Memórias de um soldado do tráfico- parte 2

vestígios do crime, tendo os seus objetos pessoais ali mesmo enterrados como sua câmera, camisa, um cordão com uma plaquinha com o seu nome.

A família de Martinho que o chamava carinhosamente por tinho ficou preocupada, pois há quatro dias que ele não dava nenhuma notícia, preocupação essa levada para a emissora de televisão para a qual trabalhava e a própria emissora começou a colocar no ar durante os intervalos a foto de tinho procurando saber o seu paradeiro e inclusive recompensava por alguma informação que levasse até ele. Quando já se estava perdendo as esperanças de encontra´-lo um telefonema anônimo com voz de mulher, dizendo que não queria nenhum tipo de recompensa e que fazia aquilo como retribuição do que ele tentou fazer para o morro de Dona Marta, disse que o corpo de tinho encontrava-se num forno onde os traficantes queimavam as suas vítimas no alto do morro de Dona Marta e que quem mandou fazer essa crueldade com ele foi Eli, o bárbaro. A polícia foi informada do telefonema e com vários policiais subiram ao morro até ao alto onde através de escavações descobriram os pertences de tinho ali enterrados, inclusive centenas de ossadas diferentes foram descobertas, sendo desse jeito melancólico e vergonhoso para a nossa sociedade que se descobriu à arena de horrores dos nossos traficantes.

A polícia colocou em ação o seu grupo de policiamento velado que rapidinho chegaram aos autores dos crimes, inclusive ao nome do mandante, Eli, o bárbaro. De posse dessas informações a polícia reuniu um grupo de captura, oferecendo até recompensa por informações que levassem ao chefe do grupo, cartazes foram distribuídos por todo o país e a emissora de televisão a qual tinho trabalhava não se cansava em divulgar mensagens sobre o profissionalismo de tinho, a competência, seriedade que esse seu funcionário tratava as causas que ele abraçava em nome de um ideal de vida melhor e com igualdade de direitos para todos. A polícia começou a rastrear as ligações oriundas do morro de Dona Marta com o intuito de ter algum ponto de partida para a captura de Eli, o bárbaro, mas os bandidos quando notaram que a polícia estava na escuta dos celulares, passaram a usar rádios comunicadores, o que a princípio de dificultou um pouco o trabalho dos policiais. Durante esse tempo de procura dos bandidos que mataram tinho muitos inocentes morreram por nada. Uma Van que iria para uma festa com vinte jovens em seu interior entrou por engano na favela de Dona Marta, todos o vinte jovem foi executado pela a quadrilha de Dona Marta só se salvando o motorista da Van que um filho na filho no veículo, comprovando que apenas fazia um carreto e que não tinha nada a ver com aqueles rapazes, doeu muito para ele dizer isso, mas não teve alternativa senão morreria junto, infelizmente um daqueles jovens executados era do Seu Manoel, pai do garoto Tiago de dezesseis anos, morto covardemente pelo os bandidos na frente do próprio pai sem que ele pudesse fazer nada, apenas antes de morrer o jovem Tiago pediu a benção ao seu pai, sorte do seu Manoel que os marginais não ouviram o jovem Tiago chamá-lo de pai, o que poderia ser o seu fim e com um disparo certeiro na nuca dado pelo o bandido conhecido como cheirinho Tiago veio a cair morto nos pés de seu genitor onde se viu lágrimas rolarem. Os bandidos fizeram o seu Manoel a tirar todos aqueles cadáveres da favela na Van e fizeram questão de escoltá-lo até para fora do Morro de Dona Marta. Mais tarde a polícia que aqueles jovens incluindo o seu Manoel tinha envolvimento com drogas.

