6ª Zona Morta Uberaba - Em Busca De Suprimentos

Dia 7 de Setembro de 2004, quarta feira 8:00AM – Em Busca De Suprimentos

Acordei ainda meio transtornado, e meio assustado, procuro buscar forças nas minhas fraquezas, pra quem estava com medo de assaltos e assaltantes há algum tempo atrás, parece que evolui mais do que jamais poderia imaginar, afinal não é todo dia que os mortos voltam à vida assim. Preciso resolver o problema da falta de alimentos, aqui perto de casa há duas mercearias, mas vai ser impossível pegar os alimentos lá agora, há vários zumbis na avenida. Meu telefone toca, todos os moradores da casa vão até a sala em busca de novas noticias:

Jones: Alô

Voz: E ai cara beleza? Aqui é o Jan.

Jones: Cara como que está a situação ai, você e a Kelly?

Jan: Estamos bem cara, aqui na rua tem poucos zumbis, não mais que 4 ou 5 bem espalhados, não nos arriscamos a sair, não temos armas, temos alimento muito pouco alimento, mas esta tudo bem sim.

Jones: Ok cara, aqui a situação esta complicada somos ao todo 13 pessoas, não há espaço suficiente para acomodar todos e não temos comida, estou me preparando para buscar suprimentos agora.

Jan: Cara eu ajudo você, aqui também precisaremos de alimento, e temos espaço aqui, aproveitei ontem que a rua estava deserta e reforcei o portão eletrônico da garagem com madeira, e liberei o segundo andar, a frente da casa é a única entrada e saída, você pode trazer alguns para minha casa.

Jones: Grande idéia amigo, mais pode ser muito arriscado, mas podemos tentar, também precisamos entrar em contato com os outros, pois creio que esses telefones não funcionaram por muito tempo.

Jan: Existe um supermercado não muito longe daqui o Zebu Carnes, temos que conseguir outra forma de nos comunicarmos então.

Jones: Beleza cara, liga pro Mark e pro Diego para saber se está tudo bem, o Fill está aqui em casa também, vou preparar as coisas aqui e já vou. Fique escondido na sacada do seu sobrado, viu dar uma volta no seu quarteirão já que é pequeno, espere um pouco e abra o portão da sua garagem, vou estacionar lá. Quanto a comunicação eu tenho uma solução, porém depois resolvo isso.

Jan: Ok cara até daqui a pouco.

Jones: Até

Comuniquei a todos o que havia planejado com Jan, todos estavam de acordo, menos Lia que não queria que saísse novamente, se agarrou em mim e não queria me deixar sair. Conversei com ela, como é muito compreensiva viu que era necessário e não pô-se contra as decisões. Dessa vez pude organizar as coisas, encontrei meu coturno militar em antigo, mas ainda inteiro, uma calça com bolsos extras nas coxas, e uma jaqueta jeans. Leevi comigo a M16 e a Glock 25, também a MPF5, Imbel e a Winchester, com cartuchos reserva pra bolso e um no carro para previnir. Após mais alguma conversa com o pessoal ficou decidido que levaria Leila, Matheus, Ângela e Gabriel para casa do Jan. Dei um beijo longo e ardente em Lia, na pior das hipóteses poderia ser o ultimo, descemos pelas escadas laterais até a garagem, quando terminei de descer um tiro passa na frente dos meus olhos e alveja de raspão a lataria Blazer ricochetia e termina na parede com um buraco, todos sobem de volta com medo e eu somente em afasto. Do corredor paralelo ao sobrado sai Jonas, tremendo, com a BAR Mark safári em mãos apontando para mim. Ele se sentiu aliviado ao me ver, fazia dias que estava trancado em casa e só ouvia barulhos na parte de cima, ou seja, aqui na garagem e o ranger do portão. Não agüentava mais ver seus filhos e sua mulher com medo e fome, já não comiam a 2 dias. Disse a ele para levar a família para minha casa para comer, ainda restava algum alimento lá. Contei tudo que planejei, ele insistiu para levá-lo para ajudar, mais não deixei que fosse comigo, estava tão fraco que errou até o tiro que era destinado para mim mesmo sendo um exímio atirador. Deixei-o em minha casa, todos se acomodaram nos bancos da Blazer, dei a partida e sai pelo portão. Será muito arriscado levá-los até lá tenho que passar de qualquer maneira no centro da cidade que a essas alturas está infestado de zumbis e coisas destruídas. Descendo uma rua larga que antes era menos movimentada, agora com um numero considerável de zumbis, deixei a Blazer descer na “banguela”, ao chegar ao final dela, virei em uma transversal, a qual na terceira esquina desta cairia na rua que vai para o centro, e assim, subiria o morro para o outro lado da cidade, porém quanto engatei a marcha e acelerei vi que a Blazer estava reduzindo, olhei para frente e cerca de 5 a 6 zumbis estavam no final dessa rua, vindo em nossa direção, quando olho no medidor de gasolina estava no vermelho, a Blazer enfim parou totalmente. De repente todos levam um susto, um zumbi pregou o rosto na traseira, e o porta-malas se abriu.

http://zonamortauberaba.gigafoto.com.br/

O Iguana
Enviado por O Iguana em 03/07/2007
Reeditado em 05/07/2007
Código do texto: T551138