COMEDORES DE GENTE.

Não há outra maneira de começar, a não ser dizendo que havíamos programado uma viagem. O motivo, não posso lhes contar. Não que seja secreto, mas até hoje não recordo o que nos motivou a enfrentar a estrada, tentando atravessar o país. Talvez fosse o espírito aventureiro, ou os poucos compromissos de quatro jovens. Mas acredito que o vilão de tudo fosse o sagaz destino nos atirando numa viagem, que só de lembrar dá arrepios, e o sangue gela dentro do corpo. Mas, enfim chega de rodeios, e vamos direto ao ponto.

Como havia lhes dito, nossa viagem não tinha rota, ou lugar algum a chegar. Simplesmente pegamos a estrada, e seguimos em frente. Fomos no meu carro, um opala 88. Apesar de velhinho, o poçante era muito bem cuidado, uma relíquia. Era verão, e estávamos em período de férias. Só curtindo. Nossas economias – melhor dizer, de nossos pais – nos permitiam um certo sossego. Talvez por isso não pensamos duas vezes em pegar a estrada. Não preciso dizer que eu era um dos quatro. Os outros três eram Aline, minha namorada. Namorávamos desde a adolescência. Ela sempre foi bonita, mas seu ingresso na juventude o transformou numa grande mulher. Cabelos louros a altura do pescoço, de rosto de traços finos e bem definidos, e um corpo esculpido. Outra perdição era seus olhos verdes. Os outros eram o Alberto, grande camarada. Entre nós o chamávamos de seco, graças a sua fisionomia. O ultimo, e não menos importante o “China”, apelido ganhado por causa da sua origem chinesa.

Passamos os primeiros dias com muita tranqüilidade. Andamos por muitos quilômetros, cruzando dois estados. Ah! A aventura começou em Porto Alegre, pois somos de lá. Pegamos a “freeway” e fomos “subindo” Brasil acima. Cruzamos várias cidades, tirando fotos, fazendo amigos. De tantas paradas, levamos quase uma semana para estar no Paraná. E foi justamente no Paraná, já próximo ao estado de São Paulo que as coisas ficaram nebulosas.

Não me lembro a ultima cidade que havíamos passado. Era o décimo primeiro dia de viagem, e havíamos saído da rodovia principal. Rodamos por algum tempo numa estrada secundária, e deserta. Precisávamos encontrar alguma cidade, ou algum posto para comprar comida. A tarde já avançava. Como estava demorando a encontrar alguma coisa naquele lugar ermo, e o China tava apertado, estacionei. Ele desceu às pressas “para tirar água do joelho” numa moita. Voltou, e seguimos viagem. Levou mais uns quinze minutos para vermos sinal de civilização. No alto dum morro, uma mansão imponente, com acesso através de uma escadaria enorme. As escadarias eram brancas, como se fosse de mármore. O local era cercado por árvores nativas da região. Não sei porque, mas algo me chamou atenção. Mas só de pensar que ali passaríamos os piores dias de nossas vidas, tenho vontade de não botar os pés mais que um metro da soleira da porta de casa.

Mas vou seguir com a história, e ainda não esta na hora de falar da “casa maldita”. Andamos por um bom tempo até encontrar um posto de gasolina. Quando entramos na lanchonete o China percebeu que estava sem carteira. Foi até o carro e não a encontrou. Revirou tudo, até chegarmos a conclusão que ele a perdera no “mictório” improvisado, quilômetros atrás. Como ele era o único sem carteira de motorista, e o Alberto se negou a andar até lá, peguei o volante deixando Beto com Aline no posto, e fui com o China buscar a carteira.