A polícia recebeu outro telefonema anônimo informando o paradeiro de Eli, o bárbaro que se encontrava escondido numa casa de um morador da favela próximo a uma caixa de água, a polícia montou uma operação com mais ou menos duzentos homens e com o auxílio de um helicóptero, quando já era seis horas e um minuto a polícia já estava no pé da favela para invadi-la, mas foi recebida com um esquema muito forte de defesa executada pelos os bandidos que utilizaram balas traçantes que riscavam o céu, jogavam nos policiais granadas, sendo que algumas explodiam outras não. Os bandidos tinham até morteiros que lançavam contra os helicópteros, vindo atingir um que felizmente conseguiu aterrissar em terra firma.

O poder de fogo dos bandidos eram tão forte que a polícia não conseguiu adentrar na favela, tendo que suspender a operação, pois muitos policiais já se encontravam feridos mesmos aqueles que usavam coletes a prova de bala saíram feridos, porque o impacto da munição no colete eram tão forte que chegava a machucar, em alguns casos costelas de policiais eram quebradas devido ao impacto sem contar os hematomas que ficavam pelo o corpo. Os armamentos que os marginais usavam tinham um poder de fogo muito grande o que lhes davam superioridade aos da polícia, os bandidos usavam AR-15, submetralhadora israelense e outras mais. Eli, o bárbaro mais uma vez conseguiu escapar ileso do cerco policial.

A polícia começou a monitora com ordem da justiça todas as ligações provenientes do morro e desse jeito conseguiu descobrir que Eli, o bárbaro tinha negócios em Minas Gerais como na cidade de Bicas ele tinha serrarias, lojas de móveis, agências de automóveis e na cidade de Juiz de Fora ele tinha uma loja de informática inclusive um estacionamento no centro dessa cidade. Através de conversas telefônicas monitoradas de Eli, o bárbaro com uma de suas amantes conseguiu-se descobrir muita coisa da vida e dos negócios dele, essa mulher Regina é que gerenciava a parte econômica nessa fase de recolhimento de Eli, o bárbaro. Chegou-se a promover até um baile funck sob orientação de Eli, o bárbaro que negociou até o preço de até quanto se poderia pagar ao conjunto, conjunto esse da moda e bem famoso foi contratado para tocar no baile do tráfico.

Em uma das ligações monitoradas pela a polícia descobriu-se que Eli, o bárbaro estava num shopping fazendo compras, após confirmação da polícia que anda a paisana, chamada de velado constatou-se a veracidade da informação, sendo montada uma operação para quando o meliante saísse do shopping seria surpreendido pela polícia que o aguardava do lado de fora. Quando Eli, o bárbaro encaminhava-se para entrar no carro onde um motorista membro da quadrilha o aguardava, a polícia tentou abordá-lo, ele reagiu sendo que seus dois parceiros que estavam com ele vieram a falecer na troca de tiros e um policial foi atingido na cabeça, vindo a falecer dentro de uma ambulância a caminho do hospital. Novamente Eli, o bárbaro conseguiu escapar sem nenhum arranhão. Em mais uma investida da polícia na favela do morro de Dona Marta ficou-se sabendo que Eli, o bárbaro estava escondido na casa de um borracheiro ali do morro. A polícia redobrou o contingente e com quatrocentos homens pôs-se a subir o morro enfrentando novamente uma forte resistência por parte dos bandidos, mas dessa vez o policiais tiveram êxito encontrando o Eli, o bárbaro dentro de um guarda-roupa, este a sentir que não tinha para onde fugir, simplesmente disse aos policiais que perdeu e se rendeu sem oferecer nenhuma resistência e encontrava-se totalmente desarmado.

