Lobos

I

Amanhecia, em uma bela fazenda do interior do estado de São Paulo, um lugar cheio de belas paisagens, plantas, flores, arvores e animais. Um lugar que poderia ser chamado de paraíso, mas, que mesmo tendo estes atributos todos, tinha em sua volta uma aura de mistério e suspense.

Nesta bela fazenda, moravam apenas três pessoas, o velho caseiro, Joaquim, em sua humilde cabana, construída há muitas décadas, com autorização do verdadeiro proprietário, que há muito tempo lá não comparecia, com a condição de que cuida-se do lugar.

Joaquim era um homem bom e humilde, tinha um zelo enorme pela fazenda e tudo o que lá havia. Desde sua infância morava lá, quando seus pais ainda eram vivos, e permaneceu até os dias de hoje. Seu único defeito era sua enorme superstição, atribuía tudo o que não compreendia ao sobrenatural, e por isso muitas vezes acabava por irritar as pessoas a sua volta.

Morava sozinho em sua cabana e não recebia visitas há muito tempo, suas únicas ocupações eram vagar pela fazenda e fumar seu cachimbo fedorento.

Além dele moravam mais duas pessoas naquela fazenda, eram Kátia e Karina, duas irmãs gêmeas, que nasceram no mesmo dia, no mesmo instante. Eram belas jovens, que aparentavam ter seus 17 anos mais ou menos, mas que não se poderia saber exatamente, pois não tinham contato, com ninguém no mundo, nem mesmo com o caseiro Joaquim.

Eram duas belas loiras, de olhos esverdeados, corpos esguios, e cheios de curvas.

Não se sabia muito sobre elas, mas dizem que certa noite apareceram do nada, e começaram a habitar uma cabana desocupada, tiveram a atenção chamada pelo caseiro, que logo após advertiu o proprietário da fazenda de que havia novos habitantes, mas este já não estava mais se interessando por aquele pedaço de terra, afinal, já estava quase no final de sua vida, deixando assim a questão de lado.

Eram jovens estranhas por sinal, pois não se comunicavam com ninguém desde o tempo que a fazenda era habitada por mais pessoas do que só elas e o caseiro.

Aquela fazenda vinha sendo o lugar preferido de entretenimento e diversão, do proprietário, até que um dia, fatos misteriosos começaram a acontecer. Joaquim, em uma de suas caminhadas, percebe que o gado, e os outros animais estavam diminuindo de quantidade, dito e feito começou a perambular por partes dela, que não costumava ir, por serem de difícil acesso, até que um dia, ele entrou em uma gruta, que ficava escondida dentre a mata, e depois de explorá-la, chegando ao final, descobriu que lá dentro corria água, e havia um pequeno lago, o qual se alimentava das águas que caiam de uma cachoeira, não muito grande. Era muito bonito, mas a admiração de Joaquim durou apenas até que, em dado momento, tendo ele mergulhado seu corpo, nas águas do lago, sentiu que algo cutucava sua perna direita, estendeu rapidamente a mão e puxou para cima, e quase desfalece ao perceber que aquilo era nada mais do que um esqueleto bovino.

Joaquim sai às pressas daquele lugar e em sua corrida, percebe que aquele não era o único esqueleto, e sim uma simples amostra dos vários, que estavam também, enterrados em parte nas paredes da gruta.

Joaquim conta o ocorrido, para o proprietário, mas este não faz caso, pois acredita que este estava louco devido à idade.

O proprietário, cansado das maluquices de Joaquim, e de ver seus animais pouco a pouco desaparecendo e não sendo encontrados, resolve abandonar o local e deixar de investir nela, deixa então a fazenda para Joaquim e permite que as duas moças fiquem ali morando. Ele vai para a capital, e despede-se daquele lugar misterioso, que outrora havia sido seu paraíso.

Joaquim por varias semanas, tentou buscar a solução para o problema, do gado, de quem, ou o que, estava roubando os animais da fazenda e os devorando.

