Dia Z br ( continuação)

Cena 2- Para onde fugir:

Com um carro funcionando e com gasolina, somente nos resta decidir onde ir, chegamos a um consenso que as grandes cidades estavam fora de cogitação, os saques deveriam estar muito piores nas grandes cidades do que nas pequenas. Como não tínhamos ainda um destino certo, resolvemos cuidar das coisas mais importantes, suprimentos.

Meu irmão mais novo estava dormindo no banco de trás com meu outro irmão já sonolento, Fran estava conversando comigo.

-Yuri e agora: Precisamos pegar algo para comer e descansar um pouco, logo vai anoitecer.

As palavras de Fran, foram uma grande preocupação, ela estava certa, a noite não poderíamos ficar parado em um garagem, só Deus sabe quem poderia tentar abrir a porta, a fome e sede começam nos perturbar.

Pergunto então a ela

-Fran, acho melhor nós irmos a um pequeno mercado, não vamos aos grandes, eles chamam muita atenção.

Ela concordou facilmente, sem discutir.

Fran, perguntou uma coisa simples.

-Certo, em qual mercadinho nós iremos:

Eu já sabia a resposta e falei rapidamente.

-Na saída de Ponta Grossa, há um pequeno mercado, lá deve ter alguma coisa, vamos arriscar lá, caso não tenha nada, iremos para um bar ou qualquer coisa parecida.

Agora com um curso traçado, fomos ao mercado que ficava 30 min de onde estávamos, no caminho para o mercadinho, começamos a notar pessoas que realmente, não estavam “normais”.

A única coisa que vinha a minha mente era que, os infectados estão aqui e temos que fugir logo dessa cidade, antes que ela seja bombardeada ou coisa pior.

Parando em frente ao mercado, resolvo descer com meu irmão, Fran ficaria no carro e qualquer coisa buzinaria, ao entrar pela porta de vidro dupla destrancada, vimos uma poça de sangue enorme no chão que traçava um caminho até os fundos e virava na prateleira das sopas.

Meu irmão olhou para mim assustado, talvez não assustado com o sangue, mas sim de quem teria feito esse sangue jorrar, olho para ele e sussurro.

-Calma, faço um sinal para que ele fiquei parado em silêncio, disse para ele por sinais que iria dar uma olhada.

Começando a ir na direção do caminho de sangue, começo a ouvir um som estranho e novo, não consigo reconhecer, quando chego já no final das prateleiras de sopa, posso já ouvir o barulho claramente, inclino-me para dar uma olhada rápida e vejo bem no fundo, há 3 prateleiras de distância, um homem abaixado, a frente do homem estava um corpo de mulher coberto de sangue e com as roupas rasgadas, era possível ver até mesmo o sutiã branco com listras rosas.

Ao ver a cena de canibalismo, ponho a mão em minha boca para não gritar ou vomitar, enfim ambos.

Começo a recuar lentamente, com o máximo de cuidado para não derrubar nada das prateleiras, olho para meu irmão ainda em frente a porta e dou um sinal para que fique parado!

Andando na direção de meu irmão, ouço o som de um passo.

O medo toma conta de mim, ouço outro passo.

Olhando para meu irmão que também escutou o som, realmente não é difícil escutar o som de alguém andando, já que pelo jeito só havia nós 4, ou melhor nós 3/2 no pequeno mercado, os passos ecoavam pela loja.

Andrey estava assustando, mandei ele sair da loja, fui andando mais rapidamente até a porta da frente, quando eu estava quase chegando e meu irmão começara a abrir a porta, ouvimos mais 3 passadas largas e um gemido, um arrepio indescritível atravessa minhas costas e toma conta de meu corpo, Andrey olhando para o fim do corredor, fala gaguejando.

-Yu,yu,yuri tem um homem ali, atrás de você.

Viro rapidamente e vejo que é um infectado, abro a porta e jogo meu irmão para fora e saio também, o infectado vem andando em nossa direção, grito para ele entrar no carro e deixar a minha porta aberta!