Imediatamente, após sua prisão os comparsas dele mandaram que os comerciantes fechassem o comércio sob pena de quem os desobedecessem de serem executados. Foi decretado no morro de Dona Marta três dias de luto pela prisão de Eli, o bárbaro. Ele, Eli em represália a sua prisão e com a retirada das mordomias, como por exemplo: visita íntima, sem rádio, tampouco televisão, sem acesso a jornais, diminuição do tempo para o banho de sol e retirada de mini geladeiras das celas, mas de dentro do presídio através de um aparelho celular alugado por alguns minutos de um guarda penitenciário ao preço de cinco mil reais manda seus companheiros de crime desencadear vários atentados a postos comunitários da polícia militar, delegacias, postos da guarda municipal, inclusive metralhando viaturas. Em cinco dias de investidas dos marginais contra prédios da polícia foram praticados vinte e nove atentados, sendo que em duas bases comunitárias distintas um sargento e um cabo vieram a falecer, sendo que para o cabo Lúcio faltavam catorze dias para ele se aposentar, já tinha comprado com muito sacrifício uma casa na cidade de Petrópolis para onde se mudaria com a família, fugindo da agitação dos grandes centros, mas foi fuzilado com tiros de rajada de metralhadora covardemente por bandidos sanguinários que em dois carros por volta de uma hora e meia da manhã praticaram esse crime contra as instituições de segurança legítimas do Estado. Essas atitudes tentam desestabilizar o Estado, desacreditá-lo diante da opinião pública.

Sabe-se também que em uma casa onde marido e mulher são policiais militares, enquanto a mulher amamentava sua criança recém nascida de um ano e cinco meses de idade só teve tempo de se jogar no chão, tendo o braço esquerdo na altura do cotovelo atingida por uma bala de raspão, a filha de quatro anos que estava no outro quarto acordou assustada com aquele barulho e por pouco não é alvejada pelos tiros, chegando em seu socorro o pai que havia arrastado para onde a filha dormia a mãe com o bebê, agarrando-os fortemente em seus braços e toda a família ficou encolhida num cantinho do quarto da filha que acordou com o barulho, enquanto isso sua casa era metralhada por dois que estavam em uma moto, o que dirigia moto ficou com ela ligada e o outro efetuava os disparos utilizando-se uma submetralhadora, segundo testemunhas. O pai procurava no desespero proteger toda a família com o seu corpo, nisso conseguiu através do celular ligar para o 190 pedindo auxílio. Mas, quando o reforço policial chegou já era tarde de mais os bandidos já tinham partido em retirada tranqüilamente, segundo testemunhas com a certeza da impunidade.

Bananas de dinamite foram jogadas em estacionamento de delegacias, algumas viaturas foram atingidas, bombas foram deixadas em banheiro de shopping e através de informações anônimas a policia chegava a tempo impedindo que elas detonassem, ferindo pessoas inocentes. Granadas foram jogadas dentro de viaturas, quando alguns policiais assustavam tinham em seu colo uma granada, por sorte algumas jogadas não explodiu. Viaturas policiais eram fechadas por outro veículo e policiais eram metralhados, só se via descer pela porta dos veículos oficiais sangue que escorria expondo a nossa vergonha, o descaso das nossas autoridades em que colocava visivelmente a nossa inferioridade diante do poder de fogo dos bandidos e lamentavelmente agravava-se mais ainda a sobrevivência dos familiares dos mortos pelos os bandidos, se com eles vivos passavam dificuldades pelo o baixo salário, o que leva os outros companheiros a pensar se vale à pena tanto assim em nome de um falso profissionalismo, onde só os políticos têm direito à vida mais confortável, eles pedem para que a população peça nota fiscal em suas compras, falam que estão preocupados com a segurança e faz de bandeira a reforma tributária, onde vão investir na segurança, saúde, transporte, educação para o povo, mas investem neles mesmos, mal começa o ano eles aumentam o seu próprio salário, como se houvesse vida só no meio político e para enganar o povo divulgam amplamente através da. televisão, rádio e jornal doação de algumas viaturas para a policia e investimento em outras áreas sociais como se com isso bastasse para combater para as mazelas sociais. A falta de recursos, ausência de motivação e as constantes perdas salariais que não são recompostas pelo o governo são adubos que fertilizam e incentivam os criminosos a desestabilizarem as seguranças públicas, confiantes na impunidade. Para sermos mais concretos com relação à falta de motivação dos nossos policiais vejamos as constantes construções de túneis dentro de penitenciárias que leva algum tempo para serem construídos e nada de diferente é notado pelos policiais que só descobrem depois que eles fogem.

