As ruínas

Personagens;

Cidade;

Lojas.

Lola Lisbon; 17 anos.

Garota magra e não muito alta, branca, olhos azuis e cabelos castanho-escuros. Ela tem um irmão gêmeo chamado:

Dimitri;

Os dois se detestam. Seus pais são divorciados há oito anos e ambos moram com a mãe: Annabelle, mal tem contato com o pai.

A mãe tem que se ausentar por três meses para cuidar da irmã doente e deixa-os na casa do pai Theodore, numa cidade pequena no meio do nada.

Dark Hill;

A cidade é pequena, algumas ruas não estão ainda cimentadas existem dois pontos na mesma que chamam atenção, um grande farol e algumas ruínas no meio da floresta; ambos escondem um segredo.

A população da cidade é de apenas 10.000 pessoas.

No centro da cidade há uma grande e larga avenida, donde se situam algumas lojas:

Antiquário;

Dona: Melinda Spencer; 27 anos, casada com John Spencer;

Herdou a loja da avó, seu marido é policial e o casal não consegue ter filhos, esperam há dois anos na fila para adoção.

Barbearia;

Dono: Victor, 49 anos.

Cuida sozinho da loja, é viúvo e mora com o sobrinho.

Dylan, sobrinho de Victor, tem 21 anos. Rapaz alto e de olhos e cabelos negros;

Perdeu os pais quando tinha 4 anos e foi adotado pelo tio. Cursa a faculdade na cidade vizinha, é um futuro arquiteto.

Armazém;

Dona: Liza, 42 anos e é casada, cuida do armazém enquanto o marido Pierre gasta horas nos bares e na pescaria.

Sofre com a atitude de Pierre e quando se atreve a reclamar acaba por apanhar.

Tem uma filha de 10 anos, Delilah.

Delegacia;

Delegado: Christian Owen, tem 28 anos e todos dizem que somente chegou à seu cargo tão jovem porque é ganancioso demais, é solteiro e mora sozinho num chalé atrás da própria delegacia.

Policial 1: John Spencer, 32 anos e marido de Melinda.

Policial 2: Kevin Willianson, 33 anos, detesta Christian e acha que ele é quem deveria se delegado. É casado Com Beth, 26 anos. Casou-se com ela após a mesma engravidar na adolescência, tem dois filhos, Mathew de onze anos e Missy de sete.

Clínica;

Médico e dono: Theodore Lisbon.

A clinica conta também com uma enfermeira, Meredith, a ruiva tem 25 anos e vive tentando fisgar o médico bonitão.

Biblioteca;

Kirsten Richardson cuida da biblioteca e dos arquivos da cidade.

Loja de Ferragens, Mecânica;

Administrada por Blake Redfield, 46 anos e seus dois filhos Mark e Michael, 22 e 26 anos.

Pub;

Há um pequeno bar na cidade, o mesmo toca música ao vivo nos fins de semana e promove a noite do Pôquer as quintas-feiras. Seu dono se chama: Edward, não passa dos 30 anos. Mora sozinho e é conhecido por ser um escritor fracassado.

Escola;

Há uma pequena escola no centro da cidade.

A igreja;

O padre Maurice é austero, tem 72 anos e dizem que guarda segredos sobre a cidade.

Os ciganos;

Há um grupo de 20 ciganos acampados na orla da floresta, logo após as ruínas. O Prefeito tenta expulsá-los a todo custo.

Prefeito;

James Richardson, casado com Kirsten (bibliotecária.)

São pais de Sarah, 18 anos. Patricinha e mimada.

Capitulo um;

. chegada de estranhos.

Ela voltou os olhos azuis na direção da mãe e ficou boquiaberta. “Eu posso ir junto, posso ajudar.” - retorquiu, mas a mãe estava obstinada, passaria três longos meses na casa da irmã e lhe ajudaria com o tratamento, seus filhos passariam aquele tempo na casa do pai.

“Não Lola, está decidido, quero que você e seu irmão estejam de malas prontas dentro de uma hora, a viagem é longa e quanto antes partimos melhor.” – disse Annabelle, num tom de voz que indicava o ponto final da conversa.

Lola e Dimitri entreolharam-se, ambos mais mal humorados do que de costume, cada qual seguiu para seu quarto, sem mais uma palavra sequer, ocupavam-se em fazer o que a mãe pedira.

Não seria nada fácil para eles, aqueles três meses conseguintes. O fato era que mal se recordavam do pai, Theodore. Após o divórcio o médico nunca mais procurara pelos filhos, apenas ligações nos aniversários e natais. Como se aquilo suprisse a falta dele, agora, oito anos sem a presença dele, já não mais se importavam com o fato.

Annabelle levava as próprias malas até a porta malas do carro, quando Lola saltou o último degrau da varanda e seguiu até a garagem também, a grande mala era puxada sem piedade, as rodinhas mal tocavam o chão, batendo de um lado ao outro, com a pressa da adolescente. Com grande esforço ela erguera a mala, empurrando-a no espaço livre do porta malas.

“Deixe-me ajudá-la.” - disse sua mãe, solicita, mas a outra mal ouviu, ou se escutou ignorou por completo, e agora com uma força que não tinha, conseguiu finalmente empurrar a bagagem até o fim, dando as costas para a mãe se seguindo para a porta dianteira do carro, batendo-a com força após alojar-se ao lado do banco do motorista.