Andrey sai correndo abri a minha porta e entra pela porta do passageiro, estou segurando a porta, pois ao mesmo tempo que mandei meu irmão abrir a minha porta, a criatura já estava a minha frente empurrando a porta de vidro para que pudesse sair e certamente contaminar-nos.

Sua força era incrível, mesmo com todo meu peso sobre a porta de vidro, ele facilmente começou a me arrastar, dei um forte empurrão, assim ele perdeu o equilíbrio e caiu para trás, essa queda deu me tempo para que chegasse ao carro e saísse as pressas.

Nós dois estávamos muito nervosos, Fran não parava de perguntar se estávamos bem, Andrey estava em choque, eu mau via a rua direito, só sabia que tínhamos que sair de lá, continuei a dirigir até ver a saída da cidade, parei no meio da estrada para recobrar o fôlego.

Saí do carro, apoiando nos meus joelhos, eu somente dizia.

-Merda, merda, merda, essa foi muito perto, merda, merda.

Fran saiu do carro, nem fechou a porta e falou.

-Yuri olha para mim, você está bem: O que aconteceu, eu só vi de fora vocês parados e dai o Andrey ficou parado lá na frente e não consegui ver mais você! 10 segundos depois vi você mandando ele sair, de repente você segurava a porta e aquele monstro empurrando a porta todo sujo de sangue, com aqueles olhos brancos, meu Deus, aqueles olhos...

Andrey não saiu, ficou lá encostado no estofado barato, chorando.

Kayo não entendia nada, somente perguntava por que Andrey estava chorando.

Olhei para Fran e disse.

-Ele era um infectado, Ponta Grossa já era! A cidade já começou a morrer, temos que nos afastar rápido! Vamos seguir a estrada, não muito longe há um posto de gasolina, lá deve ter algo, somente não retornaremos a Ponta Grossa, é muito arriscado, volte para dentro do carro.

Ela estava olhando-me assustada e chorando, desesperada, não poderia culpa-la, muito menos ficar bravo com ela, Fran parece ter entendido a minha preocupação e logo já estava até mesmo com o cinto de segurança preso em volta de si.

Dei a partida no carro, comecei a ir em direção ao posto de gasolina, Andrey não falou nada até agora, somente ficava chorando, o silêncio tomou conta do carro, eu não queria nem lembrar do que eu vi, Andrey pelo susto que tomou parece que nem poderia dormir por uns três dias, já Fran teve quase um ataque do coração quando viu o infectado, por sorte Kayo estava dormindo.

Quase chegando ao posto gasolina, já podia se ver as placas indicando que estávamos próximos, Kayo veio e perguntou para mim.

-Yuri, tô com sede:

Nessa hora, eu vi que realmente deveria pelo menos arranjar água para meu irmão, Andrey devia estar com sede assim como Fran.

Não podemos perder essa chance de encontrar água e comida.

“Seria no posto de gasolina que aprenderíamos uma importante regra do Novo Mundo, a lei *Quem pode mais*”

Já praticamente de noite, mau poderia ver algo a frente, o sol começa a se pôr, liguei o farol para pudesse enxergar melhor, contudo ao estar chegando perto do posto, desligo o farol e começo a falar com Andrey.

-Ei, Andrey, você acha que consegue ir lá de novo comigo e tentar pegar algo:

Meu irmão não respondeu nada, seu silêncio mostrava que ficara muito impressionado com a cena do infectado vir em nossa direção.

Fran olhou para mim e falou:

-Yuri, deixa ele no carro eu vou com você, tá bom:

Eu não achava certo que Fran viesse comigo, ainda mais com a chance de encontrar algo ou alguém na loja de conveniência do posto, somente Deus sabe o que poderia acontecer lá. Mesmo não gostando, tive que concordar, eu precisava de alguém para vigiar minhas costas, olhei para minha namorada e falei:

-Tá certo, porém caso aconteça algo comigo, não tente me ajudar fique na porta e fuja, tente ligar o carro e sair o mais rápido possível, você tem que cuidar do Andrey e do Kayo, prometa para mim!

