THE WALKING DEAD - THE TRAIN - CAP.1 - CONTINUEM CORRENDO

"The Walking Dead The Train" se passa no mesmo universo da série. Rick e seu grupo partem para uma história intrigante e estarrecedora cheia de perigos e novidades! Nossos sobreviventes recebem uma pequena "esperança" quando descobrem um trem que pode ser a chave para tudo que está acontecendo neste terrível cenário apocalíptico.

Aventura, drama, terror e ação misturados com idéias novas do escritor André Brandão.

O autor busca frisar alguns pontos chaves para elucidar algumas questões sem sair da essência da série e ao mesmo tempo continuar com o ar de mistério.

Pra você que é fã será uma ótima pedida enquanto espera novos episódios da série, esta história vai mexer com sua imaginação, fazer você questionar a vida, vai abalar um pouco seus nervos e certamente superar suas expectativas.

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Suspiros ofegantes e passos rápidos... Mais uma vez... Correndo como animais de caça numa densa floresta.

Dá pra observar em seus rostos o cansaço, correm com o resto de força que lhes restou, aquele tipo de força que só usamos em momentos de extrema adrenalina, seja ela causada por euforia, dor, medo, enfim, algo fora do normal.

Neste caso perante o medo de ser mais um abraçado pela morte e pela maldição do pós-morte, quando se é involuntariamente castigado a retornar em uma situação animalesca e em trevas... Tornar-se um errante!

— Continuem correndo! Diz Rick com olhar firme e vigilante! Atento a todos os lados...

Rick, Darl, Carol, Carl , Glenn, Maggie, Beth, Michome, Abraham, Rosita, Tyreese e Sasha ... São o grupo dos sobreviventes.

Com eles a destreza de quem sabe bem escapar neste terrível cenário apocalíptico!

Já era fim de tarde e corriam entre as arvores, com maestria... O olhar de Daryl surge, por trás de um dos pinheiros... Ninguém nunca os ensinou táticas de guerra, mas agem como se fossem soldados treinados, do menor ao maior... Enquanto uns fogem, outros vigiam, dando-lhes cobertura.

Carol tem a pequena Judith amarrada às costas. Rick segue em frente! Armas apontadas, qualquer um pode ser alvo passivo de morte, a lei é matar para viver.

— Trééek! Trek! Algo vem na direção deles, movendo-se e rapidamente! O barulho vem, e toma proporção maior. Michome arregala os olhos suspirando, vira-se para Carol, acenando para que ela se afaste e proteja Judith, ela envolve a garotinha com um manto e segue.

O temor que pairava dentre eles era de que, depois de tudo que haviam passado, ainda tivessem de passar por mais um ataque, sem ao menos se recomporem.

— Venham comigo! Rick fala discretamente, gesticulando! Seu rosto está péssimo desde a última luta!

Subitamente vem algo dos céus e cai perto deles, um objeto pequeno como uma esfera, quica seguindo na direção de Abraham!

— Bomba de gáááás! Ele bradou!

Imediatamente do objeto surge uma fumaça que se eleva rapidamente... Houve gritos como de comandos!

O grupo de Rick se esconde...

— Matem todos! Alguém grita!

Dentre a fumaça há silhuetas de pessoas, movimentando-se bruscamente... E em posições estratégicas.

Faz-se um silêncio estarrecedor, e depois... Surgem assovios... Rick e Darl se olham, por detrás das arvores, entendendo que os assovios eram algum tipo de comunicação... No grupo de Rick ninguém ousa emitir som algum! Há somente suor e tensão.

No tumulto, alguns homens transpassam a fumaça, parecem soldados, alguns que surgem não são, e nada é nítido nesta confusão onde ocorrem vários tiros.

Carl está bem atrás de seu pai quando passa um dos homens, em posição de ataque segurando firmemente um fuzil , capacete, óculos, roupas camufladas, nitidamente era um soldado, Carl ameaça um avanço.

— Não! Não! Acenou Rick, falando só com o sussurar nos lábios e meneando a cabeça com seus olhos tensos.

O soldado armado avançou rapidamente sem perceber que havia alguém ali, parecia estar tão nervoso quanto eles. Passou por Carl, ele se comunicava através de um rádio. De repente, uma avassaladora movimentação de carros, e um barulho contínuo, seguido de forte vento toma conta do lugar. Eles se encontravam em meio a um violento confronto.

O barulho que aumentava era o de um helicóptero, ao se aproximar o vento assolava o local. Foi então o momento que facilitou a fuga de Rick e os outros.

Uma ordem de comando do helicóptero:

— Recuar!!! Em alto tom vindo de um aparelho sonoro.