Para desestabilizarem mais ainda a força pública, os lideres que estão presos dentro de penitenciárias promovem grandes rebeliões simultâneas em todos os sistemas carcerários do Estado com a finalidade de promover o terror junto à população como forma de terem a suas mordomias restabelecidas.

Eli, o bárbaro, enquanto na prisão liderou os detentos na construção de um túnel, mas através do seu advogado que servia de mensageiro do lado de fora da penitenciária junto ao seu bando ajudou a elaborar um plano onde seria alugada uma casa que ficava pouco metros do sistema prisional e sob a orientação de um pedreiro ao qual seria lhe pago à quantia de mil reais por semana este chefiaria mais cinco elementos onde cada receberia quinhentos reais por semana que o ajudassem a escavar o túnel da casa até a cela onde se encontrava Eli, o bárbaro. O pedreiro Márcio e seus ajudantes levaram uns três meses para construção do túnel. Os vizinhos não desconfiaram desse pessoal, pois uma vez dentro da casa eles não saíam, eles guardavam a terra que retiravam do buraco em cômodos da casa e assim não levantavam suspeitas.

Chegou o dia da fuga, dia escolhido foi à hora da visitação aos presos, mas o túnel tinha uma primeira saída na rua, onde pedrestes viram homens sujos de barro saindo do buraco e chamaram a polícia, quando alguns passavam pelo o túnel este veio a desabar e vários presos ficaram soterrados e morreram. Policiais ainda conseguiram resgatar com vida alguns presos que se encontravam soterrados e outros infelizmente sucumbiram-se na ânsia de conseguirem a liberdade burlando a lei. Oitenta homens tentaram fugir por ali, cinqüenta conseguiram fuga, o restante cerca de trinta homens dentre esses dez perderam a vida e os demais vinte homens foram reconduzidos novamente para a prisão. Os cinqüenta homens que conseguiram ganhar as ruas, à polícia montou uma operação com cães, helicóptero e com muitas viaturas obtendo o êxito de recapturarem trinta e cinco fugitivos através de telefonemas anônimos, sendo que na maioria dos casos a polícia chegava até aos condenados fujões. Entre os fugitivos bem sucedidos encontrava-se o sanguinário Eli, o bárbaro.

Dias se passaram e alguns bandidos resolveram comemorar o aniversário do chefe da quadrilha de Eli, o bárbaro fora da prisão. Cerca de cento e cinqüenta pessoas entre mulheres e homens reuniram-se em uma casa com sauna, piscina, churrasqueira, quadra de tênis, quadra de futebol socaite e contrataram até um grupo de pagode que se revezava com um grupo funck e ambos cantavam em um palco improvisado onde algumas mulheres mais atiradinhas tiravam a roupa para o delírio e delícia dos homens.

Alguns bandidos espalhavam cocaína sobre a mesa, alguns convidados tampavam uma entrada do nariz e com a outra entrada destampada aspiravam o pó branco para dentro do organismo e ficavam descontrolados mais ainda, os homens embalados pela nudez explícita de algumas mulheres que com as calcinhas na mão as rodavam e jogavam-as para o público eletrizado, assovios e gargalhadas podia se ouvir a quilômetros. Mas um dos elementos mais empolgado da festa começou a efetuar disparos de arma de fogo para o alto como se estivesse numa terra sem lei, esse foi o grande erro deles dos que ali se encontravam, vizinhos amedrontados com aqueles disparos chamaram a polícia que chegou em grande número e após trocar tiros com os bandidos da festa conseguiu efetuar a prisão de vários festeiros entre homens e mulheres. Algumas dessas mulheres foram conduzidas nuas para a delegacia e a maioria delas inclusive homens estavam completamente drogados. Contatos feitos pela a polícia junto a familiares das presas nuas, parentes ou amigos indicados por elas para lhe trazerem roupas até a delegacia ficavam horrorizados em vê-las ainda sob o efeito do álcool ou drogas, difícil saber ao certo o que elas usaram e com as vozes arrastadas, mal davam conta ainda do que lhes estavam acontecendo.

