Maníaco do Parque - parte 4

perto dela, de repente me veio um ódio, Solange começou a acariciar minhas nádegas, passando suavemente os dedos pelo o meu ânus, a repeli com tamanha violência, ela me irritou de mais e não queria machucá-la, mas ela me levou a batê-la continuamente, ela me levou a ficar fora de mim, eu enquanto a espancava, repetia que eu não tinha intenção de machucá-la, foi ela que me levou a fazer aquilo, porque durante a convivência com ela, eu enxerguei nela um pouco de minha mãe, eu chorava muito, peguei-a em meus braços apertei-a junto ao meu corpo e Solange num último suspiro me perguntou, por quê? Respirou fundo e foi embora me deixando ali sozinho sem ter o amor de minha mãezinha, chorei muito com o corpo dela abraçadinho ao meu, fui até onde nós dois morávamos e peguei um enxadão e a enterrei com todas as honras.

Depois de algumas horas pensei como eu iria explicar o desaparecimento de Solange, me veio uma idéia já que a nossa casa era alugada, simulei uma mudança, dizendo que eu e Solange pensávamos em ter filhos e que precisaríamos de uma casa maior.

Parei um caminhão em frente à casa e comecei a colocar os móveis de Solange no veículo e todos perguntavam por Solange e queriam saber o novo endereço, telefone para poder se comunicarem conosco futuramente e todos os vizinhos questionavam-me o porquê da sua ausência durante a mudança, passei um pouco de aperto para explicar a ausência de Solange durante a mudança, não sei se acreditaram no que eu lhes disse.

Como eu morava em uma pensão mesmo antes de morar com Solange, retornei para a mesma e amontoei os móveis de Solange tudo em meu quarto, quase fiquei sem lugar pra dormir direito e com o tempo fui vendendo os móveis, para quem me perguntava porque eu os estava vendendo, eu respondia que eu tinha desfeito um casamento, portanto não tinha mais chances de reatá-lo e que os móveis eram novos.

Eu andava meio triste, ficava perambulando pelas ruas sem rumo até que eu encontrei em uma dessas minhas andanças Roberta, o travesti com o qual eu já morei um dia, ele me convidou para tomarmos uma cerveja juntos e conversarmos sobre os velhos tempo, aceitei e fomos até um barzinho, deveria ser umas nove horas da noite quando chegamos ao barzinho, o tempo passou e já era uma s duas horas da manhã quando saímos do bar, Roberta me deu uma carona e queria que eu passasse à noite em sua casa, no caminho da sua casa, Roberta teve o seu carro batido na traseira onde se encontravam três homens, que deram marcha-ré e quando já iam passando por nós sem nos dar nenhuma satisfação, Roberta fez um gesto obsceno para eles que voltaram irados e um deles com uma arma na mão começou a ofender Roberta chamando-a de bichona louca e que ela estava com falta de macho, de bicha mal amada e que eles iriam resolver o problema dela, o que estava armado colocou a arma na boca dela jogando-a violentamente sobre o capô do carro, levantou a saia dela, arrancando a sua calcinha com violência e ali mesmo praticaram com ela ato atentado violento ao pudor, que é conjunção anal, Roberta começou a fazer escândalo, o que estava praticando sexo com ela engatilhou a PT 380 e disse: se você fizer mais uma gracinha eu lhe estouro os miolos, as lágrimas escorriam pelo o rosto de Roberta, teve um momento que eu esbocei em defendê-la e um deles me espetou uma faca na barriga que chegou até me sangrar, todos três tiveram relacionamento sexual com o travesti Roberta, o mais incrível que algumas pessoas assistiram tudo pela janela e não fizeram nada, se chamaram à polícia, eu não sei porque pelo o tempo que ficamos ali, dava muito bem para a polícia chegar e ter evitado a agressão sofrida pela a minha amiga Roberta que ficou em farrapos, tanto emocionalmente e fisicamente. Acompanhei Roberta até a sua casa, estava revoltada com agressão sofrida e me pediu para que eu a acompanhasse até a delegacia para registrar uma queixa já que ela tinha anotado a placa do veículo, falei com ela que naquele momento eu não poderia ir, já estava amanhecendo e eu teria de ir trabalhar fazendo as minhas entregas, Roberta foi compreensiva, dizendo: você está certo, porque emprego hoje está difícil e me pediu para que eu telefonasse para ela mais tarde para ficar sabendo o que aconteceu na polícia, assim fiz e na tarde do mesmo dia, eu liguei pra ela que me disse que a placa do carro que ela pegou era roubado e que tudo que eles fizeram com ela iria ficar por isso mesmo e ela me pediu pra que eu passasse mais tarde na casa dela, pois ela não iria sair e que ficaria me aguardando. Fiquei meio indeciso se e iria ou na casa de Roberta, acabei indo, mas não aconteceu nada já que Roberta devido à tamanha violência sexual que ela sofreu, estava com a região das nádegas cheia de hematomas, mal podia se levantar, tampouco se sentar direito, sua boca tinha um inchaço, acompanhado de um dente quebrado e ao redor dos seus olhos havia uma rodela toda roxa. Fiquei com muita pena de Roberta, pois era um travesti que não prejudicava a ninguém, sempre prestativo, o que você precisasse dele, ele estava pronto pra te servir, já que eu estava na casa de Roberta, fiz lhe alguns curativos, dei-lhe até banho, ela me pediu pra que eu lhe fizesse uma sopinha, fiz e ainda lhe dei na boquinha brincando de aviãozinho, Roberta ficou toda contente com o dengo que eu estava com ela, nem minha mãe me trataria tão bem assim, falou-me Roberta.