Nada conseguiu, até que numa tarde sombria, quando o Sol já estava se recolher, e a Lua se punha a trabalhar, uma das moças se aproxima dele e sussurra em seus ouvidos:

-Lobos...

II

Anos se passaram, após o abandono da fazenda pelo proprietário, e ninguém mais ousara por os pés naquele lugar sombrio e misterioso, que outrora era tão vivo e cheio de graça, onde as crianças amavam ir brincar e cantarolar, agora estava confinado ao velho caseiro e as duas gêmeas.

Parecia que ninguém mais ia chegar a conhecer aquele lugar, ninguém se interessava, até que um dia, algo inusitado acontece, um carro se aproxima lentamente da porteira, e para em sua frente, dele desce um rapaz que aparentava ter seus 25 anos, cabelos negros e corpo sarado, era Marcos.

Dentro do carro vêem-se duas belas jovens. Ele abre a porteira, e volta ao carro, dá a partida e o carro segue novamente seu trajeto, ao interior da fazenda. Chegando em frente ao casarão, onde o antigo proprietário morava, o carro para novamente e desta vez, descem as três pessoas dele, o rapaz e as duas moças.

Uma delas, a ruiva dos cabelos curtos, e da pele clara como a neve, Luana, olha ao seu redor, e diz:

- Nossa! – Ela se espanta com a beleza e o ar de mistério daquele lugar – Este lugar é mais fantástico do que eu imaginava.

Ouvindo isto o rapaz se aproxima dela e toca em seus ombros, dizendo:

- Concordo contigo, amor. – Eram namorados – Vamos passar um ótimo final de semana aqui.

A moça que viera com eles se aproxima também e depois de percorrer o lugar com os olhos diz:

- É. Nada mal - Era Juliana, uma formosa morena, dos cabelos negros, que desciam até seus glúteos, e da pele bronzeada de Sol, era amiga tanto de Marcos como de Luana.

Os três ficam perplexos admirando a paisagem do lugar, até que alguém os interrompe, era Joaquim, o velho caseiro, ele se aproxima com ar de bravo dos jovens e pergunta:

- Posso saber, quem são vocês e o que fazem aqui? O proprietário do local não gosta de visitantes.

- Para sua informação, meu senhor, o proprietário do local, como o senhor mesmo diz, é meu avô, e me deu permissão para passar o final de semana aqui – Disse Luana, esnobando o velho.

-Como vocês quiserem, mas seu avô deve ter-lhe dito sobre os animais que perambulam pela fazenda, lobos...

- Não. Ele só citou um velho bobo, que ficava dando palpite em tudo, e que varias vezes ficava tendo ataques de loucura e saindo por ai dizendo que via coisas do outro mundo. – Falou Luana, espantando velho com sua grosseria.

- Como vocês quiserem, estou em minha cabana se precisarem – Disse Joaquim, se retirando.

- Ai, que velho idiota – Murmura Luana.

- Melhor nós entrar-mos – Diz Marcos.

Os três forasteiros adentram a casa, e se deparam com uma grande sala, com alguns sofás e uma lareira, e logo mais, um corredor, com varias portas.

- Vou ver atrás de qual destas portas, estão nossos quartos, vocês vem comigo? – Pergunta Marcos.

Juliana balança a cabeça positivamente, mas Luana prefere ficar olhando os quadros da sala, havia neles, parentes que só ouvira falar.

Entrando em uma das portas, Marcos e Juliana, percebem ser uma suíte, muito bem arrumada, e perfumada, parecia que o caseiro havia cuidado do casarão, todos estes anos.

Os móveis eram todos de madeira tratada, e passava a impressão para quem entra-se nele, que havia voltado um século atrás.

Os dois olham admirados pela beleza exótica do lugar, acham muito belo, até que num dado momento, Juliana se assusta e chama a atenção de Marcos para umas das pernas da cama.

- Olhe!

- O que foi, Juliana?

- Olhe bem para isto.

