Sinais de Morte

E lá estava ele, o famoso Lup, galanteador de mulheres, a fim de arranjar vários ingressos para o baile de hoje à noite para poder levar todas as suas admiradoras. Eram muitas, mas ele sempre dava um jeito. Amava todas elas sem nível de diferença: a morena Rúbia; a nerd Paloma; a loira Sofia; Lira de olhos verdes; Isabella com olhos azuis; Pérola, que pode se constar morena de bochecha avermelhada; Camila, mãe de uma menina, mas que era separada e podia-se dizer que sua filha Carol era de Lup. Laís, a loira que todos conheciam; Patrícia, a morena míope; Rachel, a ruiva encantada e Verônica, a chamativa de atenção, futura ex de Lup, e que dizia o odiar até o fim do mundo e que diariamente se encontrava noiva de Ruh, um homem rico e dono de um Spa, onde morava na casa construída dentro dele.

Lup era amigo de muitos e não era certo dizer que tinha algum inimigo. Mas certo mesmo é o número de tantos invejosos que por ele se rodeavam. O garoto nunca foi de receber ameaças até porque essa palavra não existia em seu dicionário. Comprou o seu ingresso pela metade do preço e ainda conseguiu os outros onze de graça. Como o garoto era mesmo um sem compromisso com a vida, foi na casa de uma a uma entregar o ingresso e a cada uma a mais ele marcava uma hora mais tarde, já que o baile seria dois dias seguidos, sem contar que daria tempo de levar uma e depois voltar para buscar a outra, e poder aproveitar com todas elas. Porém, nem tudo foi como ele queria. A garota Verônica, um pouco orgulhosa, não perdeu a chance de acabar com a alegria do ex:

-Ah querido, que gentil da sua parte, neh! Pena que eu não preciso de ingresso algum que venha das suas mãozinhas. O Ruh, sabendo você ou não, é meu noivo e só ingresso dele me vem a obrigação de aceitar. Você acha mesmo que eu iria perder esse baile? Tá neh! Ah, outra coisa: eu não vou sozinha não, pelo contrário, vou acompanhada pelo melhor noivo do Planeta Terra. – E foi assim que ela fechou a porta em sua cara. Lup foi embora sem nem saber o que

estava sentindo: raiva, ódio, tristeza ou mais paixão pela sua amada. Pois é como ele sempre dizia em relação à Verônica:

-Ex namorada, mas não ex amada, pois ainda a amo!

Lup saiu, enfim, à noite, a fim de encontrar com as garotas. Saiu com todas elas e levou-as ao baile. Ficou encantado com a ruiva Rachel e levou as outras garotas para casa mais cedo, a ponto de ficar todo o resto do baile com a ruivinha. Não teve nem como ninguém impedir que os dois ficassem juntos a todo o tempo, a todo o baile. E até aconteceu o raro momento em que Lup só pensa numa garota, no meio de outras dez.

O fim de semana passou e Lup tomou a certa decisão de alugar um quarto no Spa de Ruh, para tentar se reaproximar de Verônica. Alugou o quarto 3, no qual haviam mais quatro para ele escolher nos andares de 1 a 5. Não demorou para ele fazer amizade com os garotos que lá estavam nos outros andares. Muitas pessoas o alertava sobre os quatro, que vinham a ser metidos e orgulhosos a ponto de acabar com a vida de um. Mas toda tarde, lá estava Lup a conversar com eles: Raul, Luca, Pedro e Mário. Raul era namorado de Pop, e não deixava que ninguém tentasse mexer com ele; Luca era terrível de cheio de si e principalmente de sua namorada Jasmim; Pedro era solteiro e sentia raiva, especialmente de Lup, pois dele todas as garotas se aproximavam; Agora o outro rapaz Mário era simples como criança, incapaz de fazer mal a uma mosca.

No dia seguinte, Pop e Jasmim se esbarraram com a correria de Lup. Ele olhou surpreendido com olhar de desculpa para elas e elas se encantaram com rostos de alucinadas. Lup continuou seu trajeto e Pop e Jasmim terminaram seu namoro após se apaixonarem por Lup. Raul se enfureceu e ficou a ponto de matar Pop. Já Luca, prometeu a si mesmo que não sossegaria enquanto não acabasse com Lup. Jasmim era dessas sonhadoras que adorava sonhar. Já Pop, gostava de colocar em prática. Raul x Luca x Mário, todos querendo acabar com a vida, felicidade, sonhos, tudo que fosse de Lup. Mas pelo seu amor à Verônica, Lup continuou no Spa.