Peguei minha moto e comecei a andar, durante os caminhos que eu percorria comecei a sentir fortes dores de cabeça, tenho visões que me deixam irritado, bastante agressivo, é tardinha, dirijo minha moto de entrega sem rumo certo, sinto um vazio, me sinto meio fora desse mundo, me dar uma vontade de não parar, pois acostumei a ter lugar certo pra ir, como as entregas acabaram, às vezes, sou como uma névoa, vou por onde o vento me leva. Avistei ao longe uma morena linda, me parece ser cega, estava parada à beira da calçada querendo atravessar a rua, todos passavam e não se importavam com ela, parei a moto e dirigi-me até ela, perguntei-a se precisava de ajuda para atravessar, ela com um largo sorriso no rosto me respondeu que se não fosse me incomodar, se eu poderia atravessá-la com cuidado, já que ali muitas pessoas foram acidentadas por carros e muitos foram vítimas fatais. Atravessei-a e assim que ela estava em segurança perguntei se eu poderia vê-la novamente, uma vez que eu sou fotógrafo profissional à procura de rostinho bonito como o dela para adornar capa de revista. Ela me achou muito simpático e me disse que ninguém nunca a tinha tratado com tanto carinho e me disse que seria um prazer imenso em me ver outra vez e me deixou o número do seu telefone.