Marcos segue com os olhos para onde o dedo de Juliana aponta, e percebe que as pernas da cama, e mais, quase todos os moveis do quarto, estavam arranhados, como que por garras de um gato.

- O que significara isso? – Indaga Juliana, assustada.

-Ah! Na certa deve ser algum cachorro, gato ou coisa parecida – Diz Marcos.

- Mas e aquela historia que o caseiro nos contou?

- Ora Juliana. Não acredito que possa ter posto fé nas palavras daquele velho caduco.

-Não sei...

Luana havia ouvido o grito de Juliana e corrido até o quarto.

- O que aconteceu? – Pergunta Luana eufórica.

- Nada. Apenas alguns arranhões, na cama, que provavelmente, devem ter sido feitos por cachorros da fazenda. – Explica Marcos.

- Ou talvez por lobos. – Replica Juliana.

- Você também com esta historia, já não basta aquele velho maluco. - Diz Luana.

Os três jovens decidem mudar de assunto, e Marcos diz:

-Tem uma bela lareira na sala, acho que vou buscar lenha para ela.

- Eu vou com você, também vem Luana? – Pergunta Juliana.

- Não. Prefiro ficar aqui e explorar a casa.

- Você é quem sabe, vamos Juliana.

Os dois saem, e Luana fica contemplando as marcas na cama.

Logo após a saída de Marcos e Juliana, Luana olha para a janela, e na frente da casa, avista uma estranha figura, uma jovem de cabelos dourados e corpo esguio, trajava um vestido branco.

Luana corre até a porta, para perguntar a esta moça quem era ela, mas quando sai da casa, olha para todos os lados e percebe que a estranha personagem havia desaparecido.

- Que esquisito... Quem será esta garota? Pensei que a única pessoa que morava nesta fazenda era o velho doido.

Luana pensa por alguns segundos e resolve entrar novamente para casa. Em breve, Marcos e Juliana já estariam voltando com a lenha.

III

Marcos e Juliana se dirigiram até um lugar próximo do casarão, onde havia ele avistado, muita lenha. Chegando lá, começaram a colher a lenha, e botar cada um em seu saco.

- Ai, estes pedaços de madeira parecem ter sidos lambuzados com alguma coisa gosmenta. – Diz Juliana.

- Ah! Não resmunga garota, com certeza deve ser a água da chuva que umedeceram elas.

- Nossa! Verdade! Não sabia que a água que provinha da chuva, tinha a capacidade de sujar e grudar em nossas mãos.

Eles continuam a pegar lenha, e Juliana lembra-se ter visto muitos gravetos, em um lugar próximo dali.

- Eu vou lá pegar aqueles gravetos que eu vi, e já volto.

Marcos responde positivamente com a cabeça e ela parte.

Juliana anda, por entre os troncos de arvores caídas, não estava gostando nada do passeio exótico pela escuridão, mas era melhor do que ficar ouvindo as broncas de Marcos.

-Droga! Que idéia maluca ter aceitado o convite de Juliana e vir parar neste lugar maluco.

Ela anda mais um pouco, e percebe que a terra estava úmida, havia chovido, e o barro inundava seus pés. Bem a sua frente ela percebe que havia um galho muito grande, e que acabaria com o problema da lenha.

- Ah! Finalmente. – Diz ela aliviada – Acabou.

Ela fica de cócoras e começa a puxar para si o galho que parecia estar preso em algo, fazia muita força, mas nada adiantava, até que uma hora tomou fôlego e com toda sua força o puxou, arrancando-o, mas caindo de bunda no chão.

-Mas que droga!

Juliana fica furiosa, mas depois que sua fúria abranda, olha para o buraco, que o graveto retirado havia deixado. Percebe que no fundo dele, havia duas luzes, dois clarões, ou talvez melhor, dois olhos, ela se levanta e vai mais perto para poder ver melhor.

De repente, quando ela põe a cabeça no buraco e fica de frente com as luzes, percebe que eram realmente dois olhos.