Mais tarde, Pop foi até o quarto de Lup e deu em cima do garoto, disse que o amava e pediu para namorar com ele. O garoto negou e disse que precisava fazer outra coisa. Ela, brava, saiu do quarto.

Dois dias depois, Lup percebeu que sua agenda secreta havia desaparecido e sentiu-se ameaçado, mas tudo se acalmou quando o garoto percebeu a capa da agenda na boca de seu cachorro, assim chegou à conclusão de que ele havia a comido.

Depois de cinco dias, a vida de Lup estava na mesma, cada dia ele se encontrava com uma das garotas. Logo ao amanhecer, quando já era hora de os carteiros passarem, Lup recebeu uma pequena encomenda e logo abriu-a. Viu que se tratava de uma caixa rosa e logo deixou de lado, pensando ser uma péssima brincadeira. Jogou-a pela janela e saiu de casa. Foi para uma balada e voltou já era madrugada. E logo quando acordou já recebeu a notícia de que Rúbia haveria sido assassinada. Foi uma tristeza como se estivesse acontecido algo com sua família. Ele foi até onde se encontrava o corpo de Rúbia e viu que ela estava infectada por um cordão envenenado, no qual havia uma agulha que lhe matou. A angústia foi se passando e Lup se juntou à polícia, a fim de encontrar o culpado. E mesmo assim continuou a se encontrar com as outras garotas a ponto de esquecer a angústia.

Após três semanas, Lup acordou e outra encomenda estava por lhe esperar: dessa vez uma caixa roxa e ele, mesmo bravo, abriu-a. Lá dentro estava uma cópia do óculos do mesmo modelo em que Paloma usava. Então pegou-o e guardou. E foi logo à tarde, quando Lup foi se encontrar com Paloma, que a encontrou sem vida, por seu pulso asfixiado. Lup já começou a pensar quem seria o desgraçado e se viu cair num buraco. A polícia continuou cada vez mais forte nas buscas, mas não encontrara culpado para nenhum dos assassinatos. Logo após chegar no Spa, Lup começou a comparar as caixas de encomendas que recebera e a morte das garotas. Correu até o beco que dava da janela até seu quarto e procurou pela caixa que havia jogado pela janela. Não encontrou em lugar algum, mesmo depois de ter revirado todo o local. Foi aí que ele saiu para ir embora, quando tropeçou num vaso de flor, derrubando-o. Encontrou a caixa lá atrás do vaso. Foi para seu quarto, e lá abriu a encomenda, que era uma toalha com a inicial “R”. Com isso ele se alucinou cada vez mais e propôs que Rúbia e Paloma haviam sido assassinadas por um mesmo assassino. Desceu para o andar neutro, e se colocou a relaxar. Lá encontrou todos: Verônica o olhou fazendo crítica de choro, Raul ria de sua cara, Luca afirmava acaba-lo e Pedro o mostrou que está de olho nele. Então, Lup, em seu pensamento jurou descobrir e acabar com quem está debaixo desses crimes. Passou um mês e dessa vez quem recebeu encomenda foi o Spa. Foi Ruh quem a pegou e não entendeu o significado de ter recebido uma caneca com a inicial ”S”. Depois pensou que poderia ser de Spa e colocou-a em seu quarto. Foi logo no dia seguinte que encontraram Sofia deitada no chão do Spa toda cheia de sangue, com uma caneca de suco ao seu lado. Foi então que comprovaram que o suco da garota viera a estar envenenado, e para comprovar que ela morreria mesmo, o assassino a deu um tiro. Para complicar a situação, a caneca onde Sofia bebia, era idêntica à que Ruh recebeu. Continuaram ás buscas e puseram a dar depoimentos. Lup queria de todo jeito, livrar Verônica desses crimes, mas sabia que era possível a garota estar envolvida neles.

Dois dias depois do acontecido com Sofia, Jasmim anunciou a todos que viera para morar no Spa junto com Pop. Além de já estar procurando espaço a um bom tempo. Lup até pensou na garota envolvida nos crimes, mas todos lá sabiam que Jasmim era ingênua, incapaz de pensar em simples coisa, imagina numa dessas.

Lup subiu até seu quarto e fechou a porta. Depois pela janela, viu Luca passando correndo para o outro lado do Spa, e logo avistou, em sua cama, um envelope sem nome de remetente, que só dizia à letra de forma:

-NÂO VAI SER FÁCIL ME DESCOBRIR. VOU ACABAR COM UM A UM.

Lup sentiu um frio descer por todo o seu corpo. Desceu às pressas para o andar neutro e encontrou Raul de longe com um envelope branco, idêntico ao que ele havia encontrado em sua cama. Se aproximou do garoto e ele logo escondeu o “misterioso” envelope. Para Lup, a história passou a ter dois suspeitas principais, no qual se constavam Luca e Raul. Mas isso não poderia ser afirmado ainda.

A única coisa que se colocou a fazer foi proteger uma a uma. Todo dia ele marcava um encontro com elas para ver se tudo corria bem, até porque, no período da noite, Lup tinha aula de Geometria e não poderia faltar. E acho que foi nesse próprio tempo que o assassino aproveitou para fazer e realizar crimes, pois foi logo depois de duas semanas que na casa de Lup duas mascaras de olhos verdes apareceram amarradas numa corda. Mesmo antes de verifica-las, Lup já pegou um taxi e correu até a casa de Lira, a única garota de olhos verdes. Mas, não a encontrou em casa, e nem o celular ela atendia. Lup chegou à conclusão de que o pior já teria acontecido. Mas não fazia ideia de onde poderia estar o que restou de Lira. Cansado de procurar e não achar, Lup voltou ao Spa, onde percebeu um movimento estranho. Ruh, estava muito assustado, como todos os outros que lá se encontravam. Foi aí que ele percebeu que Lira estava assassinada ali mesmo, após uma corda prender seus pulsos. Lup, agora, sem dúvidas, confirmou que o assassino faz parte do Spa, e se encontra morando lá. O caso só estava se complicando, e a polícia estava só colocando a culpa encima de Lup, pelo fato dele ser namorado e ter tido um caso com todas elas. Por isso, ele deveria dar depoimentos todos os dias, e na opinião da Polícia Militar, Lup era o maior suspeito envolvido nos crimes. Porém, só ele sabia a tristeza no peito que se sentia, após cada garota que havia sido assassinada, só ele sabia o ódio que ocupava a tristeza de descobrir quem está por baixo dessa história, para poder acabar com todo o problema e com quem está acabando com a sua vida.

Os dias foram se passando e nada mais que depoimentos foi realizado. Parece que o “Causador” de tudo esperou uma semana a mais para agir, pois foi logo depois de três semanas da morte de Lira que uma encomenda apareceu no Spa, porém demorou para alguém dar interesse a ela. Jasmim a encontrou e abriu, encontrando uma máscara, de olhos azuis, mas Pop não deu a mínima importância, e puxou a amiga a fim de leva-la até a área da piscina. Lá relaxaram e esperaram Lup chegar, a fim de puxar conversa com ele, mas com a correria dos acontecidos, Lup não deu a maior atenção de todas. Jasmim se entristeceu e Pop saiu bravamente da piscina, deixando a amiga sozinha.

Lup marcou um encontro com todas as garotas no seu quarto de Spa: Isabella, Pérola, Camila, Laíz, Patrícia e Rachel. Nada de errado. Todas compareceram sem demora. Estava cada uma sentada num lado da cama e Isabella estava na cadeira. De repente, Isabella caiu, desacordada. Risos se espalharam, ao pensar que a garota havia escorregado, mas ele logo terminou quando Lup percebeu que uma flecha a havia acertado por trás. A polícia logo chegou, e dessa ela pôde livrar o Lup, pois ele se encontrava dentro do quarto, juntamente das garotas. Nada de encontrar assassino, mesmo sabendo que ele se encontrava dentro do Spa. Lup já se sentia culpado e, já não conseguia mais conter as lágrimas.