Deixei passar umas duas semanas, fiz um pouco de charminho para ligar para a deficiente visual, quando eu a liguei ficou toda surpresa, achando que eu a teria esquecido tão facilmente ou se eu teria algum preconceito com a pessoa portadora de deficiência visual. Respondi-lhe que não, apenas estava receoso de ligar e ser rejeitado por ela, uma vez que eu te achei linda tanto por dentro quanto por fora, achei que você seria demais pra mim, ou seja, no popular “muita areia para o meu caminhãozinho” e que eu tenho dificuldade em lidar com rejeição, ela me respondeu que sobre rejeição ela poderia falar “de cadeira”, começamos a conversar e ela me indagou que nós nos conhecíamos há pouco tempo, mas agíamos como velhos conhecidos e que ela não sabia o meu nome, me apresentei para ela, seu eterno e apaixonado Marcos, por telefone escutei algo cair, era ela que ficou atrapalhada de emoção e em seguida escutei uma bela de uma gargalhada gostosa, me dizendo menos, menos Marcos e ela se apresentou com o nome de Mites, ela mesma ao telefone me perguntava quando nos veríamos pessoalmente outra vez, porque aquele dia da atravessia foi tão rápido que só deixou saudade. Falei com ela que eu estava trabalhando demais e que um dia desse eu apareceria na casa dela para tomar um cafezinho. Mites me disse que morava com a avó que já era de bastante idade, sua vó segundo ela tinha uns oitenta e cinco anos de idade e que já estava meio caduca. Passei a freqüentar a casa de Mites, pela primeira vez senti algo diferente por uma mulher que não fosse matar, falei comigo mesmo, achei a minha cura. Eu e Mites estávamos nos dando muito bem, era um relacionamento para os padrões atuais ridículo, já que nós não tínhamos relações íntimas. De um certo jeito isso me confortava, já que nós conversávamos bastante e trocávamos pouca carícia, era um relacionamento fraternal, mas a avô de Mites era bastante chata, de caduca ela não tinha nada, estava sempre interrompendo as nossas conversas, dizendo que já era tarde e que ela precisava dormir, porque levantava muito cedo e com aquela conversação na sala não a deixava dormir, a velha não fazia nada de importante durante o dia, quem cozinhava e lavava a roupa era Mites e a velha vivia resmungando e me azucrinando, eu não tinha muita paciência com velha, toda vez que eu lá estava era sempre a mesma ladainha, teve um dia que eu cheguei à noite para conversar com Mites havia um despertador e quando deram dez horas da noite o relógio toca a campainha, aquilo eu fiquei pra morrer, depois daquele dia eu já não era mais o mesmo, até discuti com Mites sobre aquela situação, eu sei que ela não tem culpa do ocorrido, mas saí chateado da casa, fiquei pensando em como em vingar da velha, ela não perderia por esperar. Pensei comigo mesmo, aquela velha está é com falta de homem e se esse é o problema dela eu vou resolvê-lo. Continuei indo à casa de Mites, mudei completamente o meu procedimento com a velha, deixei-a fazer tudo que ela queria e ainda achava graça, Mites me achava estranho, eu que sempre questionava as atitudes da velha e agora passava a levar na brincadeira, mas fui observando melhor a hora mais ou menos em que a velha dormia mais profundamente e se ela trancava ou não a janela do quarto, a velha era muito calorenta, deixava sempre uma fresta na janela do seu quarto aberto para que entrasse ar, porque, às vezes, além do calor que ela sentia, também sentia falta de ar. Fui até a casa de Mites como de costuma para conversarmos, deram dez horas, me despedi dela e de sua vó, mas fiquei ali por perto esperando até que elas apagassem a luz da casa e tivessem dormindo, esperei umas quatro horas calmamente, dirigi-me até a casa e preferencialmente fui verificar a janela da velha se estava entre aberta, como sempre estava, a velha roncava tão alto que chegava a irritar os ouvidos, pensei comigo mesmo, hoje será o ultimo dia desse ronco irritante dela e de tudo mais que é irritante nela. Abri a janela com muito cuidado, sabia que Mites tinha um sono muito leve, adentrei a casa e a porta do quarto da velha estava todo escancarado, tive que ter um cuidado danado para fechá-la, já que a porta rangia, foi um Deus nos acuda pra fechar a porta sem que ela rangesse alto, finalmente consegui fechar a porta, a velha dormia um sono profundo, peguei uma calçola dela e com ela nas mãos olhava a velha dormindo e conversava com ela, é sua velha se o seu enjoamento era falta de homem, hoje eu vou resolver o seu problema, encaminhei-me para trás da cama dela, fiquei de joelhos e passei a estrangulá-la com a sua própria calçola, ela tentou resistir colocando a sua mão no pescoço, tentando desfazer o estrangulamento, mas sem sucesso, ela não entendia, tudo que eu estava fazendo era para o bem dela, porque só daquele jeito ela poderia ter o prazer que ela tanto desejava, a sua falta a deixava tão irritada, ela não entendia e resistia e eu falava baixo, morra, morra sua velha, até que finalmente ela morreu, essa velha me deu um suador, eu tirei-lhe as cobertas que lhe cobria, desci a sua calçola lentamente, aquilo me dava muito prazer, sentir aquele cheiro de morte, a calçola da velha estava molhada, a velha urinou na calçola enquanto morria, peguei aquela calçola e a torci sobre a minha boca e bebi aquelas gotas de urina da velha, me deixou mais excitado ainda, abri as pernas da velha e a penetrei suavemente, não queria machucá-la, cheguei ao prazer total e delirante, me senti tão bem que até adormeci sobre o corpo da velha, quando acordei já estava amanhecendo, me ajeitei rapidamente, pulei a janela com cuidado para que ninguém me visse sair dali e fui embora na minha moto, durante o caminho eu dava gritos de alegria, nunca em minha vida eu tinha sentido tanto prazer assim, o gosto da velha em minha boca não me deixava esquecer o tamanho do prazer que eu senti e que continuava sentindo. Era dez horas da manhã, Mites me liga em prantos, dizendo que tinha acontecido uma tragédia com a vó dela, que alguém entrou pela a janela e estrangulou a sua vó, abusando sexualmente dela, mostrei-me indignado com o ocorrido e desloquei o mais rápido possível até a casa de Mites, a polícia já estava no local e a vizinhança toda estava em frente à casa dela, um bando de curiosos. Uma de suas vizinhas, dona Laura, revoltada com a situação dizia: alguém pra fazer isso com uma senhora de idade não deve ser muito bom da cabeça, deve ser um louco, um doente, um bandido perigoso e deve ser retirado o mais breve possível do convívio da sociedade, pra evitar que isso aconteça com outra pessoa. Eu pensava comigo, doente eu não sou, essa mulher rabugenta não sabe o que fala, ela que fica falando muito, se não sobra pra ela também. Eu estava preocupado com a polícia em achar alguma coisa que pudesse me incriminar, graças a Deus não acharam nada. Os dias que se seguiram foram terríveis, Mites mal conversava comigo, agora sozinha ela não sabia como seria a sua vida sem sua vó, já que uma auxiliava a outra. Mites convidou-me para morar com ela, falei que eu ainda não estava preparado para assumir um relacionamento de conviver junto, que ela tivesse um pouco de paciência comigo já que aquilo era uma situação nova para mim, apesar de ver Mites muito triste, eu não sentia culpa deu ter feito o que fiz com sua vó, nesse momento que eu poderia ficar quanto tempo que eu quisesse com Mites, eu não quis, que coisa maluca, eu estava doido para que isso acontecesse e quando aconteceu eu tive medo de assumir um relacionamento mais duradouro, não sei explicar o porquê.