Annabelle voltou à casa, para trancar tudo, seguia para a vizinha, a Sra. Johnson que prometera ficar com as chaves e cuidar do imóvel; voltava para o carro quando Dimitri apareceu ali, imitando a irmã, guardando a mochila e uma mala pequena, antes de entrar no carro deu a volta pelo quintal, indo até o canil, soltou Ramone, seu cão da raça Beagle. Voltou com ele para o carro, colocando-o no banco traseiro e entrando, por sua vez.

O rádio ligado tocava um Rock moderno, quando Annabelle voltou. “Não sei como podem gostar dessas músicas!” - reclamou, como sempre. Abaixou o volume e olhou os filhos, certificando-se de que estavam agora com o cinto de segurança.

Cena atípica, aquela, dos dois adolescentes calados. Lola desligou o rádio de uma vez, quando a mãe começou a dar a marcha ré e descer da calçada, a garota apanhava agora seu aparelho de mp3, pois assim podia escutar suas musicas, sem reclamações. Dimitri levava consigo seu laptop, mas Annabelle não conseguia discernir dali o que o filho fazia exatamente. Voltou a ligar o rádio, deixando agora no noticiário.

Cinco minutos após, o carro já se movimentava pela rodovia 57, rumo à estrada e dali em quatro horas chegariam à Dark Hill, com sorte, ainda antes do Sol se pôr.

Annabelle sentia-se culpada por deixar os filhos na casa do pai, contra a vontade deles. Criara os dois com muita dificuldade, e orgulhava-se disso. Ela não queria dizer a verdade sobre o estado de saúde de sua irmã, achava que não seria bom preocupar as ‘crianças’. Além disso, Theo já havia pedido tantas vezes para que os filhos o visitassem! Havia visto fotos da cidade, parecia encantadora, pequena e rodeada pela natureza, ela mesma, se pudesse, adoraria passar algum tempo naquele lugar, usufruindo um pouco paz. Respirou profundamente, prestando atenção na estrada à sua frente.

Demorou no trajeto muito mais do que pretendera. Haviam feito já duas paradas e Lola exigia uma terceira, mas Annabelle se negou a parar naquele posto de gasolina com tamanha sujidade, pelo qual passaram; alegou que logo chegariam à casa do pai e descansariam bem da longa viajem. Pelas suas contas, estavam à apenas dez minutos da entrada da cidade. O crepúsculo aproximava-se sem pressa, colorindo o céu com tonalidades avermelhadas e belas. O ambiente ao seu redor estava modificado, havia árvores e montanhas, pastos e declives de terra. E de certa forma, o local parecia parado no tempo.

O carro agora entrava numa estradinha de terra. Dali podia ler a placa de boas vindas: Sejam bem vindos à Dark Hill; os dez mil habitantes lhes desejam boas vindas!

Annabelle sorriu, singela, uma cidade tão pequena, era quase como um pedacinho do paraíso!

O rádio chiou, parou de funcionar, foi ligado e religado e entre ruídos a linha da policia pareceu entrar ali, mas com péssima qualidade. A estática atrapalhava na sintonização de qualquer rádio.

O laptop desligou-se sozinho, a tela totalmente escura, Dimitri tentou de todo jeito fazer com que voltasse a funcionar, mas nada. Cônscia do movimento incomum no banco detrás, Lola virou-se, tirou os fones do ouvido.

“O que você fez seu idiota?” – acusou ela, tentando ver a tela.

“Eu não fiz nada!” – defendeu-se ele. A paz havia acabado ali, até que havia durado muito. Ambos não cessavam a discussão, apenas o fizeram quando o cenário mudou, as árvores estavam mais escassas. Passaram pelo centro da cidade, pequeno, as poucas lojas pareciam já fechadas.

Não muito afastado do centro, podiam ver no fim da estradinha, uma grande casa branca, estilo colonial, tinha os detalhes em azul marinho, assim como o Farol que era visto mais adiante.

O carro parou defronte à casa, o freio de mão sequer havia sido puxado, quando as portas foram abertas e os adolescentes desceram.

Lola espreguiçava-se e viu a porta de tela se abrir, sentiu um aperto no coração ao ver o pai, faziam anos, mas ele permanecia igual ao dia em que partira, ela desviou o olhar, enquanto o mesmo abria um largo sorriso e vinha em direção à eles.

Abraçou Annabelle, comentando sobre como ela estava bem. Adiantou-se para Lola, mas foi rechaçado antes mesmo de tentar qualquer tipo de aproximação.

Dimitri por sua vez, ocupava-se em atirar os galhos para longe, enquanto Ramone os buscava.

Breve reencontro, as malas eram retiradas do bagageiro e a mãe se despedia, o carro voltava a movimentar-se. Agora não havia mesmo como evitar, estariam ali, nos três meses conseguintes.

Lola fitou o pai, seus olhos azuis estavam inexpressivos, então ela adiantou-se na direção da porta, para entrar na casa.

Caroline Lovegood
Enviado por Caroline Lovegood em 14/10/2007
Código do texto: T694085
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