Ela continuava a me olhar até responder-me:

-Eu prometo que cuidarei de seus irmãos, porém não adiante me pedir algo que eu não conseguiria fazer.

Olhando para a estrada, fiz um sinal de reprovação, contudo não poderia fazer muita coisa a respeito, somente evitar que algo acontecesse a mim.

Chegando ao posto de gasolina, coloco o carro em frente a bomba, nem tento ver se há gasolina, a loja estava com as luzes acesas, parecia não haver ninguém, tudo bem iluminado e vazio, assim como eu estava desejando.

A porta esta aberta, dou uma olhada pelo vidro e vejo nada, Fran olha para mim e faz sinal que parece estar tudo bem, resolvo então fazer um teste.

Não pelo medo, mas sim pela cautela.

Peço para que ela afasta-se e fique longe, dou 2 passos para trás e bato palmas continuamente até minhas mãos doerem, esperei alguns segundos e nada de passos ou sons, nem mesmo grunhidos eu pude ouvir, a loja parecia realmente vazia até certo ponto, já que as prateleiras estavam meio cheias e não pareciam saqueadas.

Faço um sinal de Ok e resolvemos entrar, olho cuidadosamente atrás de cada prateleira de 1,70m. Poderia haver algum infectado abaixado, ou até mesmo uma pessoa esperando um momento de descuido para golpear-me, realmente a loja estava limpa até demais. Começo a pegar tudo, chocolates, doces, salgadinhos, sorvetes, água, tudo mesmo! Nada iria ficar para trás, quando quase estava indo embora com as sacolas de comida e água lembro-me que talvez poderia haver alguma arma no escritório do gerente ou embaixo do balcão, bem o local parecia seguro e não custa dar uma pequena olhada para ter certeza.

Doou as sacolas para Fran e falo:

-Eu vou ver se não há armas aqui, leve as sacolas pro carro e espere lá, vai ser rápido, qualquer coisa eu saio correndo e já entro e saímos, aproveite para ver se há gasolina nas bombas.

Fran ainda pegando as sacolas de minhas mãos repudiou a minha ideia e pôs um ponto realmente importante.

-Não, vamos embora, não vale apena arriscar tanto assim, temos aquilo que precisamos e também eu não ser ver se a bomba tem gasolina: Você acha que eu tenho cara de frentista!:

Fico estarrecido com essa resposta e realmente um pouco puto da cara.

-Fran, olha você pega a mangueira da bomba e da onde você tira a mangueira tem tipo uma alavanca, você tenta mexer nela e ela vai fazer um barulho, então você aperta o gatilho da mangueira e vê se tem gasolina, não é difícil vá logo!

Fran foi em direção do carro com as sacolas e com aquela cara:

“Você terá problemas depois, por que isso ainda não acabou!”

Volto minha atenção primeiramente ao balcão, começo a olhar de longe e vou aproximando-me lentamente, dou a volta e já atrás do balcão abaixo-me e vejo nada, reviro gavetas, puxo caixas e nada de arma.

Levanto-me e vejo o caminho reto para a sala do gerente, a porta esta fechada e nenhum sinal de luta ou sangue, coloco cuidadosamente a mão na maçanete e começo a girar tão devagar que mal faz barulho. Dou aquele empurrãozinho sutil e a porta não está trancada.

Enquanto isso no carro

Abro a porta do carro e jogo as sacolas no banco de trás para os meninos comerem e beberem algo, também estou com uma sede e muito brava com o Yuri, por que ele tende a ter ideias suicidas. Olho para Andrey que parece estar bem melhor agora e ele pergunta-me:

-Cadê o Yuri: Onde que ele foi:

Com um rosto de reprovação misturado de preocupação, respondo meu cunhado:

-Ele foi atrás de alguma arma lá na loja, eu acho que ele não vai encontrar nada aqui, Andrey é muito perigoso ir andando assim nesses lugares!