Mas, alguns homens que fugiram da cadeia e que ali comemoravam o sucesso da fuga em conjunto com o aniversariante conseguiram escapar mais uma vez. Em compensação o aniversariante diante o empenho e o esforço da polícia que o localizou bem sentadinho e tranqüilo em um barzinho não distante dali da confusão, tomando uma cerveja como se nada tivesse acontecido, assim recebeu da polícia um belo presente, sua prisão, sendo reconduzido novamente para a prisão o perverso Eli, o bárbaro. Apesar dos esforços e empenho da polícia em tirar os marginais da rua, mais aumenta a criminalidade, devido uma ausência de política social por parte do governo que não faz um trabalho de educação, não auxilia numa moradia digna aos cidadãos, negando-lhes opções, alternativas de sobrevivência, o governo só comparece para reprimir, julgar, condenar, às vezes, sem dar a população mais humilde o direito de defesa, criaram-se as defensorias públicas com o objetivo de dar as pessoas mais simples o direito de se defender junto à justiça, o que nós assistimos é uma justiça morosa, com escassez de profissionais na área da defensoria o que gera um sentimento muito grande de revolta e abandono por parte dessa população mais carente.

Esse abandono por parte do Estado leva os jovens de uma maneira geral, não só do morro que procuram uma vida mais saudável ao caminho de um dinheiro mais fácil, acabam se envolvendo com o tráfico de drogas, onde o soldado do tráfico fatura por semana R$300,00 (trezentos reais) para trabalhar o que envolve, levando-o a comercializar e dar segurança mesmo com o sacrifício da própria vida, defendendo a boca de fumo da polícia e de quadrilhas rivais. Muitos amigos perderam a vida de bobeira defendendo a boca, muitas delas crianças, de 0nze, doze anos costumava-se as acharem estiradas sem vida servindo de alimentos para mosquitos, moscas, ratos e até mesmo urubus. Algumas vezes era difícil remover os seus corpos em que eram usados como iscas ou emboscadas pela quadrilha rival quando da retirada eles aproveitavam assassinando mais alguém, o que era um martírio para a família que queria dar ao seu ente querido um enterro digno, e o chefe do tráfico fazia questão era de lhes dar um enterro pomposo com tudo pago, sem ônus para os familiares e era decretado no morro o fechamento do comércio em respeito aos mortos e a maioria dos membros do morro tinham que comparecer em peso ao enterro sob pena de serem despejados do morro e de terem suas vidas transformadas em um verdadeiro inferno.

Fábio na prisão em conluio com o seu advogado Anderson combina em matar um juiz da vara de execuções penais, porque esse mantinha as severas restrições e sempre negava as petições impetradas pelo o seu advogado com relação a devolver as antigas regalias que possuía lá dentro. Quando esse juiz da vara de execuções penais dirigia-se para a sua casa e ao parar em um sinal de trânsito foi abordado por dois rapazes em uma moto de cor preta, sendo que o carona desferiu seis tiros no juiz, sendo quatro tiros no tórax e dois na cabeça, vindo o juiz a morrer na hora, segundo laudo médico. Os meliantes em seguida fugiram, mas deixaram rastro, o que dirigia a moto deixou-a para ser lavada em um posto de gasolina perto do local do fato, o frentista Eduardo que estava ouvindo o seu radinho de pilha ouviu dar no noticiário o assassinato do juiz e passaram as características da moto inclusive como os elementos estavam vestidos, justamente a moto que foi deixada para lavar e a roupa da pessoa que a deixou coincidiam com o que passado pelo o noticiário do rádio, imediatamente Eduardo liga para a polícia quem vai até ao local, a moto coincide com o que passado pelas as testemunhas, ao verificar o número da placa para ver a quem ela pertencia ficou-se sabendo que ela tinha sido furtada.

