O Assalto

Parte Quatro

A Chegada de Novos Cavaleiros

Após algumas horas o soldado que mandei no I.N.P.E retorna.

- Senhor. Veio comigo o senhor Roberto Pereira. Disse que trabalha com esses assuntos.

- Traga o homem pra cá.

O senhor Roberto Pereira é ufólogo. Estuda a vida extraterrena há vinte anos. Tem 42 anos e trabalha no I.N.P.E . Na verdade sua profissão é a física. Exerce a profissão de físico no I.N.P.E. Possui cabelo grisalho, o corpo cheio, altura de 1,68 metros, aspecto sério na fisionomia quando o vê pela primeira vez. É dessa maneira vestido camisa pólo, calça jeans e tênis adidas que se apresenta.

- A vitima está ali na cozinha. – Aviso.

- Cuidado, fede muito...

Já havia entrado.

Fica na cozinha por longo tempo. Pagaria pra não ficar dois minutos perto daquela coisa.

Volta e por incrível que pareça, está normal.

- E então?

- Bem, inspetor...

- Almeida.

- Bem, inspetor Almeida. O que se encontra assassinada é uma espécie alienígena. Um extraterrestre.

- Como? Repete o que acaba de dizer.

- Espécie alienígena. Criatura extraterrena.

- Era ET?

- Se quer denominar nesse modo... Correto, era um ET.

- Puta merda!

- Um caso fora da policia trabalhar.

- Sim. Imaginava que essas criaturas há em filmes americanos.

- Elas existem inspetor Almeida. Pela fisionomia, acredito que seja espécie transmorfa. Não se preocupe, a espécie é pacificadora. Só querem ficar tranquilos e quietos nos seus cantos.

- Sei. Menos mal pra nós. Disse transmorfa?

- Exatamente. A espécie se transmuta em qualquer coisa. Seres humanos, animais, plantas qualquer coisa. Quem o encontrou?

- A empregada. Foi ela que nos acionou.

- Uma criatura transmorfa vivendo num bairro da periferia?

- Sabe de mais extraterrestres como ele?

- Inspetor Almeida. Trabalho com ufologia. Ou seja, estudo vidas fora da Terra. E com certeza, tive contatos com esses seres. Conheço cada espécie de raça e algumas vivem entre nós há muito tempo.

- Se estão entre nós, por que não revelar ao mundo?

- Imagine a grande confusão, o caos que cometeria ao anunciar que existem aliens. Afetaria muita coisa. Crenças religiosas, medo, fanatismo muita coisa complexa. Portanto, usamos o consciente coletivo a enxergar que extraterrestres são criaturas imaginarias, frutos de romances de ficção cientifica e montagens da internet.

- Se a mentira pegou continuamos com ela.

- Entendeu tudinho inspetor.

Um soldado se aproxima.

- Senhor, encontrei isso.

Entrega-me uma fotografia de um senhor de cabelo branco, nariz enorme e olhos verdes.

- Deve ser a pessoa que a criatura se passava.

Passo a fotografia para Roberto Pereira que olha atentamente.

- Possivelmente. – Conclui.

- E o que faremos? – Pergunto.

- Inspetor Almeida. Pra não alarmar o bairro, a cidade, o estado e o Brasil. Com certeza geraria confusão. Acredito em vida fora do planeta e mesmo acreditando queria sair por espalhando aos ventos. Seguro minha língua pra não arrumar confusão e acabar com crenças e crendices religiosas que as pessoas creem. Considere o caso como crime normal de roubo e assassinato. Tudo ficará esquecido.

Não sei a causa de gente como esta na minha frente conseguem carregar pelo resto da vida segredos além do céu e da Terra. É correto tratar o assunto com simples piada ou fantasia nas mentes das pessoas? Recuso entrar em discussão do que é certo ou errado. Alias, pago para não entrar numa e seja como for, encerro o crime.

- O problema é trazer um pretexto. – Esclareço.

- Inspetor, há vários pretextos. Vai encontrar. Devo partir?

- Sim. Pode ir. E obrigado pela ajuda.

- Disponha.

Sai tranquilo, tão tranquilo que me surpreende.

Ainda posso arrumar pretexto.

- Soldado!

- Aqui senhor.

- A empregada. Traga-a. mande despachar o corpo. E descrição, não quero que vaze que o que estamos lidamos não é desse mundo.

- Sim senhor. Pode deixar.

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 18/11/2011
Código do texto: T3343138
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