EU SEI O QUE VOCE FEZ...
• Tema- Horror-Suspense
Sarah vivia com seu filho de 11 meses, produto de um relacionamento fracassado. Eram onze horas da noite. Ela colocou o bebê para dormir no berço, deixando a janela aberta protegida apenas pelo véu do mosquiteiro, pois o calor era intenso naquele verão.
Descendo a escada, foi até a cozinha e percebeu que havia esquecido de levar o lixo. Deixando a porta aberta foi lá fora depositar na lixeira.
Ali perto havia uma parada de ônibus, dois jovens conversavam.
Ela deixou cair um pote de yoghurt vazio e abaixou-se para juntar, com o canto dos olhos percebeu que os dois jovens não estavam mais na parada de ônibus. Ela viu apenas a sombra de costas, entrando na sua casa. Havia feito um erro fatal deixando a porta aberta, era um convite para os dois criminosos praticarem seu assalto.
Ela rodeou a casa pelo jardim, cavocou na terra da folhagem do vaso e retirou a chave escondida, da porta do porão.
Com as mãos trêmulas procurou no armário a velha arma de seu falecido pai. Na pequena caixa de metal estava o revólver c38. Ela carregou a munição no cilindro. Subiu na escada usada para cortar os galhos das árvores, ficando em frente da janela do quarto da criança.
Um dos assaltantes entrou no quarto. Ela mirou e apertou o gatilho.
O ladrão tombou morto, atingido na cabeça. Escutando o disparo, o outro
comparsa correu para o quarto, empunhando uma pistola. Ao notar que o companheiro estava morto, olhou pela janela descobrindo Sarah. Ele detonou um tiro em sua direção, mas ela foi mais rápida, acertando-o
mortalmente no crâneo.
Ela olhou ao redor, ninguém havia percebido nada, as luzes das casas dos vizinhos estavam todas apagadas. Quando se precisa ninguém aparece.
Ela entrou e trancou a porta. Depois de acalmar o bebê assustado com o barulho, deitou-o no berço novamente. Ela pegou o handy para ligar para a polícia, mas desisitiu. Ela havia matado dois criminosos, era uma assassina. O conselho tutelar iria levar a criança e ela iria para a cadeia.
Isso nunca ela iria permitir. Enrolou os dois corpos em lençóis e vedou com fita adesiva, depois arrastou os dois mortos até a garagem, saindo pela porta interior da cozinha, sem ser vista. Depositou os corpos no banco traseiro do auto e cobriu com um cobertor.
Colocou a criança ainda adormecida no carro e saíu da cidade, procurando um lugar bem longe para se livrar dos dois mortos.
Cem km depois parou num matagal, desovou e escondeu os cadáveres entre os arbustos, depois pisou no acelerador e voltou para casa.
Enquanto o bebê dormia ela esfregou, desinfetou, limpou as manchas de sangue no chão, até desaparecerem por completo, ligou a máquina de lavar roupas e enfiou os panos sujos para lavar.
Sarah passou o resto da noite em claro, se convencendo que havia agido certo, defendido sua vida e do filho, em legítima defesa do lar.
Quando a babá chegou, ela deixou as instruções como de costume fazia e foi para a farmácia, onde trabalhava como farmacêutica.
Eram apenas dois criminosos a menos no mundo, quem sabe quantas pessoas inocentes eles já teriam matado por aí.
----------> segue no cap.2
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