Brenda (A Bruxa II) Encontro com o Mago...

As nuvens ainda cobrem os raios do sol. Tudo a sua volta gira num rodopio nauseante. As árvores embora o calor, continuam molhadas, pela forte chuva que caiu a noite. Pássaros cantam magistralmente. O amanhecer chegou! Seus olhos desnorteados não vislumbram rumos. Consciência e inconsciência brigam dentro dela. Sente-se arrastada por um vale desconhecido.

Devas lhe cercam como se ela fosse presa preciosa. A visão encoberta por lama, não deixa ver; aonde vai sendo levada. A entrada da gruta, escondida por folhagens é aberta. Novamente sem forças, se rende ao coma induzido por um aroma inebriante. Até então ignorado por ela. Mal iluminada, a caverna é um local telúrico, úmido, com insetos disformes.

Guizos, risos, zumbidos, vão e vem, num entra e sai de sons em seus ouvidos. Sonolenta nem tenta reação. Deixa as ações por conta de seus estranhos carregadores e escoltas. Eles a carregam pelo interior do antro. Seres elementais a esperam no amplo salão rochoso. No centro um altar, candelabros toscos e acesos, em forma de cruz. Eles a deitam...

Despida e coberta por fino véu. A vista do paraíso virginal desabrocha, em seu corpo. Ele surge, entre as sombras. Volitando, aproxima-se, observa os movimentos dela quase imperceptíveis. Deposita a destra em sua testa, febril. Esbraveja com seus comandados. Usando um linguajar incompreendido. Evoca um espectro, que lhe ordena: “Um macerado de ervas com elixir de madeira amarga.”

De imediato um ser enorme semelhante a um morcego, sai e volta mais veloz ainda com os preparados. Ele ministra a fórmula em três goles iguais à Brenda. Que estática ingere o liquido sem reclamar. O ungüento faz efeito rápido. E ela desperta diante um senhor: de olhos negros, pele escura, com olhar enfadonho. Ela se aterroriza ao ver tantos seres deformes a espreitá-la.

O Mago solta uma sinistra gargalhada. Ela percebe e cobre suas intimidas. Ele não da importância ao seu despudor. Os olhos verdes de Brenda o questionam, em favor ao silencio de sua voz. Ele, porém nada diz, vira-se nos calcanhares. Adejando de volta as sombras revela: “cuidem bem dela. A Rainha voltou!”

Brenda solta um grito, mais de pânico do que de dor. Os sinistros galhofam, ela chora, eles a referência, ela tenta concatenar suas idéias. “Morri? Estou viva? Onde estou? E agora?” Respostas que não se calam nos pensamentos de Brenda...

valdison compositor
Enviado por valdison compositor em 17/02/2010
Código do texto: T2091014