O bar - parte IV

Parece que já passou mais de uma hora e eu continuo no escuro, Lara ainda não voltara do posto, eu ainda não conheci o tal Boris e nem quero, nunca me senti apavorado de estar no escuro amarrado em uma cadeira no chão; começo a sentir cãibra nas pernas, por estar praticamente deitado no chão não consigo mover nenhum membro do corpo. De repente, o meu celular começa a tocar, como eu queria que as amarras se afrouxassem para que eu pudesse me soltar, mas do mesmo jeito que o aparelho começa a tocar ele para, ouço alguem abrindo a porta:

- Lara, é você ?

- Nossa, mas porque as pessoas gostam de fazer perguntas !? Você ta parecendo uma menininha de 5 anos fazendo perguntas. (gargalhadas) Você ta com a calça molhada ?? Gente, e olha que eu nem comecei a brincar com você ainda !

- Por favor, me solta. Tem alguma coisa nesse prédio, do nada as luzes se apagaram e ele entrou aqui, ficou me observando e depois foi embora. Aliás, quanto tempo você demorou de lá do posto até aqui ?

- Nossa você é doidinho mesmo, não demorei nem 4 minutos, na verdade, eu fui até outro quarto pra pegar gasolina, e eu não vi o prédio se apagar e nem barulho de monstro no corredor.

Me senti confuso, tenho certeza de que vi, senti e ouvi algo no apartamento comigo, será que ela estava falando a verdade.

Enquanto eu pensava ela não parava de falar e ia até a cozinha pegar algo que acabei não prestando atenção no que era.

Lara me levanta do chão por trás e me golpeia imediatamente nas costas com uma tesoura velha e enferrujada me deixando automaticamente paraplégico.

- AAAAHHHHHHHHH, LARA PORQUE VOCÊ FEZ ISSO,EU QUERO IR EMBORA, O QUE EU TE FIZ, DEUS ME AJUDA.

- (Gargalhadas) Você teve sorte, meu caro ! Se eu tivesse colocado centímetros a cima da sua coluna não sentiria os braços também, eu te disse que era pra você sentir medo de mim, ah, tenho super bonder para colar boca de falador.

Enquanto eu chorava ela passava a cola em meu nariz, não me deixando respirar, minha boca também foi selada, meu sentimento era de desespero, eu me encontrava amarrado na cadeira, não poderia mais correr, gritar; será que ela queria me ver agonizando sem ar ?

Vejo na mão dela uma caneta cortada ao meio..

(Continua)

Isis Evaristo
Enviado por Isis Evaristo em 26/04/2015
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T5221003
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