Volta ao passado tenebroso

Numa noite chuvosa, onde o céu brilhava em meio a raios e trovões, a chuva alagava as vias, os bueiros transbordavam, as casas eram inundadas... Marcos parado numa varanda, observava aquela cena. Parecia que ele já havia presenciado aquilo, nada era novo para ele. Veio em sua mente a cena que o raio caía sobre a torre e no exato momento um raio caiu sobre ela, foi fogo para todos os lados, ouviu-se uma explosão. Mas, Marcos não se abalava, parecia normal par ele. De repente, uma sombra surgiu por trás dele. Marcos o que você está fazendo? Não me diga que está de novo usando seus poderes?

Estou. Mas não compreendo como todas as vezes que volto ao passado, sempre é a mesma cena. Nada muda.

Você vai compreender! Sua memória voltará.

Será? Já faz 200 anos e não recobrei a memória. Sei que algo ruim aconteceu naquele dia. Mas como sobrevivi?

Marcos não fique forçando sua memória, daqui a pouco você vai está gritando de dor.

Não demorou muito e a dor começou a perturbar a cabeça de Marcos. Todas as vezes que usava seu poder para voltar ao passado, logo em seguida dores horrendas o atormentava. Só que dessa vez foi diferente. Quando a dor iniciou ele voltou no passado, naquele dia 9 de novembro, do qual havia estado ali várias vezes, viu a noite, a chuva, os relâmpagos, os trovões. Só que na hora que sempre a imagem desaparecia, não desapareceu. Ele viu sua mãe correndo puxando em sua mão, ela estava com muito medo, algo corria atrás dela. Ele olhou para traz e viu. Era ela, não podia ser. Ela estava com um olhar vermelho, unhas grandes, afiadas, não demorou e alcançou sua mãe, a fariu no peito, ela caiu agonizante, segurando sua mãos, ela olhou para ele e disse:

- Corre Marcos. Mas ele não teve tempo de correr, foi jogado longe, batendo a cabeça numa pedra. Agora ele compreendeu o que havia acontecido. Voltou ao seu presente, ao olhar para frente a viu com os olhos vermelhos olhando para ele.

- Agora você recobrou a memória, você sabe o que fiz com a sua mãe. Você era para ter morrido com ela, mas você não morreu e eu com pena lhe criei, só que agora não posso mais deixar você viver.

Mas, por que? Logo você que Sempre cuidou de mim. Você era a pessoa que minha mãe confiava.

- Porque eu sou assim, gosto de sangue.

Correu em direção de Marcos com os olhos vermelhos feito fogo e as unhas grandes, afiadas procurando devora-lo. Mas, ela não percebeu, quando Marcos a apunhalou bem no peito. Ela deu um gemido, caiu ao chão. Seus olhos voltaram ao normal, suas unhas diminuíram. Ela olhando para ele falou:

- Obrigado! Eu não aguentava mais ser este monstro. Marcos tirou o punhal do peito. Ela caiu morta.

Marcos saiu da varanda e foi entrando para dentro da casa, quando sentiu sua garganta ser cortada, sangue jorrou. Ele caiu ao chão e antes de falecer ouviu aquela voz dizendo:

- Eu sou imortal.

Passado alguns minutos Marcos acordou, na sua garganta não havia sinal de sangue, nem de corte. Olhou para os lados, estava na varanda. Pensou: Será que foi um sonho, ou uma viagem ao passado? Não compreendeu o ocorrido. Até que de repente, uma sombra surgiu por trás dele. Marcos o que você está fazendo? Não me diga que está de novo usando seus poderes?

Estou.