Através de um minucioso trabalho de perícia foram retiradas da moto impressões digitais e algumas foram comparadas a digitais armazenadas em arquivos da polícia civil, conseguindo localizar um dos autores do crime. A polícia fez várias diligências no morro de Dona Marta e conseguiu localizar Marcinho que se encontrava escondido na casa de uma tia e por ele chegou-se ao mandante do crime Fábio e foi possível localizar o segundo assassino do juiz o traficante de alcunha defunto que no momento da sua prisão encontrava-se bem em sua casa saboreando uma gostosa e deliciosa cerveja, não resistindo a.prisão.

Fábio na prisão fica sabendo que um dos seus amigos que se encontrava escondido no Paraguai escrevia as suas memórias a pedido de um cineasta para que se fosse feito um filme a respeito do tráfico de drogas, citando nomes, localizações dos pontos e comercialização das drogas, dando os nomes das pessoas envolvidas, conexões para o contrabando de armas, informando horários inclusive revelando o nome do almirante da marinha do Brasil que participava do bando de Fábio, utilizando o navio brasileiro para o tráfico de armas, drogas e levando mulheres brasileiras para serem prostitutas em boates na Espanha e Portugal, mas sem que elas soubessem, contavam-lhes que elas seriam governantas em casa de pessoas ricas onde iriam ganhar altos salários. As mulheres contrabandeadas para fora do país se submetiam a humilhações e eram acondicionadas em caixas enormes para terem acesso assim ao interior da embarcação, já dentro do navio as caixas eram abertas e elas ficavam no porão do navio, sendo alimentadas pelos os tripulantes brasileiros que sabiam da maracutaia, mulheres essas atraídas pelo o enriquecimento fácil de ganharem muitos dólares, mas quando chegavam aos seus destinos eram tomados os seus passaportes e elas se tornavam escravas sexuais, vigiadas vinte quatro horas por dia no local de trabalho por homens que andavam armados e falavam para elas que não hesitariam nem um minuto em matá-las caso tentassem fugir ou alguma denunciasse os esquemas.

Ana Elisa, uma das sonhadoras em fazer fortuna fácil encontrava-se na Espanha, achando que iria para uma casa de algum espanhol para ser governanta, sonhando com o alto salário do cargo e pelo o motivo da moeda espanhola ser do primeiro mundo. Mas quando vai se aproximando de uma casa de espetáculo e o carro o qual encontrava-se para em frente, um dos homens que acompanhava bruscamente manda-a sair do carro, bate-lhe de forma triste e bruta a sua dura realidade do que seria a sua vida dali para frente. Já na boate Ana Elisa e colegas vão se decepcionando com elas mesmas pelo o fato delas terem chegado em busca de uma vida melhor para si e suas famílias e o que elas enxergam no momento é o início de uma vida cruel e sem futuro, diferentemente daquela que elas tinham no Brasil. Durante o relacionamento com clientes muitas vezes Ana Elisa apanhava devido ao sadismo e o desprezo que alguns homens sentem pelas prostitutas, mesmo com aversões a elas pelo o tipo de trabalha que elas se expunham, homens casados, respeitados na sociedade local, pareciam não temer em contrair qualquer tipo de doença ou transmiti-las as suas parceiras, entregavam-se sem receio, sem proteção ao sexo com essas mulheres que muitas vezes transavam sem camisinha para satisfazerem de forma obrigadas por clientes que achavam que ao usá-las era como chupar bala sem tirar o papel apesar do desprezo por elas, eles mantém uma vida íntima com elas, contando problemas de suas vidas, às vezes, pedindo opiniões mesmo achando que elas não são dignas deles. Chega a ser incompreensível essa atitude ou maneira de pensar doentia de alguns homens. Ana Elisa se envolve com um policial da região espanhola, contou-lhe a sua situação de maus tratos, fome, humilhações, exposição a situações vexatórias, como a de alguns clientes que as obrigavam a terem relações sexuais com seus bichos de estimação, era horrível nos termos de sermos submissa a isso tudo sem poder falar nada e agüentar essa loucura e esse absurdo calada, correndo o risco de pegarmos doenças de animais, era um tormento noite após noite dessa escravidão sexual, nosso corpo já não nos pertencia mais, cheguei a suspeitar que não éramos filhos de Deus pelo o tamanho sofrimento, por mais que a gente rezasse, pedindo ajuda, implorando por um gesto Dele de socorro, mas tudo parecia em vão, nossas preces parecia não serem ouvidas e quanto mais nós rezávamos mais a sofrimento nos éramos submetidas, tudo parecia perdido. Ana Elisa confiando que o policial iria lhe ajudar a voltar para o Brasil. Entregou seus problemas e a si própria de corpo e alma para ele, mal sabia ela que Ângelo fazia parte do esquema de drogas, prostituição e que ele dava garantia ao pessoal da boate para que o negócio ilícito fosse rendoso e garantido, evitando que o braço legal da lei desmantelasse o esquema corrupto.