Passei a ficar mais tempo com Mites e ajudá-la nos afazeres doméstico, ela se tornou uma pessoa triste, de pouca conversa, comia pouco, chamava-a para sair, ela não aceitava, toda hora ela lembrava da vó, chorava muito e muito, pouco eu podia fazer, mas fiz muito pela velha, se tinha falta de homem ela foi pro céu me agradecendo muito e os dias foram se passando e o tempo foi se encarregando de fazer Mites se esquecer do ocorrido, de vez enquanto ela se lembrava e se referia a pessoa que fez aquilo com a sua vó como monstro, isso me machucava, e ela me perguntava se eu também concordava com isso, às vezes, eu falava nem que sim nem que não, eu iria falar mal de mim, diante dessa indefinição minha Mites me colocou na parede, falando num tom de voz até então novidade para mim, dizendo: desse jeito eu estou achando que você gostou da minha vó ter morrido e me faz um favor se você pensa assim, não precisa mais voltar aqui tampouco ligar para mim. Fiquei todo enrolado com a prensa que ela me deu e tive que concordar com tudo que ela dizia, eu gostava dela e não queria perder a sua amizade.

Um dia desses Mites me disse que se sentia muito sozinha e que queria arrumar um filho comigo, eu assustei e disse: eu não estou preparado para ser pai, ela me respondeu, nunca você está preparado para nada e já estamos a bastante tempo juntos e nunca passamos do beijinho e abraço você parece até bicha, eu a respondi calma lá, você já está me ofendendo, só porque eu lhe trato diferente não quer dizer que eu seja isso ai que você falou, ela outra vez me disse: você é muito cheio de dengo e não me toques para o meu gosto, beijinho e abraço é bom, mas existe algo melhor ainda entre um homem e uma mulher quando se amam.