Posso confessar que não estava muito alegre com tudo aquilo. Tinha a sensação que aquele caminho tinha algo de estranho. Havia solidão, e um clima pesado com se as sombras dominassem o ambiente. Sentia o coração pesado, e com a pulsação reticente, como se esperasse por algo ruim. Talvez fosse um prenúncio, uma adivinhação. Estava com tanta pressa de pegar a carteira, e sair logo daquele lugar que sem perceber meu pé pesava sob o acelerador, e o velocímetro já passava dos cem por hora. Foi a velocidade que cegou minha visão, e não vi numa curva uma camionete sobre metade da pista, e homens de colete preto a sua volta. O choque jogou meu corpo para frente estilhaçando o pára-brisa. O Carro por duas vezes ameaçou capotar, mas segurei o volante com tanta força, que controlei a situação fazendo-o derrapar até o encontro dum barranco. Não me lembro de muitos detalhes depois do choque a não ser o rosto do China desacordado e ensangüentado, e os detritos sobre o asfalto negro. Também desmaiei.

Recobrei a consciência ainda na rodovia. Estava algemado, nas mãos, e os pés. Ia dentro duma blazer totalmente escura. Vi o China do meu lado também preso, e ainda desmaiado. Havia uma grade entre a parte de trás e da frente da camionete, e dentro dela iam dois brutamontes de coletes e vestes negras. Num primeiro momento pensei serem policiais. Não eram. Ainda tentei indagar-lhes, mas nenhum deles virou-se, ou emitiu algum som de sua voz. A aventura ainda sequer iniciara de verdade, e eu sentia muito medo.

Acredito não ter passado um longo tempo desmaiado, já que, mesmo meio zonzo pude reconhecer o lugar lúgubre. Ainda estava na mesma estrada. Uma curva a direita sorriu para o morro com a mansão que nos chamara a atenção. “Para onde estão nos levando?” Perguntei, sem ter a resposta. O sol já escorria pelos montes, e as sombras da noite se aproximavam. Naquele instante além de pensar ao que aconteceria comigo também estava preocupado com Aline. Era sorte ela não ter vindo até ali, mas não sabia como ela e o Beto reagiam à nossa demora.

A camionete entrou num grande portão de ferro escondido por arbustos, e seguiu por uns quinhentos metros por uma estrada de chão até chegar a uma certa altura do morro, onde havia uma entrada para o subsolo da mansão. Percebi muitos homens de colete pelo pátio. Não sabia ainda do que se tratava, mas vi que havia um grande aparato de segurança. Meu medo aumentava a cada minuto. Fomos tirados do carro com truculência, por dois homens que nos aguardavam. Suas fisionomias eram horrendas, e seus olhos vidrados causaram-me pânico. Percebi logo que estava em perigo.

Quando o China acordou, graças aos tabefes, teve um espanto horrendo. Também tentou questionar. Foi em vão. Os homens agiam como surdos mudos. Seguros pelos braços, ainda presos, nos levaram a uma porta, que deu a um corredor. As paredes eram de alvenaria, de tijolos vermelhos. A iluminação era parca, e o corredor se estendia por uns cinqüenta metros. Na metade reparei noutra porta. Uma placa dizia “COZINHA”. Curioso, olhei para dentro, aproveitando a porta entreaberta. Quisera não ter olhado. As paredes de azulejo branco estavam todas ensangüentadas. Talvez o cozinheiro não lidasse muito bem com facas. Mas uma perna humana a vista sobre a pia emperrou meus ossos ao imaginar os tipos de pratos preparados ali. Travei. Só o puxão violento do homem que nos conduzia foi capaz de me tirar dali.

Nos levaram até um elevador. Nos jogaram dentro, e fecharam a porta. Não os vi mais. Foi uma subida rápida. Quinze segundos no máximo. A porta se abriu, dando para uma grande sala. Para minha surpresa havia sete pessoas lá dentro, sentadas ao chão, e conversando. Disse ao China para não sairmos do elevador. Ficamos um bom tempo dentro dele, até que um estranho se aproximou. “Desistam, ele não se moverá até que saiam. Tudo aqui é monitorado por câmeras. Vejam”. Disse o estranho apontando para o alto. Não tivemos outra alternativa a não ser nos levantar. Dito e feito, ao sairmos do elevador as portas se fecharam, e ele desceu novamente.