- Mas quem... Ah!

Juliana é puxada para dentro do buraco.

De longe, Marcos escuta o grito de Juliana, e fica assustado.

- Juliana! Mas o que diabos terá acontecido com esta garota.

-Lobos...

Marcos se vira e percebe que quem falara isto, era uma das gêmeas que moravam na fazenda, e pergunta desesperado:

-Ora, mas quem é você, o que faz aqui e que historia é esta de lobos?

A garota sorri com um sorriso sinistro, de maldade nos olhos e responde:

- Meu nome é Kátia, moro com minha irmã nesta fazenda há muitos anos, tenho o costume de vagar por este lugar a noite, me traz paz, e sobre os lobos que te falei, são criaturas terríveis, que atacam a noite, e devoram tudo o que vem pela frente.

-Ora, isto eu sei, mas é um absurdo dizer que existem lobos em uma fazenda, eles ficam em florestas.

-Vamos dizer que seja um tipo diferente de lobos. Esqueça sua amiga, a esta altura ela já foi morta e devorada por estas criaturas.

-Ah! Vai se ferrar!

Marcos diz isto e vai correndo pelo caminho que Juliana seguira, berra varias vezes pelo seu nome, mas sem nenhum resultado, ela havia sumido, e ao olhar para trás, a garota misteriosa também.

Ele volta correndo até o casarão para ver se Luana estava bem, e entra na casa sem delongas, gritando:

- Luana! Eles a pegaram, eles a pegaram!

Luana ouve os berros de Marcos e sai correndo do quarto até a sala topando com ele no corredor.

- O que aconteceu, Marcos?

- Os lobos pegaram Juliana e a mataram, aquela garota misteriosa que me contou.

- Garota misteriosa! Por acaso não é uma loira da pele bem branca é?

- Exato!

-Então era a mesma garota que eu vi pela janela, a hora que vocês saíram, mas que ao ir atrás dela tinha desaparecido.

-O que? Ela também apareceu a você?

-Sim. Marcos, creio que algo de estranho está acontecendo aqui.

- Concordo plenamente, ouvi o grito de Juliana e fui atrás dela, mas não a encontrei em lugar algum, no final apareceu esta garota me dizendo que os lobos haviam a pegado. A melhor coisa que temos a fazer é sair daqui imediatamente.

- A esta hora da noite? Acho que não é uma boa idéia.

- E se eles vierem nos pegar, a escolha mais segura com certeza é partirmos imediatamente.

Luana fica pensativa por alguns instantes, mas resolve ir embora.

- Vamos.

Luana corre até o quarto e pega os seus pertences, os de Marcos e Juliana, amanhã chamaria a policia para dar uma busca e ver se encontrava Juliana.

Ela volta à sala, e sai da casa junto a Marcos. Qual não foi a surpresa dos dois quando ao sair dão de cara com o velho caseiro, que espantado lhes pergunta:

- Aonde vão à uma hora dessas?

Marcos furioso retruca:

- Sair deste inferno verde, seu velho estúpido, foi um desprazer conhece-lo, e espero nunca mais voltar.

Joaquim faz uma cara de severidade e diz balançando a cabeça:

-Esta muito escuro, só vão conseguir se perder, neste lugar, vão colocar suas vidas em risco mais do que já estão.

-Ah vai se ferrar!

Marcos e Luana entram no carro, e partem deixando Joaquim sozinho, olhando os assustados visitantes.

IV

- Em breve estaremos fora deste inferno, não se preocupe meu amor. – Diz Marcos, tentando consolar Luana, de seu medo atual e da dor pela provável morte da amiga.

-Espero...

Luana fecha os olhos e pensa em abri-los somente quando estarem fora daquele lugar, mas algo acontece.

-Droga! – Diz Marcos – Tinha que dar problemas justos na pior hora.

O carro havia atolado no barro, e não havia jeito de tirá-lo.

- Vou tentar achar algum tronco de arvore para desatolá-lo, não se preocupe já volto.

