PROVA DE SINCERIDADE

Era uma vez,num reino muito distante, havia um jovem e belíssimo prin-

cipe que resolvera se casar. Como não tinha nenhuma namorada, nem

alguém de quem gostasse de verdade, resolveu lançar um edito com

os seguintes dizeres: "PROCURA-SE UMA JOVEM ENTRE 18 E 25 ANOS

PARA SE CASAR COM O PRINCIPE WILLIANS".E logo abaixo estava mar-

cado o dia em que as candidatas deveriam se apresentar. Esse edito

foi afixado a pedido do príncipe em todas as casas e praças do reino.

Chegado o dia das apresentações, o palácio estava abarrotado de jo-

vens que vieram das mais distantes paragens daquele reino.Formavam

uma fila indiana, e o príncipe recebeu uma a uma, dando a cada uma

delas uma pequenina semente para que levassem para casa. E depois

explicou o seu intento. "Esta semente que vocês receberam, é a se-

mente de uma flor. Vocês deverão levá-la para suas casas e plantá-la,

regando e cuidando até que a semente germine e se transforme em

flor. Aquela que me trouxer a mais linda, a mais viçosa,a mais bem cui-

dada, será a escolhida para ser a minha futura esposa".

Ora, havia entre essas jovens, uma camponesa de 18 anos, que traba-

lhava de sol a sol, ajudando seus pais na lavoura e nos afazeres do-

mésticos, trazia a pele bronzeada, queimada de sol, trajava um vesti-

do de chita e trazia nos cabelos um lenço amarrado. Simples e humilde

mas muito bela de feição. Ela também recebeu a sua semente e voltou

para casa.

Os dias foram se passando, e a humilde camponesa, não via progresso

em sua semente.Colocou-a num vaso com terra bem estercada e a re-

gava todo dia com muito zêlo e carinho. Mas nada de germinação.

Chegado o grande dia marcado para a apresentação das flores, a pe-

quena camponesa cabisbaixa e tristonha,pegou o seu vaso com aquela

terra estercada e partiu para o palácio.

Qual não foi sua tristeza, ainda maior, quando deparou com centenas

de jovens todas bem trajadas e penteadas, cada uma com seus vasos

de flores, uma mais linda que a outra. E todas riam dela, pois carrega-

va aquele vaso cheio de esterco.

Então o mestre de cerimônias, pediu que se formasse novamente uma

fila indiana e se apresentassem ao príncipe para a inspeção das flores.

O jovem príncipe, sentado no seu trono ia recebendo uma a uma e ob-

servando as flores. Até que apareceu aquela camponesinha na sua

frente.

Ele então, com os olhos arregalados de surpresa, perguntou a jovenzi-

nha: Onde está a tua flor? O que fizeste da semente que lhe dei?

E ela cabisbaixa sem levantar os olhos do chão. Respondeu num balbu-

ciar trêmulo com o rosto corado: "Meu senhor, Eu a plantei neste vaso,

esterquei a terra, reguei-a diariamente, cuidei dela com todo carinho,

mas ela não quis germinar . Então eu a trouxe de volta, para fazeres

dela o que bem quiser."

O riso foi geral. Gargalhadas de deboche ecoaram pelo enorme salão

real. Mas o príncipe do alto de seu trono, levantando o braço pediu si-

lêncio. Logo os risos se aquietaram e o silêncio foi profundo.

Então o jovem príncipe pronunciou o seu veredicto:

"ESTA É A MINHA ESCOLHIDA"!!!! Fez-se um enorme burburinho pelo

salão a fora. Não pode ser, dizia uma. O príncipe deve estar louco, re-

clamava outra. Isso é uma injustiça, rosnava uma terceira.A indignação

era geral.

Mas, o príncipe pedindo novamente silêncio disse em alto e bom som.

-Eu procurava dentre todas as jovens deste reino, uma que fosse sin-

cera e leal para escolher como esposa, porisso escolhi essa humilde jo-

vem, pois todas as sementes que eu lhes dei eram ESTÉREIS.

OBSERVAÇÃO: Quero deixar bem claro a todos os leitores, que este texto não é de minha autoria (DESCONHEÇO O AUTOR). E ouvi-o num

seminário que tivemos em Santo Antonio da Platina-Pr. e me comoveu muito. Eu procurei descrevê-lo da minha maneira, mas a moral da his-

tória não é minha.

Fidel
Enviado por Fidel em 17/10/2007
Reeditado em 17/10/2007
Código do texto: T697523
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