Relação Mortal

Augusto era um homem que morava com seu irmão mais velho Diego.

Os dois se mudaram de cidade deixando seus pais, em busca de Trabalho.

Como eram unidos, se davam bem. Dividiam as despesas do aluguel, um ajudando o outro.

Diego era sossegado em relação a namorar, mas por outro lado, Augusto era do tipo "mulherengo" e não ficava um dia sem sair para encontrar uma companhia.

Em uma noite de festa, estava Augusto em um Baile que gostava de frequentar de vez em quando.

O ambiente tocava uma música triste ao som de um Piano, quando Augusto avistou uma linda mulher de cabelos pretos, lisos e longos, magra e de aspecto sofrido que o observava sentada sozinha na mesa do canto.

Logo ele se apaixonou pela beleza dela, e foi ao seu encontro.

- Olá, posso me sentar aqui? - Perguntou Augusto.

- Oi, claro que sim...

- Como se chama?

- Sabrina.

- Sou Augusto, muito prazer...

- E você é de onde? - Perguntou Augusto ofegante.

- Sou de um lugar distante e afastado... Garanto que você não vai querer saber de onde sou. - Disse a mulher com um olhar maléfico.

- Tudo bem, eu entendo. Você quer se privar por não confiar em um estranho. Mas qual sua idade?

- Não é elegante perguntar a idade de uma mulher.

- Nossa... Me desculpe... Acho que você está nervosa por não me conhecer direito... Vou pegar uma bebida pra gente. Assim você fica mais calma... - Disse Augusto rindo.

Ele tinha ido pegar a bebida, e quando voltou, a mulher não estava mais lá.

Augusto não entendeu o que aconteceu e ficou sem saber o que fazer.

De repente, um vento gelado tomou conta do lugar e Augusto sentiu um calafrio em sua espinha.

Olhou em volta do local e não via mais ninguém. Estava completamente sozinho e a música sombria tinha parado de tocar.

Logo Augusto tenta sair de lá, mas todas as portas estão trancadas. Fica desesperado e com medo, mas não desiste e continua batendo na porta gritando socorro, mas de nada adianta.

Nesse momento, a música volta a tocar, porém dessa vez, muito alto.

Augusto vai procurar de onde vem o som, e quando vira-se, dá de cara com Sabrina. O rosto dela está transfigurado, seus olhos de zumbi, sua boca aberta e seus dentes podres.

Então pôde-se ouvir um grito maléfico, assombroso e repugnante trazendo um forte e insuportável odor de podridão que logo tomou conta do lugar.

Augusto caiu desmaiado.

Quando acordou, estava em sua casa deitado em sua cama e sentia tontura. Já era por volta das 11 horas. Seu irmão tinha saído.

Quando estava se levantando, Augusto encontrou algo ao lado do seu travesseiro. Era um bilhete que dizia:

"Não pude te dizer de onde sou e nem minha idade. São regras desse lugar. Mas se estiver curioso e quiser saber, pesquisa na Internet sobre meu nome, Sabrina Silveira.

Foi bom te ver e saber que logo te levarei comigo."

Ass.: Sabrina.

Augusto estava sem entender nada daquilo tudo, e resolveu fazer o que estava escrito no bilhete.

Ao escrever o nome da mulher, viu que abriu uma página de notícia que dizia:

"Sabrina Silveira, falecida há 5 anos por assassinato ao dar informações pessoais de sua vida à um estranho."

Augusto ficou pasmado e assombrado. O desespero tomou posse dele por completo.