Morte e loucura-continuação

Richard passou dois meses na prisão e recebeu a visita da mãe uma única vez. Essa pediu-lhe paciência,que ignorasse qualquer tipo de provocação e que principalmente não esquecesse de seu velho pai.Os guardas que acompanhavam discretamente o diálago se entreolharam ao ouvir o último pedido.A verdade é que Abgail andava muito adoentada e sentindo a proximidade da morte,fizera aquela visita como despedida. Ao deixar a prisão ,Richard estava enfermo. Contraíra pneumunia no tempo em que ficou trancafiado numa cela úmida. Durante meses após a soltura ficou trancado em casa e nem se deu conta de que o mato encobriu quase toda a propriedade. A população estava curiosa,queriam saber como estava vivendo o rapaz. Esse interesse não tinha nenhum motivo nobre,desejavam mesmo era espezinhar,rir do pobre diabo que ousara enlamear o nome da cidade..Muitos tinham ido ao enterro de Abgail satisfeito por se livrarem da vizinha estranha. A molecada trepava no muro ,ávidos por avistarem Richard e algumas vezes obtiam êxito. O viam passear pelo abandonado jardim tossindo e falando sozinho,mas se afastavam assustados ao ouvirem gritos terríveis vindos da casa. Um novo crime veio deixar em alvoroço a pequena Pouso das águias. Duas crianças apareceram esquartejadas na beira do rio que cortava a cidade. A casa onde Richard morava foi apedrejada e enfurecida a população tentou invadí-la e foi preciso força policial para evitar um possível linchamento. Acompanhado de dois auxiliares o delegado penetrou na residência,estavam preparados para atirarem ao menor sinal de resistência,mas encontraram Richard ardendo em febre dormindo em um sofá imundo.Contudo o levaram preso,pois era o principal suspeito segundo a acusação popular. Na saída da propriedade uma multidão a tudo assistia revoltada e entre eles uma voz de homem se sobressaia. Era o padre Augustim que ao invés de pregar a paz,naquele momento incitava seus fieis a violência. (continua) 24/03/12