Andrey fez uma cara de preocupado, porém a água parecia aliviar os sentimentos de medo a cada gole dado, ele tampou a garrafa e falou:

-É, eu também não teria ido Fran, porém que uma arma seria muito útil, além dos doentes tem os saqueadores, temos que nos defender de algum jeito e afinal para onde nós vamos agora: Para Wenceslau Braz: Meus pais moram lá e você viu que nossa casa é bem protegida, talvez seja uma boa ideia ir para lá e tentar esperar por ajuda.

A ideia de meu cunhado não é má e mesmo que tenha ouvido todas as suas palavras, não consegui guarda-las, eu estava muito preocupada com Yuri, ele já começava a demorar demais lá dentro, meu coração começa apertar, sinto um pressentimento ruim.

Quando estava para responder Andrey foi que ouvimos um tiro!

Olhei pela janela e gritei

-Yuuuuuuuuri!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Andrey parece ter entrado em um estado de choque novamente, não conseguia fazer nada, voltara a chorar, Kayo assustado somente ficava olhando pela janela esperando o irmão sair. Olhei novamente para Andrey e falei desesperada:

-Andrey fica aqui com o Kayo, tranca as portas do carro e não deixe ninguém entrar, vou ver o que aconteceu com aquele idiota do meu namorado, ai meu Deus ele tem que estar bem!

O menino paralisado pelo medo, segurou meu braço com tanta força que até marcou-o, desesperado ele quase gritou em meio há soluços:

-Não Fran!Por favor fique aqui, não vá lá, por favor, fique comigo, por...

Olhando para eles não tinha coragem de deixa-los, mas e Yuri, será que ele achou a tal arma, ou atiraram nele, ai meu Deus...

Seguro a mão de Andrey e falo:

-Calma, eu vou ver oque aconteceu eu já volto, eu juro que eu vou voltar!

O menino em prantos não soltava minha mão e ficava dizendo:

-Não vá, por favor, fica aqui!

Partiu meu coração deixar os dois no carro para ir atrás do Yuri, aliás iria partir meu coração, pois no momento que larguei a mão de Andrey e abri a porta para sair eu vi Yuri correndo, vindo na direção do carro! Ele gritou:

-ENTRA NO CARRO, ENTRA NO CARRO!!!

Talvez pelo susto eu tenha entrado no carro, não ouvi quase nada que ele falou, o medo parecia ter me deixado surda naquele momento, eu entrei no carro em dois segundos. Vi Yuri chegando perto e atrás dele 2 infectados, sua pressa tinha uma grande explicação, assim como seu desespero.

Ao entrar no carro ele já deu a partida e fugimos do posto para a estrada novamente, ao ver que ele já recobrou um pouco do folego, cheguei a perguntar para ele:

-YURI! MAS O QUE ACONTECEU LÁ, nós 3 estamos assustados aqui, explique para nós agora! E pare esse carro antes que você nos mate!

Yuri parou o carro, havia um grande acostamento em uma curva, ao parar ele pôs a cabeça em cima do volante e falou repetitivamente:

-Oh merda,merda, merda, merda...essa foi por pouco, ufa!

Não aguentava de desespero e gritei com ele:

-Afinal o que aconteceu no posto, vamos criatura fala!

Ele levantou a cabeça, olhou para mim e falou:

-Bem amor, aconteceu assim...

“No posto de Gasolina”

Eu comecei a abrir a porta, não dava para ouvir nada do outro lado, a sala estava escura e comecei a procurar um interruptor até acha-lo, ao ligar a luz vi que a sala estava toda bagunçada, o arquivo estava com os papéis no chão, as duas cadeiras de ponta cabeça jogadas no canto da sala, a mesa virada de frente para porta como se quase estivesse barrando-a ou estivera barrando-a. Ao começar a vasculhar cuidadosamente vi uma gaveta fechada e resolvi abri-la e felizmente achei a arma que tanto queria, eu sabia que tinha uma arma lá! Peguei a pistola, peguei o pente do lado com a caixa de balas, carreguei e pronto.

Fran estava olhando para mim com um ar de desespero, ela pôs a mão na cabeça e falou:

-Meu Deus, tá bom e o tiro: o que aconteceu para você atirar:

Eu olhei para ela, dei um sorriso falso e continuei a história.