Marcos sai do carro e deixa Luana sozinha, com medo e pavor daquele lugar que parecia tão belo a principio.

Alguns minutos se passam, e Marcos não retorna e não dá nem sinal de vida. Luana resolve sair do carro e chamar por ele, estava ficando preocupada.

-Marcos! Você esta bem? – Grita Luana, mas nada escuta.

De repente um sinal de vida aparece, mas nada agradável, era a voz de Marcos:

-Não!

O grito deve ter ecoado por toda a fazenda, e Luana escutara, o que a deixou desesperada, e se não fosse só isso, mas de repente sentira que não estava sozinha, mas alguém a observava. Seria Marcos, ou outra pessoa, por que teria ele gritado.

Luana se desesperada, desnorteada não sabe o que fazer, grita mais algumas vezes pelo nome de seu namorado, mas nenhuma resposta espera o pior, os lobos haviam o pegado.

De repente ela se lembra do velho caseiro e que ele oferecera ajuda, caso algo acontece-se, pensou então que o melhor a fazer seria voltar, e tentar achar a casa do velho homem.

Ela corre desesperadamente refazendo o caminho que acabara de percorrer, tropeça e cai diversas vezes, sempre tendo a impressão de que algo estava em seu encalço.

Depois de uns 15 minutos de caminhada, ela avista uma cabana velha, caindo aos pedaços, havia chegado.

- Senhor! Senhor! Por favor, me ajude!

Ela entra sem bater e encontra o velho caseiro fumando seu cachimbo.

- Eu avisei que era perigoso. Não foi moça?

- Por favor, eu quero sair daqui, me ajuda?

O velho a olha com um ar sério, e se resolve depois de pensar:

-Vamos lá.

Ele pega um enorme facão que havia herdado de seu pai e ambos seguem até o final da fazenda, caminham, e durante toda a caminhada, sentem que algo esta a sua espreita, finalmente chegam ao final, a porteira estava bem em sua frente, e eles pensam em atravessá-la.

Mas quando chegam nela, percebem que alguém estava sentado em cima da porteira, era Kátia, uma das irmãs gêmeas, que se assusta ao vê-los.

- Como chegaram até aqui em meio a esta escuridão tortuosa? – Pergunta Kátia.

Joaquim desconfiado, responde:

- Deus nos guiou moça.

- Que ótimo guia ele é então, não acham?- Diz Kátia em tom satírico.

- Agora se nos da licença eu preciso levar esta pobre jovem que já sofreu demais e perdeu seus amigos, para bem longe daqui. –Diz Joaquim.

-Claro, por que não – Diz Kátia com um sorriso malicioso.

De repente, ouve-se um grito:

-Ah!

E logo após este grito, cai Joaquim, morto ao chão com uma estaca enorme cravada em seu peito.

-Não! – Grita Luana sem entender nada – Por que fizeram isto?

Era Karina que havia chegado à traição e cravado a estaca no pobre homem que só queria salvar uma vida, de duas que já haviam ido.

Kátia e Karina ficam perto de Luana e a olham com um ar de malicia.

Finalmente depois de alguns segundos a olhando, respondem a sua desesperada pergunta:

-Lobos...

- O que?- Luana ainda não entendia nada.

De repente uma luz forte, paira sobre as duas gêmeas, clareando todo o local, deixando Luana perplexa, e quando esta luz, se vai rareando percebe-se a terrível verdade, Kátia e Karina haviam se transformado em dois lobos, com presas e garras enormes, que encaravam sem piscar em nenhum momento sua próxima presa, que estava a sua frente. Elas a rodeiam.

Luana cai sentada no chão, e perplexa contempla os dois seres a sua volta, sem reação alguma, como todo ser quando se convence que realmente ira morrer.

De olhos esbugalhados, e boca aberta, e corpo todo arrepiado, ela diz estas ultimas palavras:

- Lobas...

Alexander King
Enviado por Alexander King em 12/03/2006
Código do texto: T122295