O canto da Morte
O canto da morte
O barulho foi ensurdecedor!
O pássaro bateu tão forte na porta da varanda, que duas coisas poderiam ter acontecido:
O vidro trincado ou sua morte pela batida!
Lena preocupada, correu até o quarto.
Nenhuma das duas hipóteses acontecera, o vidro estava intacto e o pássaro ainda respirava.
Colocou-o num canto da varanda para que se recuperasse.
Quando foi deitar, próximo da meia-noite, desligou as luzes e fechou as portas.
Assim que sentou-se na cama ouviu um barulho vindo de fora.
Um grunhido, misto de gemido e sussurro.
Que aos poucos foi se transformando em um suave canto...
De um pulo se levantou!
Como poderia?
Ele estava morto!
Seria outro? Pensou.
Caminhou devagar e abriu a porta de vidro.
O som aumentara, mas não encontrava mais a ave sinistra.
Voltou para o quarto, querendo entender o fato.
"Vou dormir...
Deve ser o cansaço!"
Pegou no sono e não mais acordou...
Fechou seus olhos para a eternidade...
Amanheceu.
E ali próximo, um pássaro cantava e comemorava mais um feito!
A arte de surrupiar almas.
Sempre que perdesse a sua...