Ao pegar a arma e prepara-la para uso, havia esquecido uma porta que estava nos fundos da sala, tanto que havia esquecido de olhar para ver o que tinha atrás, realmente esse foi meu erro.

Fran já com uma cara de brava, estava encarando-me interruptamente, Andrey mais aliviado também estava esperando o resto da história e Kayo com a sede matada, somente queria saber que barulho foi aquele e se iriamos voltar para casa.

Continuo minha história, contudo não vou omitir o fato de que não lhes contei toda a verdade e muito menos que eu atirei em uma pessoa viva.

Ao mesmo tempo que Yuri contava o que aconteceu e falava que eles iriam para Wenceslau Braz a cidade de seus pais.

No trevo de Wenceslau uma batalha iria ser travada no outro dia.

O cenário é o campo, campos verdes e cheio de árvores, uma verdadeira paisagem bucólica, o silêncio do campo é interrompido por caminhões militares carregados de soldados e armas e entre eles a futura lenda, o herói da batalha contra os infectados o verdadeiro orgulho do Exército Z, Renato Alcantra.

Porém antes devo mencionar por que ele merece um trecho inteiro do livro, suas façanhas dignas de Herácles em si e sua inteligência digna de igualar-se há Odisseu. Depois de 3 meses da primeira contaminação no Brasil, as bases de encontro ou Checkpoint Bases, estavam ultrapassando seus limites, os sobreviventes utilizam esses pontos para tentarem formarem células para assim tentarem lutar. Renato na época somente era um reles capitão, seu batalhão de 100 homens armados com fuzis e metralhadoras tinha a missão de proteger uma encruzilhada, a encruzilhada chamava-se Wb, com os homens posicionados e protegendo tanto as 2 pontes como as pequenas travessias do rio que pode-se atravessar a pé. Na mesma manhã da batalha chega a base 200 homens fortemente armados a missão deles é atacar a cidade de Santo Antonio e tentar resgatar importantes pessoas da área de Engenharia civil e elétrica, os engenheiros estavam escondidos em um pequeno prédio que aos poucos estava sendo invadido pelos infectados.

“Na tenda de comando”

Sou chamando para uma reunião de emergência ao caminhar pela base posso sentir a lama marrom e nojenta sujando minhas botas, olho pela direita e vejo dentro das barracas os homens jogando cartas, agora a minha esquerda vejo as barricadas com os guardas de plantão 24 horas, seguindo o caminho para a tenda de comando os soldados batem continência e logo vejo o Coronel encarregado do batalhão, homem magro com os olhos tristes e cabelo grisalho, possui uma cicatriz de 12 pontos na bochecha direita, sua farda também está suja de lama, tudo esta sujo de lama até mesmo a comida, o Coronel fala para mim:

-Capitão Renato, temos uma reunião muito importante.

Ele entre na minha frente e dentro da tenda vejo 4 homens nos esperando de pé, o primeiro a cumprimentar-me é o General Pedro Barros de Nascimento, um senhor muito respeito nas cúpulas do comando, ele aperta firmemente minha mão direita enquanto com a esquerda aponta para os outros homens, ele apresenta-me ao Capitão Tigre outro homem muito conhecido pelos soldados, Capitão Tigre foi o homem que liderou o primeiro ataque há uma cidade de 100 mil habitantes e obteve vitória com apenas 10 perdas, ao seu lado estava Major Humberto, outra lenda.

Depois das apresentações sentamo-nos a mesa para ouvir o General, a mesa torta e de cor verde musgo estava somente com um mapa em cima, a luz tende as vezes a ficar fraca e quase apagar, os rádios ficam nessa tenda assim como os tradutores e homens da burocracia, contudo nessa reunião somente estavam os homens do comando principal.

Mesmo fazendo mais de 2 anos desse incidente, posso-me lembrar com riqueza de detalhes, ainda sinto o cheiro podre dos mortos ou da terra molhada.

Logo ao sentar na mesa sou tomado por sonhos do passado e volto rapidamente a dura realidade com as palavras do General.

