E o Mundo Acabou - 2012

Foi banhar-se, só e bem cedo, na sua nova cidade

O ano acabava de começar

Um clarão veio de toda parte

Não havia ninguém, nem vida, por lá.

A escuridão veio, assim, de repente

Um breu jamais visto

Milhões de pensamentos dominavam sua mente

O barulho do silêncio em êxtase misto.

Ventos de todas as regiões tocam o seu corpo

Trazendo um gélido tempero na cachoeira

Pisa em folhas secas na trilha de volta

Sozinha, com frio, sem eira nem beira.

Estranho, pois não havia sons quaisquer

Gatos pardos, cavalos selvagens, nada por ali

Passando por despachos, pipocas e galinhas

Pega uma planta para se distrair.

Erra o caminho e sai em outro rio

O medo se confunde com o frio

Sem arma, coragem, sem orientação

Sem lua, comida, ombro irmão.

Sobe em uma árvore para ver melhor

Sem a companhia de mosquitos ou pirilampos

É como um breakout pintado de preto

Se vê tremendo a alma e o esqueleto.

Chega a um dossel, caindo em prantos

Grita, chama, por um deus qualquer

Apela para todos os santos

Segura firme sua malmequer!

André Anlub

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Contato: andreanlub@hotmail.com