O canto da Morte

O canto da morte

O barulho foi ensurdecedor!

O pássaro bateu tão forte na porta da varanda, que duas coisas poderiam ter acontecido:

O vidro trincado ou sua morte pela batida!

Lena preocupada, correu até o quarto.

Nenhuma das duas hipóteses acontecera, o vidro estava intacto e o pássaro ainda respirava.

Colocou-o num canto da varanda para que se recuperasse.

Quando foi deitar, próximo da meia-noite, desligou as luzes e fechou as portas.

Assim que sentou-se na cama ouviu um barulho vindo de fora.

Um grunhido, misto de gemido e sussurro.

Que aos poucos foi se transformando em um suave canto...

De um pulo se levantou!

Como poderia?

Ele estava morto!

Seria outro? Pensou.

Caminhou devagar e abriu a porta de vidro.

O som aumentara, mas não encontrava mais a ave sinistra.

Voltou para o quarto, querendo entender o fato.

"Vou dormir...

Deve ser o cansaço!"

Pegou no sono e não mais acordou...

Fechou seus olhos para a eternidade...

Amanheceu.

E ali próximo, um pássaro cantava e comemorava mais um feito!

A arte de surrupiar almas.

Sempre que perdesse a sua...

Dri Freitas
Enviado por Dri Freitas em 17/11/2017
Código do texto: T6174802
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.