Ana Elisa desconhecendo esse lado negro de Ângelo se entrega ao mesmo de forma absoluta e imoral, violentando-se nos seus valores morais mais íntimos. Ana Elisa se esforça em agradar sexualmente e no dia a dia Ângelo, o trata como criança, servindo-lhe cafezinho da manhã na cama, pega uma fatia de pão e fica brincando com essa fatia em forma de aviãozinho, e dizia: olha o aviãozinho, olha o aviãozinho, ummmmmmm! Ummmmmmmmm! Mandando-o abrir a boquinha para que a fatia aterrissasse dentro de sua boca, Ângelo ia se achando o máximo, Ana Elisa se desdobrava ao máximo para satisfazer Ângelo, ela via nele a sua única oportunidade de se libertar daquela vida de escrava sexual.

Chega o dia em que Ana Elisa considera ser o momento certo diante do galanteio e dos mimos a Ângelo, esse já chegou até ela todo dengoso, perguntando se o seu doce estava tendo um bom dia e se ela estava cuidando bem da sua fortuna (nádega) forma carinhosa que ele se dirigia a essa parte do seu corpo e ela retribuía esse jeito tão carinhoso chamando-o de denguinho e era denguinho pra cá, denguinho pra lá, quem via essas cenas achava tão enjoativo diante tanto derretimento de ambas as partes. Foi tanto chamego que ela resolveu se abrir e pedir ajuda ao Ângelo, ela contava as suas colegas com um farto sorriso no rosto que sua saída daquele lugar estava no papo, e que o cara comia na palma de sua mão e faria tudo que ela quisesse.

Finalmente, veio à resposta de Ângelo trazida pelos os seguranças da boate, o chefe Rodrigues acompanhado com mais quatro homens adentrou ao quarto onde se encontrava Ana Elisa e na frente de seis de suas amigas começaram a espancá-la covardemente sem se preocuparem com suas companheiras assistissem aquela cena, ela em gritos pavorosos perguntava-lhes o que ela fez de errado para ser agredida daquele jeito com socos, pontapés, tapas e até de cinto ela apanhou e eles em tom de ironia lhe respondiam através do chefe que quem bate não sabe porque bate, mas quem apanha sabe porque apanha.

