Triângulo letal - parte 6

No elevador ele a beijava e pegava em sua cintura.

Warren havia bebido alguns drinks, mas nada que comprometesse sua sanidade.

Quando chegaram à porta do quarto ele percebeu algo estranho. A porta parecia ter sido forçada para dentro.

Não se incomodou.

Colocou a digital no scanner fixado à maçaneta e com um clique a pesada porta se abriu.

Ele estava grudado atrás de Diana, pegando em sua cintura e beijando seu pescoço, de modo que foram andando assim até a sala.

Então a soltou e foi até o bar.

Não muito longe dali, Marcus suava frio escondido no closet do quarto.

Não estava nervoso pela situação e sim com ciúmes de Diana.

Tudo o que ele pensava era estourar os miolos daquele idiota.

Mas precisava dele vivo por enquanto, o plano não podia dar errado.

Quarenta minutos atrás, conforme combinado, Marcus se dirigiu ao sétimo andar para entrar no apartamento de Warren.

O sinal foi dado por Igor, do toalhete, usando o celular e dando um toque para ele.

Marcus estava no bar, longe de Diana e Warren, analisando discretamente cada passo. Até arrumou um amigo, o que foi bom, pensou. Um homem sozinho que não joga e não conversa poderia levantar suspeitas naquele ambiente.

Tomou um último gole de whisky, e sem olhar para o barman colocou alguns dólares em cima do balcão e saiu.

Não foi difícil passar pelo primeiro nível de segurança.

Dois agentes guardavam o acesso a um elevador lateral logo na saída do salão principal.

Marcus entrou e os dois o acompanharam, se posicionando um de cada lado dele.

_ Eu não gosto muito de lugares fechados, sabia.

E com um movimento rápido deu uma cotovelada no peito do careca ao seu lado esquerdo, que bateu com força no espelho ao fundo.

O agente mais alto do lado direito foi rápido em reagir, mas não o bastante para dar conta da agilidade de Marcus, que segurando em seu punho, torceu-o levemente para trás, desarmando-o.

Quatro segundos depois ele jazia inconsciente, estirado no chão do elevador.

Um golpe de Krav Maga no pescoço foi o suficiente para interromper o fluxo sanguíneo ao cérebro.

Quanto ao outro, a aplicação com o cotovelo no ponto central da caixa torácica paralisava o corpo instantaneamente.

Era eficaz e limpo.

Apesar de andar armado, Marcus não gostava de sujar as mãos, não com vermes como eles.

Após retirar as pistas, arrastando os seguranças para um quarto de limpeza, Marcus se dirigiu ao sétimo andar.

Mais dois seguranças guardavam o corredor, obrigando ele a apelar para o improviso.

Um assobio. O agente de óculos escuros se moveu. Olhou na direção do corredor. Nada.

Algo parecia estar entre as sombras. Um volume disforme. O agente retirou os óculos, deu cinco passos e dobrou o corredor.

Duas mãos o agarraram pelo pescoço, torcendo-o levemente, não o bastante para matá-lo.

O segurança desabou nos braços de Marcus.

O outro segurança pareceu ouvir alguma coisa e caminho rápido na direção do corredor mal iluminado.

Marcus foi rápido.

Abaixou e esperou apenas um ínfimo segundo.

À dois passos dele o agente de 1,80 com a arma em punho.

Marcus investiu contra ele, jogando todo seu peso. A gravidade fez o resto.

O homem caiu com tudo ao chão. A arma se desvencilhou de sua mão, a alguns centímetros de seu alcance.

Antes que pudesse pensar em pegá-la de volta, Marcus a chutou com o pé. O segurança viu uma mão se aproximar de seu rosto e tudo ficou embaçado.

Mais uma limpeza feita.

Agora o caminho estava liberado.

Ou quase.

A câmera que cobria a totalidade do corredor, por sorte não captou a ação que ocorrera ali minutos atrás.

Marcus perdeu alguns minutos com ela, conseguindo deixar a imagem estática.

Abrir a porta do apartamento deu mais trabalho.

Sua grande experiência em computação não o ajudou tanto quanto ele supunha.

Uma última olhada no relógio.

Treze minutos para agir antes que Diana e o velhote endinheirado aparecessem no corredor.

Vinny Barros
Enviado por Vinny Barros em 28/03/2015
Código do texto: T5185904
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