Enquanto durava o terror

CAPÍTULO I

O diálogo continuava interessante, emocionante, aquela que

relatava sua história estava transformando uma vida,

a história relatada mostrava o terror acontecido,

ia acontecer outro abandono, a história repetiria,

o destino será mesmo traçado a todo ser humano?

Sendo assim porque o ser humano tem o livre arbítrio?

Ah! Este ser humano e suas histórias carregadas de mistério!

Histórias como esta que vale a pena ler, quer dizer, acho que vale,

Lendo, que lendo esta história, ora angustiante, ora aterradora

mas o sentido é querer mostrar o quanto vale a experiência

de um ser que sofrendo os horrores causado pelo mal que espreita,

consegue vencer, sua luta é coroada de êxito, por optar amar,

amar sem reservas, este sentimento é renovador

mas enquanto perdurava o mal, era enquanto durava o terror.

Por isso mesmo esta história carregada de cenas fortes

A emoção perdura nos relatos, fatos que acontecem

Sim, pode-se dizer que cada vida é uma história,

Mas também quantas histórias sem vida, sem cor

Mas esta depois de muita dor, possibilitou a chegada do amor

Costumo dizer até mesmo nos meus livros sobre as praças. Elas existem, algumas com apenas pequenas árvores e esparsos arvoredos, outras exuberantes de belezas magistrais, seus bancos, seus verdes, os caminhos parecendo mostrar um quê de sobrenatural que estão aí, às vezes, nesta nossa conturbada existência.

O que tem isso com o que quero dizer? Ou quer dizer escrever?

Vou relatar sobre esta vida e seus entraves, terrores trazendo tristezas ao ser humano estes seres entranhados de mistérios em seu viver. A experiência destes tormentos, depois a vitória, dando uma maravilhosa mensagem de vida. A mensagem foi dada, mas será que ela servirá de mudança ao outro ser? Porque às vezes as fortes e iluminadas palavras simplesmente são jogadas por terra, ficam perdidas neste marasmo que muitos seres humanos teimam em ficar.

Então vamos ver o desenrolar desta história:

Naquela praça de beleza intensa, de tamanho imenso, era um jardim colossal, difícil discordar não ser ali um pequeno paraíso na terra.

Num daqueles bancos estava a jovem senhora Anali, com seus 35 anos, era uma autêntica psicóloga, a profissão que era a sua cara, a sua experiência de vida possibilitou um aprendizado excepcional mais do que a universidade, não que o aprendizado nos bancos da escola fossem banais, na verdade o estudo sempre será necessário, é que a vida é uma escola espetacular se pudermos tirar proveito dela.

Ela estava embevecida, observando sua filhinha de 5 anos brincar naquele incrível lugar. De repente sua atenção se volta para uma jovem com aparência estranha sentada a poucos metros dali. Anali sabiamente viu que alguma coisa com aquela menina não estava bem. Aproximou até sentou no mesmo banco que estava a menina-moça, por incrível que pareça foi a mocinha que iniciou a conversa:

--- Aquela menininha é sua filha?

--- Sim, podes ver que é muito esperta, mas nós mães temos o dever de controlar nossos filhos ainda mais quando são crianças.

A jovem quis expor o que estava na mente dizendo:

--- Há! Mesmo sem conhecer a vida da senhora eu invejo a sua filhinha!...

--- Há! É, por quê?

--- Porque dá pra notar o quanto de amor dedica à ela, naturalmente na sua vida adulta será completamente equilibrada e feliz. A mãe da senhora com certeza soube ser uma verdadeira mãe, depois é lógico que esta impregnação de amor seja passada aos filhos.

A jovem senhora Anali permanece pasma! A jovem fez uma análise de vida, percebeu que realmente havia muito amor, equilíbrio entre ela e sua filhinha. Só que a jovem deixou transparecer que a vida dela era o oposto. Sendo uma excelente observadora, Anali começou ali um diálogo:

--- Menina, estou notando uma leve decepção em você com sua vida. Me conte o que se passa, noto que és bonita, inteligente e muito observadora. Porque essa tristeza? Seus pais o que acham disso?

--- Ah! Meus pais? Na verdade tentaram me colocar na linha, mas do jeito deles. Só serviu pra me atrapalhar mais. Eu já estou envolvida com as drogas, sei que estou atrapalhando a vida deles, mas agora não tem volta, o mar de lama já está feito...

Pronto, estava ali uma situação complicada. A psicóloga Anali eficientemente poderia ajudar aquela jovem com umas longas consultas e um acompanhamento especial, mas o caso tinha que ser resolvido ali. Num raciocínio rápido ela diz:

--- Já que você fez uma pequena análise de minha vida, dizendo do amor e dedicação com minha filha, depois tentando concluir o grande bem que meus pais me fizeram, então você quer escutar a minha história?

--- Quero!!!... (a jovem responde num sobressalto, a impressionante Anali conseguia envolve-la de maneira incrível, ah! Se muitos psicólogos tivessem este dom. )

--- Já vou dizendo de imediato: há quase trinta e cinco anos eu ainda um bebê fui achada no lixo, (tinha que ser sua história, encaixaria perfeitamente para entrar na mente daquela jovem criatura que teria um longo caminho em sua existência) uma criança com poucos dias que havia entrado nesta vida.

--- Nossa! Como foi isso? Então tua mãe... (pergunta a jovem cada vez mais empolgada)

--- Sim, minha mãe biológica, a qual nunca conheci, me deixou no lixo. Mas preste atenção, querida, quero dizer-lhe que fui uma jovem como você, os caminhos estavam cada vez mais tenebrosos, entretanto sempre temos uma chance. Temos o livre arbítrio de mudar os nossos rumos, porque senão um dia quando estivermos quase no final de nossa jornada falaremos aquela frase: “eu era feliz e não sabia”

Meus novos pais me acharam, me adotaram e maravilhosamente me criaram, o amor deles me aqueciam me iluminavam como se fosse o nosso maravilhoso sol.

--- Mas porque um período da sua mocidade estava tenebroso? (pergunta a jovem com sua aguçada intuição)

CONTINUA NOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS