Decisão Perigosa

A vida de Carmen sempre foi visitar os parentes que moravam longe e se dedicar ao trabalho. Ela não queria nenhum relacionamento no momento, pois não queria se apaixonar e se prender a alguém, já que estava indo tudo muito bem em sua vida pessoal e profissional.

Trabalhando como repórter e amando a profissão, ela gostava de desafios, arriscando os perigos do mundo a fora, e trazendo suas notícias para criar reportagens e ser cada vez mais bem sucedida profissionalmente.

Carmen morava sozinha, pois tinha saído da casa de seus pais e conseguido sua independência muito cedo, aos 20 anos de idade. Batalhadora e confiante, sempre se sentiu bem em ficar sozinha não tendo problema algum.

Tudo ia bem na vida de Carmen, até ela explorar os aspectos mais sombrios da realidade e seguir sua curiosidade aventureira.

Assim, Carmen encontrou uma Cabana escondida, isolada e misteriosa em uma noite no meio das Montanhas e Rochas em um lugar distante.

Como Carmen era muito curiosa para desvendar os mistérios mais ocultos, Carmen logo quis entrar na Cabana e investigar o que havia lá. Seu parceiro de trabalho, Saimon, sabia que aquela Cabana tinha histórias assombrosas de assassinato.

- Carmen, há indícios e histórias reais de corpos que foram decepados e que estão naquela Cabana. É melhor não entrar lá, por favor. – Disse Saimon meio amedrontado.

Não dando importância ao que o amigo disse, Carmen não hesitou.

- Deixa de bobeira, Saimon! São apenas lendas contadas e nada mais. – Retrucou Carmen.

O aviso era certo, mas nem isso fez com que Carmen voltasse atrás, pois não acreditou em seu parceiro.

A Cabana era um lugar totalmente proibido de entrar, justamente pelas histórias de Horror, mas nem Carmen e nem Saimon sabia disso.

Então Carmen decidiu entrar e Saimon ficou do lado de fora para vigiar o local.

Ao entrar, Carmen se depara com corpos cortados em decomposição, ratos e outros insetos comendo as carnes dos cadáveres.

- Ahhhhhhhhh!!! SOCORRO!!! – Gritou Carmen.

O desespero era grande. Carmen saiu correndo deixando Saimon para trás. Até que Saimon a alcançou.

- O que aconteceu?! O que você viu?! – Perguntou Saimon.

- Me tira daqui! Não quero ficar nesse lugar!

Saimon a levou para o carro e dirigiu até a casa de Carmen.

No outro dia, Carmen não foi trabalhar, pois estava ainda em choque pelo que viu.

Traumatizada e com muito medo, Carmen pediu licença no trabalho por tempo indeterminado, a fim de se recuperar, mas o pesadelo estava apenas começando...

Quando Carmen ficava sozinha, passava a ver e ouvir cenas de mortes com decepamentos, estrangulamentos e órgãos sendo retirados das vítimas.

As lembranças das imagens cruéis, ficaram no consciente de Carmen, piorando ainda mais o seu quadro.

Os dias se passaram e Carmen já não comia, não dormia, não saía de sua casa, estava pesando apenas 35 kg e estava ficando quase paranoia com aquilo tudo.

Seu parceiro Saimon ligava para ela, mas nem atender o telefone ela conseguia.

Até que Saimon foi visitá-la para ver como ela estava. Quando chegou, não acreditou no que viu. Carmen toda debilitada.

- Meu Deus! O que aconteceu com você, Carmen?! – Perguntou Saimon pasmado.

- Saimon, me tira desse lugar... Me leva para um lugar bem longe daqui. Não quero mais ter que conviver com as lembranças que vi naquela Cabana. - Disse Carmen quase não saindo sua voz.

Carmen estava certa de que precisava passar um tempo longe daquela cidade. Só assim ela iria se recuperar e esquecer aos poucos o trauma vivido.

Não podendo ficar ali parado vendo sua amiga padecer, Saimon imediatamente pegou Carmen e a levou para o Hospital.

O doutor analisou o diagnóstico de Carmen e pôde afirmar que era um quadro grave de Transtorno Mental causado por alguma situação frustrante.

Assim, ele recomendou que Carmen tivesse sobre acompanhamento frequente e Terapia diária para a melhora dos sintomas.

Saimon decidiu cuidar de sua amiga até que ela melhorasse.

Quando saíram do Hospital, Saimon colocou-a no carro de volta.

- Carmen, tenho uma casa do outro lado da cidade. Eu vou te levar pra lá e cuidar de você. Lá você ficará melhor, longe de tudo o que passou e se sentirá bem. – Disse Saimon.

- Mas e seu emprego? – Perguntou Carmen.

- Eu peguei umas férias e disse que é caso de emergência familiar. Não se preocupe. Lá tem telefone para você avisar seus familiares, roupas e tudo mais.

Carmen deu um suspiro de alívio por saber que nunca mais voltaria a sentir aquela sensação cruel de tortura Psicológica.

Saimon ligou o carro e eles viajaram aquela manhã.