ARGOS: O CÃO DA INTELIGÊNCIA

Estamos no ano de 2023 ( d. C ).

Já velho e cansado, um ex analista de inteligência, lembrava, com amigos, eventos fotografados durante operações.

Lembra desta foto? Indagou á sim mesmo. Sim,.. é Argos, o cão policial, herói da Caminhada de Copacabana em setembro de 2016.

Como foi mesmo? Novamente indagou á si. Ah,.. foi assim,... e contou lentamente.

Na agência chegaram vários informes e o primeiro, no ano anterior ( 2015 d. C), anunciava que o Brasil seria o próximo aís atacado por um ato terrorista.

A segunda mensagem, que foi de uma Igreja pequenina, dizia que a ameaça, viria de baixo e por baixo.

Nós que éramos experientes, não conseguimos intuir, quiçá, deduzir sobre como isso se daria, até o momento que durante um almoço, um dos nossos homens, recém chegado de férias, contou que deitou-se para descansar e foi acatado por formigas,.. silenciosas formigas de roça.

Naquele momento, lembrando a fala de um professor que disse que, sábio é o homem que aprende e consegue ler no livro da natureza, então, o ataque seria procedente do plano onde estaria a massa caminhante e como não há silêncio na natureza, haveria de ter um som mínimo.

Passados alguns dias, que antecederam a caminhada, recebemos de um de nossas informantes, outra mensagem, uma terceira mensagem que dizia: “Ouvirá quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ver.”

Num “brainstorm”, realizado com expressiva contenção de ânimos para melhor e mais rapidamente chegarmos á um ponto elucidativo, alguém cogitou que, ação terrorista viria por meio de um dispositivo de difícil visualização, e com emissão de som, que só um animal poderia ouvir.

Neste momento, cogitamos de que na operação participassem os melhores cães policiais treinados para farejar explosivos.

Em contato com um país aliado, cuja polícia era melhor conhecedora sobre este tipo de ação, informou que algumas raças treinados com bombas, tinham reduzido sua capacidade auditiva, assim sendo, o perfil da linhagem do animal requerido, deveria ser o nascido e criado, há 04 ( quatro ) gerações em lugar de extremo silêncio mas com ameaças silenciosas.

Munidos destes detalhes, encontramos na relação de colaboradores do sistema, um eremitério, no qual, criavam cães, em canis do qual eventualmente a polícia comprava para treino no esquadrão anti bombas.

Seguindo o rastro, á procura do melhor animal, encontramos Argos, o filhote de 07 ( Sete ) meses de anos e nos surpreendemos. Filhote de 07 ( sete ) anos? Sim. Aqui o tratamos assim, por se tratar de um animal novo, de 01 ( ano ), de um linhagem de 08 ( oito ) gerações mas que tem o desempenho de um dos nosso melhores cães aposentados.

Bem,.. feita a demonstração adquirimos o cão por uma pequena fortuna e valeria a pena se efetivando seu papel, ajudasse á salvar vidas na caminha da orla.

Incorporado ao canil da polícia do estado, Argos recebeu treinamento suplementar e foi reconhecido apto ao serviço.

No dia da caminhada, foram colocados observadores disfarçados e armados, no mar em lanchas e jet skis, como de praxe, e também, na areia da praia, no calçadão, nos carros de som e em alguns prédios, e outros pontos áreas para monitoramentos. Para Argos, haviam, só para ele, haviam 02 ( dois ) que teriam que testemunhar sua eficiência e eficácia, se tivesse que agir.

No dia da caminhada, Argos foi situado na plataforma de um posto salva vidas branco e seu condutor, um velho agente negro, mas com um fone de ouvido.

Iniciada a caminhada, havia muito barulho, entre músicas dos carros de som e cânticos religiosos inclusive em yorubá.

No meio do povo, muitos cartazes, mas nenhum pedia expulsão do chefe de então.

Tudo estava calma e a segurança humana agindo de forma exemplar, até que em dado momento Argos, se move, olha para o chão e late.

Seu conduto, acostumado com o comportamento dos antigos animais, ficou observando na massa e Argos, olhando para o chão, de pedra portuguesa, latia.

Uma senhora que ia passando, chamou o nosso condutor de Argos, dizendo que ela estava vendo algo importante no chão e subiu e lhe fez carinho sem receios. Ao olhar para o chão que Argos fitava, percebeu, apesar dos óculos escuros que havia uma trinca de silhueta geométrica e que ela chamou de tampa ao informar ao condutor que o cão ( Argos ) havia cismado com o tampa.

Neste momento, a foi acionado a Contra e rapidamente a mulher foi retirado do local, ao comando “ARGOS,.. ACHE”, o cão começou a tentar a escavar.

Neste momento, o caro de som parou deu ré, atravessou na pista e mais ninguém pode passar, por medida de segurança.

Agentes de campo informaram aos líderes dos grupos religiosos e a caminhado parou deixando um lacuna, a frente do posto salva vidas e os rastreadores chegaram, abriram o piso de pedra portuguesa e lá encontram o dispositivo em contagem regressiva que foi desativado com sucesso.

Por medida cautelar, Argos não foi mencionado e a mídia assim noticiou:

NA CAMINHADA DESTE ANO, O ESQUADRIÃO ANTI BOMBAS, QUE VENCEU NAS OLIMPÍADAS VÁRIAS PROVAS, ...GRAÇAS Á DEUS, SALVOU A VIDA DE MILHARES DE PESSOAS NA AVENIDA.

É,.. Assim encerro mais um conto aludindo ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA NO BRASIL.

Sandive Santana / RJ.

Sandive Santana
Enviado por Sandive Santana em 13/08/2016
Reeditado em 17/08/2016
Código do texto: T5727087
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