****

Já maldizia o dia que tive a idéia sair pelas estradas. A primeira noite no claustro foi aterrorizadora. Estava preso numa sala com sete pessoas estranhas, e o meu amigo, china. A sala Era ampla, e bem limpa, toda revestida de azulejos amarelos até certa altura das paredes, e depois brancos. Tinha exatamente nove camas postas. Num dos cantos um vão quadrado de menos de metro. Dali vinha á alimentação, que era distribuída em horários regulares. Eram refeições balanceadas, e sempre acompanhadas de um suco de sabor estranho. No primeiro dia recusei a janta, temia os ingredientes. Quando imagino que caísse à noite – pois na sala não havia janelas – as luzes se apagavam, e um breu imperava no recinto. O despertar vinha com o soar de uma sirene ensurdecedora. Levei um grande susto no primeiro dia, já que sonhava com os olhos de Aline. O sonho me acalmava.

Os outros enclausurados nos mostraram os banheiros e nos explicaram o pouco que sabiam do lugar. Em comum todos trafegavam pelo lugar, e dos sete, cinco foram capturados ao chegar no posto de gasolina. Um temor, por causa do Beto e da Aline, que haviam ficado naquele lugar. Também havia em comum, a juventude. Todos os enclausurados tinham de vinte a vinte e cinco anos. Maicom é o que estava ali há mais tempo. Foi ele que contou sobre o rodízio freqüente de pessoas no claustro. Normalmente eram “libertadas” por trio, ou duplas a intervalos de dois e três dias. Como fomos capturados numa terça, e no dia seguinte Maicon e outro preso – um sujeito calado que não se apresentou – foram levados, deduzi que isto ocorria nas quartas e sábados. No segundo dia mais habituado cheguei até comer o que eles nos enviavam. Não tinha mau gosto, a não ser o suco é claro.

Quando a sirene soou no segundo dia, acordei com a determinação de não esperar para ver o que aconteceria quando me “libertarem”. Não ficaria passivo com a situação. Vasculhei cada metro daquela sala. Não tive muita sorte. Só havia dois meios para se chegar até ali. Pelo elevador, que só funcionava quando “eles” queriam, e o pequeno elevador que enviavam a comida.

Estava difícil passar o dia. Não tinha a mínima sensação de tempo e espaço, pois de todos tudo havia sido retirado. Estávamos somente com as roupas do corpo sem relógios, ou qualquer outro acessório. Depois de investigar cada canto, ouvi um ruído. Era o elevador que se movia. Ao se abrir uma faca me cortou o peito. Ali estavam Beto e Aline. Cheguei a ficar contente em vê-la viva, e sem nenhum arranhão, mas temia pela sua vida, pois estávamos ali sem muitas esperanças de escapar daquela prisão amaldiçoada. Corri para abraça-la. Ele tremia todo o corpo, e me enlaçou com grande força. Seus olhos eram de intenso medo.

Nos dias seguintes permaneci em busca de alguma falha, sem nada encontrar. Os dias iam passando, e assim os mais velhos enclausurados eram levados, e novos presos eram trazidos num rodízio sem fim. Sentia-me como um animal confinado – e a situação não diferia disto – pronto para ser abatido. O breu do sono, e as sirenes de despertar prosseguiam, e meu ânimo e esperança se esvaiam com os dias. Quando me dei conta, faltava um dia para que fosse “libertado”. Não havia mais tempo. Tinha que fazer alguma coisa com urgência. Caso contrário talvez aquele fosse o ultimo dos meus dias. Quando o ultimo breu caiu com o apagar das luzes pus início ao meu plano. O único possível. Para piorar, teria de contar com a sorte.