Uma metralhadora começou a disparar violentamente em direção aos carros desconhecidos entre as arvores, aquilo talhava todo o local. Houve correria e dispersão, alguns daqueles homens estranhos morreram ali.

O grupo já se encontrava longe do tumulto. Carol junto de Beth, segurava Judith, sob o peito com força, sua mão envolvia a cabeça da bebe, Glen, Meggie, Rick, Darl, Carl e Michome logo se aproximaram. Eles estavam juntos, a estratégia de afastamento teria sido um sucesso, mas a medida que se afastaram o grupo se fragmentou em dois, isso só foi percebido depois. Abraham, Rosita, Tyreese e Sasha, foram para outro lado, e já não se sabia mais nada sobre eles.

— Meggi você está bem? Indagou Glen. Ambos se encontravam sentados e com respiração ofegante.

Ao avistar uma clareira, já bem longe, todos se sentaram e descansaram por uns minutos.

De longe notava-se o aparecimento de vários errantes, aquele barulho todo os atrairam para aos arredores... Michome desembainhou sua espada suja de sangue seco, Darl e Rick com facas, foram se levantando um a um na direção daqueles errantes tenebrosos que se aproximavam, o grupo tinha de ser silencioso nos ataques, já que além dos monstros haviam pessoas desconhecidas e possíveis ameaças, os quais ninguém fazia ideia de quem eram e de onde vinham.

— O helicóptero se foi, mas os inimigos dele ainda estão por aí! Disse Darl. - Vamos nos afastar ainda mais desse lugar!

Desviando-se dos errantes eles seguiam também por um caminho oposto ao do lugar do confronto, embrenhavam-se no meio de arbustos, entravam cada vez mais no seio de uma imensa mata.

Ouviu-se distante alguns assovios...

Depois daqueles sinistros assovios houve barulho de carros acelerando e se retirando, aos poucos tiveram certeza de que os estranhos se retiraram por completo.

— Ufa! Glen olhava Meggie e sentia-se aliviado!

— Estou bem! Disse Meggie, encostou sua cabeça em uma arvore, em pouco tempo começou a chorar. Enfim era um suspiro após a fuga de agora e da guerra com o Governador... Ela não tivera tempo pra soltar a angústia que lhe apertava no peito, pensando na morte do pai, sua irmã Beth logo veio abraça-la e chorar junto dela.

Rick desvia o olhar daquela cena, Carl sentou-se com os braços sob os joelhos, tirou o chapéu que ganhara de seu pai, o cabelo do garoto estava molhado de suor e seu rosto sujo como o de um garimpeiro.

Exaustos de tanto recomeçar...

Rick olhou para Carl, viu que estava bem, conferiu sob Carol sua filha Judith, descobrindo o manto, revelou aquele rosto, lindo, era realmente algo maravilhoso de se ver mesmo naquela situação... Brotou-lhe um sorriso com o canto dos lábios! Sorriso de um pai aliviado. — Minha filha, prometo que vou lhe proteger! Disse encostando a testa em Judith.

Darl do pouco que sentou já estava a circundar o local, analisando o terreno, as possibilidades de alimento, pousada, pistas, mas era somente uma mata desolada, eles tinham pouca água e quase nada de comida.

— Descanse um pouco Daryl disse Carol

— Hum... Como que com um grunhido Daryl respondeu e completou: - Não temos tempo para isso! Dois grupos acabam de se enfrentar em nossa frente! Provavelmente um deles, ou até mesmo os dois grupos serão nossos inimigos. Ele estava agitado.

— Eu ví soldados! Carl comentou em voz alta, para que todos alí soubessem.

— E eu vi um homem estranho sobre uma caminhoneta, ele observava tudo e parecia dar os comandos. Não se vestia como soldado, ele usava roupas comuns e tinha um bigode. — Ah! Tinha um taco de basebol nas mãos. Relatou Beth.

— Não sabemos de nada! Disse Glen. - E acho melhor nem sabermos, precisamos de um abrigo... Temos pouca coisa.

Rick olhava o grupo com ar de ainda desorientado, estava preocupado com Judith e tudo aquilo que vira.

Erguendo os olhos enxergou uma montanha onde saia uma pequena fumaça quase imperceptível, era num local de mata, de quase o topo era que vinha a fumaça... Colocou a mão sob a testa e apertou os olhos para enxergar melhor dizendo:

— Vamos para lá!

Não havia saída, não havia pra onde correr ou se esconder. Partiram naquela direção...

... CONTINUA...

André Brandão
Enviado por André Brandão em 09/09/2017
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