Após a sessão de espancamento Ana Elisa ficou irreconhecível com hematomas em todas as partes do corpo com os dois olhos inchados, com uma parte do lábio maior do o outro, ela ficou bastante estragada, muito desfigurada, ela custou a entender o que havia lhe acontecido, precisou de Sandra uma de suas amigas lhe abrir a mente. Mas, os ferimentos em Ana Elisa foram tratados com os cuidados de suas amigas, trataram-na de forma zelosa e com muita reserva uma vez que o pessoal da boate não deixou que se chamasse um médico para medicá-la e com o passar dos dias Ana Elisa pegou uma febre muito forte e começou a delirar, chamando a sua família no Brasil, Sandra amigona de Ana Elisa procura Rodrigues, dizendo-lhe que se ela não for medicada por provavelmente não sobrevivera por muito tempo, diante o descaso de Rodrigues Ana Elisa não resiste aos ferimentos e morre. Seu corpo foi colocado dentro de um carro pelos os seguranças da casa de espetáculo, sendo levado para um lugar deserto, colocado fogo e eles ficaram aguardando que o corpo se queimasse por completo para posteriormente enterrar o que sobrou.

Fábio na prisão ficou sabendo do ocorrido e elogia os responsáveis pelo o ato a vista da lei criminoso, mas para a quadrilha aquela ação demonstra que os seus comparsas estão compromissados e fazem de tudo para que o crime seja perfeito e que compense, resistindo ao braço forte da lei, sendo uma forma de aterrorizar as outras mulheres a ficarem quietinhas e obedientes.

A família de Ana Elisa fica sabendo do ocorrido através de uma das amigas de Ana, que fez um contato super rápido através de um telefone público quando esta vinha da casa de um cliente e não se identificou com medo de que alguém descobrisse e ela tivesse o mesmo fim. Todas estavam amedrontadas, apavoradas, algumas em prantos, viviam naquele local com o coração na mão, Sandra que não se identificou para a família nesse telefonema pediu socorro para si e as suas companheiras, pedindo que os familiares de Ana Elisa pedisse a interferência do governo brasileiro para ajudá-las.

Essas mulheres não trabalhavam apenas como prostitutas na casa de espetáculo, elas eram usadas como reservas vivas para o tráfico de órgãos humanos para doadores que pagavam bem e em dólares. Um rim custava cerca de quatorze mil dólares, se alguém muito importante que tivesse bastante dinheiro e que estivesse disposto a pagar cento e cinqüenta mil dólares, eles sacrificavam a vida de uma dessas mulheres, simulando um assalto onde ela levava uma forte pancada na cabeça e através de documentos falsos falavam que ela em vida se manifestou em ser uma doadora de órgãos. E tudo se tornava legal, a cirurgia e o transplante eram feitos num hospital particular onde os médicos também faziam parte do esquema da quadrilha, não fazendo nenhuma pergunta.

Patrícia, uma das prostitutas que foram traficadas para trabalhar em uma casa de espetáculo na Espanha, descuida-se e engravida-se. Fábio na prisão é procurado por um advogado que lhe pede ajuda e lhe oferece um negócio bastante vantajoso para ambas as partes.

Um alemão de nome Jean Jersey tem uma filha recém nascida de cinco dias de nascimento e esta criança nasceu com um problema congênito no coração precisando urgentemente de fazer um tranplante cardiáco para não morrer em questão de dias, horas ou meses e que pagaria qualquer coisa para salvar a vida dessa menina de nome Micaela. Esse alemão é um rico empresário do setor de metalurgia na Alemanha. Fábio tem conhecimento que uma das suas prostitutas na Espanha teve uma criança de pai desconhecido e faz um contato através do advogado o qual lhe fez a proposta, seu nome Dr. Juca para que esse procurasse tendo um documento em mãos escrito pelo o próprio Fábio, onde ele orientava um dos seus comparsas da favela do morro de Dona Marta em como ele deveria atender o ilustre advogado, nome do comparsa Maneco, que assumiu a liderança da quadrilha enquanto Fábio permanece preso.

Na carta escrita por Fábio continha os mínimos detalhes de como Maneco deveria atender ao advogado, na carta Fábio descreve o que deveria ser feito, como contatar com Patrícia na Espanha, dando-a esperanças de que como ela engravidou e devido o processo de recuperação pós-parto ser muito demorado e

luiz remidio
Enviado por luiz remidio em 24/05/2016
Código do texto: T5645192
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