E a sorte me acompanhou naquela noite. Sou fã de filmes, e numa série deles vi fugas por sistemas de ar, e ventilação. Bingo! É óbvio que a sala tinha de ser ventilada por bons condutos. Eles eram largos, e eu podia engatinhar dentro da tubulação. O mais difícil foi desparafusar a grade da tubulação, e a sorte foi que as câmeras não filmavam a noite. Eles contavam que ninguém tentaria fugir no breu que descia pela sala. Mero engano. Só por causa disto pude me salvar, a mim e aos outros enclausurados.

Logo que caiu o breu entrei como um tatu em sua toca, pelos meandros da tubulação de ar. Fazia silêncio absoluto, pois qualquer deslize poderia ser meu fim, já que havia muitos seguranças. Andei até chegar a uma despensa, que me certifiquei estar vazia. Desci, e abria a porta. Ela dava a um corredor de onde se apresentava uma escada, descendo levava até o segundo andar. Arrisquei, mas era o único caminho que se apresentava.

Ao chegar ao segundo andar me deparei um salão ainda maior ao que estava preso. Pareceu-me um enorme restaurante. E era realmente. Ao fundo estava a copa, com o balcão repleto de bebidas finas. Tudo de primeiríssima linha. Logo percebi, que só gente com muito dinheiro poderia se alimentar ali. Juro que a primeira coisa que recordei foi da placa “COZINHA”. Embrulhos me vieram à boca. Ouvi passos, e tratei de me esconder atrás de um pilar.

– Vamos dar uma ultima olhada. Amanha isto daqui deverá estar perfeito. Disse um dos indivíduos. Eram dois.

– Dizem que vai ter até ministro. Retrucou o outro. – Eu queria mesmo era saber o segredo do bife deste lugar. Nunca vi carne tão cara. Pena que a cozinha seja proibida para nós. Um dia vou lá só pra ver o segredo. Disse o primeiro.

– Deus me livre. Tem coisas que é melhor nem sabermos. A voz que o segundo disse chegara a tremer, ao pensar na cozinha. Mas lhes juro que o que tremeu mesmo foram minhas pernas. Àquela altura eu tinha certa noção do tipo de carne servida. Quando os dois saíram segui meu curso investigando. Desci até o térreo, que também estava vazio. Ali se encontrava um grande salão de recepção, com escadarias de mármores que levavam até o restaurante. Estava silencioso e vazio. A sorte me ajudou outra vez. Talvez pelo lugar estar cheio de seguranças, a porta estava aberta, e fui até a rua. A noite andava a passos largos, e os meus sorrateiramente me levaram até a garagem no subsolo, por onde eu fora carregado.

Eu tremia feito vara verde, por estar naquele lugar de novo, mas tinha que fazer alguma coisa, caso contrário, meus amigos, e a mulher que amava seriam exterminados como animais confinados, e isto jamais permitiria. O corredor estava vazio e escuro. Vi os seguranças ao longe, nas escadarias. Enfrentando meus medos cheguei até a cozinha, talvez tivesse alguma idéia para fugir dali. Ao contrário do dia que fui preso ela estava completamente limpa. Parecia estar preparada para o dia seguinte. Fucei em tudo, até encontrar coisas que pudessem me ajudar. Estava quase amanhecendo, e o melhor era voltar ao quarto. Fiz o caminho de volta, e ao passar pela recepção quase fui surpreendido por um segurança que fazia a ronda. As sirenes soaram não muito depois de eu retornar. Só meus amigos haviam percebido minha incursão noturna. Durante o dia repassei o plano com eles.

As palavras dos dois indivíduos no restaurante me atentaram que aquela noite seria especial, e muito movimentada. Logo deduzi, que talvez nós quatro fossemos levados ao abate, o que estava certo. Mas não tinha muita idéia do que fazer para nos livrar. Só consegui bolar alguma coisa quando entrei na cozinha. Estava tudo preparado. De lá surrupiei quatro facas pequenas, torcendo para que eles não descobrissem, o que também deu certo. Na cozinha também encontrei grande quantidade de uma espécie de droga. Deduzi que era o único meio dos cozinheiros trabalharem com aquele tipo de especiaria. Enchi os bolsos com aquilo, e pus num dos barris de vinho do restaurante. Era só esperar. Chegariam a tardinha. Estava tudo na cozinha, o segredo estava lá.