Fiquei todo desajeitado, concordei com ela mais uma vez, ela me disse: se você tem problemas, vamos resolvê-los juntos, se você é impotente com um bom tratamento pode solucionar o que te aflige, falei-lhe: desse jeito cresce mais ainda a admiração que eu tenho por você e ela me retrucou, só admiração, amor não, respondi-lhe: também amor e você sabe que merece tudo de bom.

Mites depois de tanto tempo trancada em casa começou a sair, depois de dois anos juntos, eu ainda não tinha feito tratamento médico para resolver o meu problema, eu achava que era bobeira, Mites engravidou, fiquei surpreso, mas como se eu continuava com o mesmo problema, meu pênis não ficava ereto totalmente, comecei a desconfiar de Mites, depois que ela começou a sair de casa foi que ela engravidou, fiquei com a pulga atrás da orelha, passava a mão na testa, era difícil pra eu entender o que estava acontecendo e ela toda feliz me mandava passar a mão em sua barriga e sentir o neném chutá-la. Os dias iam se passando e sua barriga só aumentando e aumentava mais ainda a minha desconfiança de que Mites havia me traído. Teve um dia enquanto Mites dormia, eu peguei uma faca e me aproximei bem devagar perto da cama onde ela dormia, acabei esbarrando em um móvel, vindo a cair uma caneca plástica ao chão e ela acordou me perguntando porque eu ainda estava acordado, respondi-lhe que fui ao banheiro, ela virou de lado e pôs se a dormir novamente. Mites já estava nos oito meses de gravidez e aquilo me deixava mais intrigado ainda dela está carregando o filho de um outro homem. Tudo levava a crer que aquele filho não era meu, eu ficava imaginando como eu faria para saber se aquela criança que Mites carregava era minha ou não.

Era outro dia, outro clima, outra vez a dor da desconfiança, chamei Mites para fazermos um passeio no parque da Lajinha, ela me disse que naquele dia ela estava com enjôos e muito indisposta, ela vivia fazendo vômitos e eu precisava saber se aquele filho na barriga dela era meu ou não, porque só depois do passeio do parque eu iria saber a verdade, mas sempre que eu a chamava, ela estava sempre com um problema de saúde, finalmente, eu a peguei de jeito e ela concordou em irmos ao parque da Lajinha que talvez seria até bom para ela respirar um ar diferente. Fazia sol na manhã, ela colocou um vestido branco para sairmos e fomos até ao parque da Lajinha, mal sabia ela que aquele dia era decisivo para mim e para ela, era o dia em que eu iria saber se a criança que ela carregava na barriga era minha ou não.

Chegamos ao parque da Lajinha, ficamos sentados no banco do jardim, depois eu a levei para o fundo do parque da Lajinha, onde havia poucos freqüentadores. Sentamos na grama e começamos a conversar e eu lhe disse: eu preciso tirar uma dúvida e ela me perguntou qual é? Eu lhe respondi, eu preciso saber se essa criança parece comigo, ela me disse sorrindo, você só saberá quando ela nascer e eu lhe disse: eu não suporto a espera, e ela me perguntou: como você vai saber antes da hora se o neném não nascer, eu falei-lhe: eu tenho um jeito e ela, como? Vou abrir a sua barriga e ela: você está brincando, você está louco. Eu lhe respondi: não estou nem brincando, nem louco. Peguei a faca que estava comigo e desferi um golpe de faca em sua barriga, abrindo-a, eu precisava ver se a criança parecia comigo, retirei o neném para fora, mas não dava pra ver se parecia ou não, acabei perdendo a criança e Mites, eu já em casa fui surpreendido pela polícia com a roupa cheia de sangue, fiquei surpreso como a polícia me achou tão de pressa, fiquei sabendo que uma amiga de Mites reconheceu o seu corpo e sabia onde ela morava. Fui preso e expliquei ao delegado porque eu fiz aquilo, o delegado me chamou de monstro, maníaco, louco e ainda tomei uma coça dos policiais. Os jornais me escracharam, dizendo que aquele era um crime bárbaro e que deveria ter pena de morte pra crimes como esses no Brasil.

