Última Noite

Mateus caminhava numa rua deserta e escura. De repente ele se assustou, era um gato corrento atrás de um rato em meio as latas de lixo jogadas ao chão. Seu coração acelerou, pareceu que ele iria morrer, ficou estático por alguns segundo, tremulo. Passado o susto, ele continuou a caminhar, o medo era constante. Não havia andado nem sequer dez metros quando ouviu uma voz sombria:

- Corre Mateus! Corre.

Nessa hora o pânico tomou conta da sua vida, tentou correr, mas não conseguiu, suas pernas não saiam do lugar.

- Mateus! Corre!

Ouviu novamente. Nessa hora, ele perdeu o sentido de tudo, desmaiou de vez. Ao acordar, estava deitado no chão frio em um lugar escuro. Ao tentar levantar percebeu que suas pernas e mãos estavam amarrados. Procurou saber o que prendia sua perna e descobriu que eram correntes. Ficou apreensivo, olhou para os lados e viu outras pessoas ali amarradas como ele e uma delas falou:

- Nem tente sair, ninguém consegue.

- Quem me colocou aqui? Perguntou

- Foi um monstro. Ele nos deixa aqui e depois volta para nos buscar.

- Buscar para quê? Mateus perguntou.

- Para nos matar.

Nesse exato momento, chegou uma figura horrenda, com a face desfigurada, o nariz quebrado e foi entrando na cela com um facão na mão dizendo:

- Vou comer essse que acabou de chegar.

Mateus desmaiou e nunca mais se ouviu falar dele.

Autor

Mario de Almeida

O poeta castanhalense

Criado em 30/11/2015