Quem está aí?

Quem está aí?

Passos apressados se ouvem pelo corredor. Será que alguém deve ter percebido que estou aqui, ou simplesmente, há uma perseguição a outro. Ter que ficar imperceptível não é tão simples quanto parece, ainda mais quando se tem sentidos ampliados. Escuto uma porta ser rompida com violência. Com certeza, alguém entrou no recinto sem ser convidado, e não está a fim de uma simples conversa. Preciso fazer algo, mas o que? Tenho que ficar escondida.

A cada barulho no corredor e no quarto ao lado parece um verdadeiro pesadelo. Reconheço gritos de dor, sons de corpos sendo arremessados contra parede e muita pancadaria. Saber que três crianças da minha idade haviam sido mortos, por suspeitarem de habilidades, só aumenta meu medo. Afinal, a batalha que ocorre decidirá entre a minha vida ou minha morte.

A parede rompeu-se jogando um esqueleto de metal no mesmo local onde eu estou. Se ele se levantar e vier em minha direção, o que eu poderei fazer? Nada. Por isso o medo me dominou completamente.

O que eu temia aconteceu, o esqueleto começa a se mover e segue em minha direção, mas, de repente cai em curto circuito, causado por uma enorme estrela metálica que atinge suas costas e, escuto uma voz conhecida:

– Do que adianta ter super-audição, se você não a pode usar para defender-se? – era a voz de Sakara, minha amiga desde o cinco anos de idade.

Estaria segura com ela? Ela era que corria no corredor, Ou teria rompido a porta? As perguntas se desfazem quando percebo que Shu, irmão de Sakara, também está conosco.

– Precisamos sair imediatamente. Usei o sistema eletrônico dos robôs para criar um campo eletrostático capaz de explodir a casa em alguns segundos.

Saímos, a casa explode. Mas não sentimos o calor da explosão. Algo havia nos protegido. Olhamos e vimos uma mulher de capa azul que pedia para que nós simplesmente saíssemos com ela dali. A seguimos e estamos em seu reino: Aquária.