Um gato preto...

O Sol já raiava quando Rose perdeu o sono. Rolava em sua cama na tentativa do sono voltar. Em vão. Às cinco da manhã, Rose já banhava-se. Era o último dia da semana e Rose precisava estar bem disposta, embora o pesadelo que tivera na madrugada não tenha sido muito animador. As notícias que passavam em sua TV eram as mesmas de sempre, só o que agradava era a previsão do tempo, que prometia Sol de 40º. Por um momento, Rose lamentou não poder escolher entre seu trabalho e sua praia, que era de lei. Ignorou seu pensamento e seguiu para o trabalho, que ficava uns trinta minutos de sua casa. Sua sexta-feira começava a ficar agradável: as horas passavam bem rápido, o trabalho não estava pesado; sequer suas mãos cansaram de digitar. Rose agradecia ao seu Deus por mais um dia agradável de trabalho. Na hora de seu almoço, chamou sua colega de trabalho, Mary, para se sentar com ela. Mary era a mais divertida da empresa. Gordinha, baixinha e desbocada. Os dias que Rose estava cabisbaixa, eram salvos por ela. Mary sentou-se ao seu lado com seu prato duas vezes maior que o de Rose, se ajeitou na cadeira que mal cabia suas nádegas e falou para sua colega de trabalho:

– Menina, tive um sonho tão esquisito essa noite... – falou Mary, misturando seu arroz com strogonoff.

– Sério? Eu também tive. Me conta... – Rose mostrava-se interessada.

– Não lembro direito... – riu – mas foi FODA! – Mary, agora, dava ênfase no ''foda'' – Só sei que tinha um homem de terno preto, que eu não conseguia ver o rosto, que me dava medo.

– Credo, Mary... – Rose tentou esconder seus braços arrepiados. Aquilo, de alguma forma, mexeu com ela.

Conversaram até a hora do almoço cessar, indo cada um para seu trabalho. Quando Rose saiu de seu trabalho já havia passado das seis horas da noite. Seguiu tranquilamente para sua casa, parando seu carro em frente à sua casa. Ao sair do carro, percebeu um gato preto, muito lindo, por sinal, olhando-a fito. O pegou no colo e pôde reparar que morria de fome. Entrou com seu novo gato e pegou leite. Zeus bebia seu leite com bastante vontade. Rose se prontificou a pegar uma caixa e arrumá-la com alguns lençóis que não lhe serviam mais. Zeus não fez cerimônia e entrou em sua nova cama, enquanto Rose se preparava para dormir.

Na manhã seguinte, Zeus não estava mais em sua casa, mas os vizinhos afirmam que um homem de terno preto saiu de sua casa. Rose não pôde saber se era verdade. Naquela manhã, Rose não acordou...

Maiah
Enviado por Maiah em 25/07/2013
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