A porta é derrubada com o vento e uma luz ofuscante brilha com tamanha potência que parece perecer os olhos daqueles que vêem. O homem tenta tampar os olhos cansados e aterrorizados, e em um ímpeto de segundo uma mão grande vem apalpar o homem cabeludo, o tal residente da casa. Ele grita, implora, e de certo, desaparece.
A manhã amanhece tranquilamente, o homem acorda em um local ermo e silvestre, dorme tranquilo e sereno. Aonde estaria?
FIM
(cometários)