Uma semana mais tarde, lá estava um recado na caixa de correio de Lup, escrito também, naquelas mesmas letras de forma:

-CUIDADO COM O QUE FAZ, ESTOU DE OLHO EM VOCÊ, QUANDO VOCÊ MENOS ESPERA.

Lup já estava se irritando com a história, apesar da angústia de perder suas garotas e não poder ao certo, fazer nada. Sua maior preocupação já seria proteger as garotas que ainda estão vivas. Para ele não estava sendo nada fácil aturar toda essa história, e pensava que seria melhor ter se apaixonado somente por Verônica. Mas agora que já aconteceu, sua missão é protege-las de todo o mal.

Rachel marcou um encontro com Lup, e afirmou ter um assunto muito importante para tratar. Pensando no bem das outras girls, o boy as trancou num quarto totalmente fechado, até que ele voltasse. Lup acompanhou a ruivinha até um restaurante próximo ao Spa, onde a garota primeiramente, quis falar dos crimes. Diz que tinha medo e o principal deles é morrer e levar outra pessoa junto. Lup não entendeu nada e quis saber do que realmente tratava o assunto. Com uma voz trêmula e amedrontada, Rachel disse a Lup, que se fosse assassinada, uma outra criança se encaminharia junto a ela. Foi então que Lup deixou a ficha cair, que em meio a tantas tristezas, uma imensa alegria surgiu: ele seria pai. A preocupação total foi proteger com mais confiança Rachel, para não deixar que nada a aconteça. Preferiram também, manter segredo, para evitar maiores confusões.

Uma semana mais tarde algumas letras foram espalhadas pelo Spa. Quando Lup viu a sua letra recebida, se desesperou, pois percebeu que era “R” e correu atrás da mãe de seu filho. Chegou ao quarto de reserva do Spa onde Rachel se encontrava e percebeu que ela estava bem. Colocou-a a seu lado e na sala encontraram a letra “E” e pensaram que um nome estava por se formar. Raul se encontrava na sala, mas não dava a mínima importância àquela letra. Lup esbarrou com Luca e ele nem percebeu a presença do alheio. Estava sendo ignorado. Perceberam também a parte de uma letra no bolso de Luca. Continuaram e encontraram a letra “P”. Ou seja, quem corria perigo era Pérola. Correram até o hotel onde se encontrava a garota, mas lá já estava-a morta, por seu pescoço atingido por outra flecha venenosa. Ou seja, o assassino entende bastante de flechas. Velaram-a e Lup, já não contendo as lágrimas, voltou ao Spa acompanhado de Rachel, onde percebeu Pop jogando flechas e acertando perfeitamente o alvo.

-Vejo que sabe jogar bem as flechas, Pop. -Disse Lup.

-Imagina garoto. Foi Raul quem me ensinou.

-E para que está treinando ao alvo? -Interferiu Rachel.

A garota se avermelhou toda, mas respondeu:

-Participarei de um concurso na cidade de minha mãe.

Não teria motivo para desconfiar de Pop, mas de Raul... Primeiro ele se zangou com Lup, depois a risada crítica, o envelope em sua mão, agora as flechas. Era preciso descobrir logo o assassino. Lup seria pai e não poderia perder seu primeiro filho.

Encomendas chegaram para o Spa, e quem as recebeu foi Lup. Eram dez caixas como as que Lup recebia, mas elas estavam vazias. Foi então que percebeu que cinco era para o quarto de Verônica e as outras cinco para o quarto de Jasmim e Pop. Lup estranhou, mas chegou à conclusão de serem apenas caixas e eliminou as garotas da lista de suspeitos.

Lup saiu para fazer compras e trancou Rachel no seu quarto. Quando ele retornou, lá estava Rachel com uma encomenda na mão, onde se encontrava uma toalha com uma criança desenhada. Rachel logo pensou:

-Lup! Meu Deus! Será que descobriram que venho a estar grávida?

-Calma Rachel, irei proteger vocês. Com você nada vai acontecer. É só ter calma e ficar atenta nos detalhes.

Mais tarde eles entraram num táxi, para perceber o movimento da cidade. Mas o significado da criança eles não entenderam. Num bairro a 12 quarteirões do Spa, estava Camila, desesperada ao receber um bilhete:

-SUA FILHA ESTÁ COMIGO! BAIRRO 15. VENHA SOZINHA OU SUA FILHA NÃO SAIRÁ VIVA.