Não sei se vocês ficarão enojados, ou apavorados, mas foi na cozinha que descobri que a receita tinha mais de cem anos. Ela e o mórbido restaurante. Fazia muito tempo que confinavam gente para servir como iguaria a grandes personalidades da nação – não posso afirmar que os come-gente faziam isto sabendo do que se tratava, mas o fato era este, não passam de come-gente – O restaurante funcionava quartas e sábados, e custava uma fortuna. Uma olhadela no menu, os preços me assustaram mais que os pratos, variando o corte, o bife chegava até cem mil reais. Sem dúvida era um prato raro e único, e eu não esta disposto a encher a pança de nenhum ricaço. Em síntese, nos caçavam, nos confinavam, para depois nos servirem. Ah! Não sei sé serve para alguma coisa, mas descobri que o gosto estranho do suco se devia a um produto que usavam para amaciar a carne. À tardinha como esperava – o prato devia ser servido com carne fresca – o elevador surgiu, buscando nós quatro.

Quando o elevador abriu as portas dei um talho no rosto do homem que me levava. Um jato de sangue jorrou em todas as direções. O gesto foi seguido pelos demais. Quatro corpos caíram. As sirenes soaram. Era um alarme. Um batalhão de homens com vestes negras vieram em nossa perseguição, e a única saída foi se aventurar por labirintos escuros do subsolo. Passamos alguns minutos de perseguição, até que eles desistiram. Logo descobri o porquê. Não podia faltar o bife na mesa dos figurões, e eles foram até o claustro buscar outras vítimas. Deduzi, ao voltar ao corredor da cozinha, e ver que os cozinheiros se dedicavam tanto, estavam tão vidrados não nos viram passar. O cenário era horrendo. Pedaços de corpos humanos se espalhavam pelas mesas e paredes enquanto eles fatiavam os bifes. Olhei para a rua, e logo vi que não havia nenhuma possibilidade de sair por ali. Só restava o restaurante.

Quando chegamos no salão, uma enorme quantidade de senhores bem trajados e madames ostentando vestidos caríssimos. Como no planejado, o lugar se encontrava em histeria, meu plano dera certo. A droga fazia aos fidalgos se comportarem como animais, e uma grande briga se iniciou. Garrafas se encontravam contra corpos, e o sangue chegava à sala de jantar. Uma carnificina acontecia. Um senhor se destacava na multidão. Vestia Smoke, e tentava acalmar os ânimos sem entender o comportamento de seus clientes. Vi atentamente, e quando percebeu nossa presença, veio até nós. Vi em seu rosto puxado, de cabelos bem penteados no sentido da face até nuca, e seu nariz voltado ao chão, que ali estava a personificação do demônio. Num tom polido, olhou com seus olhos gélidos, ele proferiu as seguintes palavras, “Sumam daqui!” Pegamos um dos carros no estacionamento, e fomos até a cidade mais próxima. Pegamos um ônibus para voltar para casa. Estávamos são e salvos.

Isto aconteceu há mais ou menos dois anos, e fizemos um pacto de não revelar a ninguém o que passamos. Jamais ouvi falar de alguma carnificina entre nobres. A não ser dum ministro que sumira, e jamais fora encontrado. No ano passado sobrevoei o lugar de ultraleve, fiquei aliviado, a mansão não passava ruínas. O restaurante ali não funcionava mais. Mesmo assim deixo um aviso aos viajantes. Que tomem cuidado em estradas desertas, principalmente se nelas você encontrar uma mansão de escadarias enormes, em meio ao nada. Com certeza o restaurante mudara de lugar, afinal assim teria durado mais de um século saciando a fome dos come-gente.

Douglas Eralldo
Enviado por Douglas Eralldo em 09/05/2007
Código do texto: T480780
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