Fizeram o DNA no feto e realmente a criança era minha, matei meu próprio filho e minha mulher, mas eu não sentia culpa e nem remorso

Eu estava preso na delegacia, houve uma fuga de presos e eu estava entre eles, fiquei um mês preso e consegui a liberdade. Eu não sabia onde me esconder por uns tempos, na casa dos meus pais eu não poderia ir, sabia que a polícia estava me esperando, para o meu serviço tampouco ainda, com os dias fui virando um mendigo, vivendo da caridade alheia, senti frio e fome dormindo em calçada até que um dia isso mudou, uma garotinha de aproximadamente uns oito anos de idade se aproximou de mim, me oferecendo um biscoito e em seguida começou a gritar por sua mãe em tom de voz desesperada e a menina gritava: vem cá mamãe, vem cá mamãe, eu fiquei meio amedrontado com a atitude da menina, mandava ela ficar quieta, porque sua mãe poderia achar, não só sua mãe, mas as pessoas que passavam por ali poderiam achar que eu a estava molestando, o que não era verdade, a menina gritava por sua mãe porque me achava muito parecido com o seu pai falecido há algumas semanas. A mãe ao me ver, achou-me muito parecido com o seu falecido marido, dizia que era inacreditável tamanha semelhança. A mãe da menina tentou levá-la embora, mas a garota não queria ir, dizia que eu era o pai dela que voltou, a menina não arredava o pé dali de jeito nenhum, fazia de tudo para que sua mãe me levasse junto com elas para a casa delas, fazia manha, birra, bateu o pé até conseguir o que ela queria, a mãe me perguntou se eu sabia fazer alguma coisa e eu lhe respondi que sim, de tudo um pouco, indagou-me a mãe, inclusive sabe trabalhar de pedreiro, pois ela estava acabando de construir a pequena casa e precisava de alguém para terminar algumas melhorias na casa e que eu poderia dormir num quartinho nos fundos onde o seu falecido marido guardava algumas ferramentas, ela me perguntou se eu aceitava isso em troca de comida e dormida, aceitei mais que de pressa, já que a minha situação não me oferecia muitas opções.

O nome da mulher que me acolheu é Alexandra e de sua é Suzana, dois anjos caídos do céu que vieram me socorrer, os dias foram se passando e eu fui fazendo os reparos necessários na casa de Alexandra, tudo corria muito bem e com a convivência fomos nos tornando mais amigos, eu já me sentava à mesa para fazer as refeições, fazia brincadeiras com Alexandra e Suzana, a menina começou até a me chamar de pai, eu não me importava, achava graça e aquilo me fazia sentir-me muito bem.

Com o tempo Alexandra começou a fazer- me confidências, falar de sua vida, contar seus sonhos, seus desejos, ela me dizia que eu era muito fechado e que mal eu falava de mim e que ela queria me conhecer mais a fundo, saber um pouco do meu passado, ela queria saber quem eu era na verdade, porque ela gostaria de se abrir mais, ficar mais à vontade para falar as coisas, eu lhe dizia que não tinha muita coisa pra falar de minha vida, já que a minha vida foi só trabalhar e que eu tinha pouco estudo e se eu tivesse tido mais chances na vida eu gostaria de ser um doutor. Parecia que entre mim e Alexandra estava surgindo um clima de romance, o clima estava surgindo mais da parte dela do que da minha, porque de repente ela se interessou em saber minha vida, saber do que eu gostava, do jeito que eu via a vida, se eu era ou já fui casado, eu falava pra ela que eu sempre fui uma pessoa só, sem ninguém na vida pra me acolher no coração. Agente estava sentado no sofá da sala tendo essa conversa, quando eu notei a face de Alexandra se aproximar de minha face, minha boca ficou paralela ao dela, seus olhos paralisados buscavam os meus olhos como se quisessem ver algo mais, quando entrou Suzana me puxando pelo o braço querendo que eu brincasse com ela de vôlei, se a menina não interrompesse de forma tão abrupta a nossa conversa, eu acho queria iria surgir algo mais íntimo entre mim e Alexandra, mas o que a menina fez foi só adiar o que não pode ser adiado, o amor. Mas, veio à noite e quando eu me encontrava em meu quartinho deitado em minha cama, ora veja, quem surgiu na porta com uma camisolinha branca toda transparente, só de calcinha, por sinal também

luiz remidio
Enviado por luiz remidio em 21/05/2016
Código do texto: T5642026
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