No silêncio da tarde, do quarteirão 15, lá estava Camila, à procura de sua filha. Na porta de uma casa estava escrito Camila e foi lá que ela entrou. Logo que subiu as escadas, caiu rolando. Ela estava escorregadia, com sabão e água. O assassino de lá saiu e arrebentou com uma faca, os pulsos da mulher. Porém, Carol não se encontrava lá. Não passava de uma intimação falsa para capturar Camila. Lup logo encontrou Camila e aí sim entendeu o significado da criança. Camila era independente, linda, carismática. Nem Rachel conseguiu conter as lágrimas. Principalmente, quando lá estava Carol a abraçar o corpo da mãe.

Logo ao saber da morte de Camila, o pai de Carol veio até onde ela se encontrava e assumiu a guarda da filha.

Já no Spa, Rachel perguntava a Lup:

-Não estou entendendo. Como sabem onde cada uma de nós moramos e um pouco sobre nossas qualidades e vida pessoal?

- Não! Não pode ser!

-Oque Lup? Oque foi?

-A agenda! A agenda! -Respondeu Lup apavorado.

-Que agenda? Que história é essa?

-Minha agenda desapareceu. Antes dos crimes começarem. Pensei que meu cachorro tivesse a comido. Mas agora as peças se encaixam. Lá falava tudo, sobre cada uma de vocês. Meu Deus! E agora?

-O que já foi está feito! Mas agora é até mais fácil. Quem estiver com a sua agenda é o criminoso. -Disse Rachel, consolando Lup.

Começaram a investigar agora, também sobre a agenda, mas nada viera a ser encontrado.

Duas semanas depois disso, o Spa recebera uma máquina fotográfica e um balão com uma data. Lup viu a máquina, mas mesmo com a ajuda de Rachel não entendeu o significado. Mas quando desceram e encontraram o balão com a data, a ficha caiu:

-Veja Rachel! -Disse Lup -A data de aniversário de Laís! A máquina deve ser para mostrar que ela é popular.

Ligaram para Laís, mas um recado dizia que ela estava no shopping. Foram até lá, e a sala do salão de beleza havia sido queimada.

-Coincidência! Logo no momento em que só Laís estava lá. -Pensou Lup.

Mais tarde, após Laís ser velada, Lup acompanhou Rachel até uma clínica, onde ela descobriu que estava grávida de uma menina. Escolheram o nome de Clara. Voltaram para casa mais felizes e dois meses se passaram, nada do assassino agir. Rachel não poderia mais sair do quarto, pelo motivo de sua barriga estar bem grande. Mais um mês se passou e nada de errado. Porém, quando Patrícia voltou de viagem, as coisas mudaram novamente. Um óculos se encontrava no fundo da piscina e no dia seguinte, ela estava morta afogada, asfixiada, flutuando na piscina do Spa. Lup desceu e Rachel ficou escondida na suíte do quarto. Recolheram o corpo de Patrícia e Lup subiu, já com os olhos cheios de lágrimas e encontrou Rachel chorando, desesperada:

-Lup, a próxima sou eu. E agora?

-Calma, só espere com calma!

Uma semana se passou e a hora de Clara nascer chegou. Rachel deu à luz no quarto, para se prevenir do pior. Clara veio linda, ruiva como a mãe, e o rosto era todo de Lup.

Passou um mês e já era todos que sabiam da existência de Clara e o assassino logo resolveu agir. Rachel ainda estava com os pontos do parto na barriga. Mais tarde, Lup trancou Rachel e desceu para dar banho em Clara. O assassino aproveitou a oportunidade e com a chave reserva do Spa, ele abriu a porta e enforcou a ruiva garota. Rachel logo morreu, sem mais nem menos, de uma vez. Lup subiu e a encontrou toda rocha, desesperou-se e o médico confirmou a morte da garota. Ela foi rapidamente levada para a cínica e Lup se viu cuidando sozinho de Clara. Uma semana depois ele se mudou para outra casa, mas seu quarto no Spa continuou reservado. Mais tarde, ele contratou uma babá, para que ele pudesse sair e trabalhar. Clara ficou com a babá e os anos foram se passando.

Três anos depois...

Clara já tinha três anos, e nem assim, Lup desistiu de encontrar o culpado. Visitava o Spa todo dia e ninguém havia se mudado. Dessa vez, ele levou Clara. A pequenina se encantou com Verônica e passou a chama-la de fada protetora. Verônica se emocionava muito e também amava a pequena. Depois de um tempo, Verônica e Lup saíram juntos e foram à um restaurante. É claro que rolou beijo, e a Clara sentada, aplaudiu. Ele disse para ela que sempre a amou acima das outras garotas e que fez burrice ao trai-la. Meio que fizeram a reconciliação, mas não voltaram a namorar. Voltaram a pé para o Spa, a fim de conversar mais. Verônica foi levando Clara no colo e eles começaram a conversar. E logo no meio do caminho, Verônica começou com um assunto estranho:

-Lup... -disse ela.

-O que foi Verônica?

-O que você faria se eu te dissesse que eu...

-Você o que?

-Que eu matei as garotas?

Houve um silêncio total e Lup se atreveu a falar:

-Como, Verônica? Você matou as garotas, uma por uma? Como pôde? E agora está tão próxima da Clara... você matou a mãe dela.

-Para de brigar! -Interferiu Clara com voz de choro.

Um silêncio se instalou.

-Mesmo assim você ainda me ama? -Perguntou Verônica

-Amo! Não sei como, mas amo!

O silêncio agora foi para presenciar o beijo dos dois.

Verônica sentou num passeio e disse:

-Eu não matei ninguém. Na verdade, com ciúmes eu estava, mas não seria capaz de uma coisa dessas. Mas eu sei como te ajudar a descobrir quem foi.

Voltaram ao Spa, e anunciaram que estavam namorando. Ruh quase brigou com a garota, mas deixou ela seguir feliz o seu caminho. Já o assassino, se colocou na vontade de acabar com mais uma alegria de Lup. Verônica combinou de dar um discurso e logo depois começaram o plano. Fizeram uma comemoração e Verônica se fingiu de bêbada:

-Galera. Óh! Estou subindo, quem quiser me fazer companhia, pode.

Ia saindo, quando voltou:

-Ah, outra coisa. Quero que vocês saibam que eu desejo morrer em câmera lenta, quando for minha hora. – Assim ela subiu.

Pop, Luca e Raul saíram da sala minutos depois. Lup correu e através das escadas do fundo, se escondeu na suíte de seu quarto. A porta do quarto se abriu e a ponta de uma arma se encostou em Verônica, com uma voz que dizia:

-Acabou para você, Verônica!

Logo, Lup saiu e apareceu.

-Meu Deus! Você? Como pôde Pop? Desgraçada.

Verônica, bem espantada, da mesma forma que Lup, retirou a arma da mão de Pop.

-Lup... -Retrucou Pop.

-Você é covarde, eu te odeio. Não acredito ainda. Como pôde, idiota?

Pop sem reação, tentou se explicar:

-Não sei como foi tão esperto assim. Você não me dava “bola”, mas com as outras era diferente. Você mereceu!

Verônica, mais que depressa, ligou para a polícia, e Pop foi intimada. Mas, mesmo assim, Pop tentou sair da situação e ainda tentou acabar com eles. Pegou um vidro de álcool e jogou no chão, juntamente com fogo. O quarto se pôs a chamas. Lup carregou Verônica no colo e a levou para fora, porém, Pop não conseguiu sair e ficou presa lá dentro, e acabou morrendo. A história foi esclarecida para a polícia e eles finalmente ficaram livres dessa complicação. Reviraram o quarto de Pop, e lá encontraram a agenda de Lup, o que confirmou, sem dúvidas, que o assassino era Pop.

Acabou que o namoro que era de mentira virou de verdade, e foi depois de três meses que Verônica ficou noiva e se casou com Lup. Foi Clara quem levou as alianças e eles foram muito felizes. Clara agora até tem um novo apelido para Verônica: Mãe. Formaram uma família e viveram felizes, e Lup aprendeu, que família, você constrói com uma só pessoa que você mais ama. Além de ter aprendido que Deus te tira uma situação, para te dar outra melhor.

Taíssa
Enviado por Taíssa em 18/08/2016
Reeditado em 19/08/2016
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