-Senhores, amanhã o Major Humberto com auxílio do Capt. Tigre, irão atacar a cidade Santo Antonio, eles irão iniciar a missão exatamente ás 7 horas da manhã do dia 24 de Outubro de 2014, sua força será composta de 200 homens especializados de combate corpo a corpo e o apoio de um transporte blindado.

O tempo estimado para a batalha será de 1 semana, pois a cidade de Santo Antonio possui uma população de médio porte, ainda não estimada.

Assim o Coronel Claudio encarregado deverá permanecer na encruzilhada e proteger esse ponto, pois esse é o único caminho que leva Santo Antonio e também o único lugar para a possível retirada de Major Humberto, eu repito vocês devem assegurar a possível retirada do Major Humberto!

Eu fui claro:

Todos levantam da mesma e dizem:

-Sim senhor!

E assim acabou a reunião, claro que parecia uma missão muito fácil, além do que temos que ficar parados e só ficando de guarda, bem no fim não foi tanto assim.

Na manhã seguinte eu já estava de pé bem cedo e vi Major Humberto e Capitão Tigre partindo para sua missão quase que suicida, sem tanques ou helicópteros para o suporte e reconhecimento, não havia muita escolha se não um ataque frontal. Ao ver os dois partindo e seus homens com eles, somente uma coisa veio a minha cabeça.

“Boa sorte”

Coronel Claudio estava ao meu lado, ele olhou para mim e mandou-me assegurar as posições.

*10 horas da Manhã*

Havíamos recebido uma mensagem de extrema urgência que milhares de infectados estavam vindo em nossa direção, os homens estavam prontos, as pontes asseguradas, metralhadoras .50 cal estavam guardando a ponte ao sul, homens e atiradores de elite na mata esperando o infectados o tempo é claro e limpo, nesse momento eu estava na ponte norte e Coronel Claudio na travessia ao centro. Precisamente ás 10:22 ouvimos os primeiros disparos esporádicos, a mensagem do rádio é que pelo menos 2 mil infectados estavam vindo em nossa direção, a batalha foi feroz, a ponte sul foi a primeira a cair, com isso Coronel Claudio recuou e não nos avisou!

Fomos surpreendidos, atacados pelo flanco esquerdo e pela frente, os soldados estavam atirando interruptamente e não ouviram os infectados chegarem por trás, eu estava na barricada e atirando com meu fuzil Ar-15, já havia matado 3 mulheres,6 homens e 1 criança. Ao meu lado o 1 tenente Luiz foi atacado por um infectado, ele foi jogado ao chão e mordido no pescoço, nada poderia ser feito a ele e praticamente ao mesmo tempo outros dois soldados foram atacados e nossa posição foi comprometida, recuamos para então a 2 linha de defesas, os carros foram postos para dar cobertura, no caminho para a 2 linha, vi os soldados ainda atirando e não entendo o que acontecia, foi então que subi na S-10 preta e suja de lama e gritei:

-TODOS OS SOLDADOS,RECUAR PARA A 2 LINHA! RECUEM PARA A 2 LINHA!

Pareceu que nem todos ouviram, assim perdemos muitos homens ainda nas pontes, praticamente metade do contingente que estava nas pontes foi perdidos por um dos erros do Coronel Claudio.

Reorganizei os homens para ficar e lutar até a morte, não há como recuar!

As barreiras dos carros pareciam estar aguentando bem, os homens matavam centenas e centenas de infectados, homens, mulheres e crianças, as vezes até mesmo bebês engatinhando lentamente para agarrar os pés. Os corpos foram empilhando-se lentamente, deixei o comando para o Sgt. Tomás, fui atrás do Coronel Claudio na tenda de comando, ao chegar vejo ele e um soldado recebendo a mensagem.

- Aqui é Major Humberto, os infectados são muitos, fomos cercados e conseguimos abrir passagem para recuar! Repito, estamos recuando para a base de encontro Wb! Estamos chegando, com muitos feridos, houve uma grande explosão, muito...ho...mens....mort...Man...a...pon....aber..!

“O som de um tiro”

Coronel Claudio pegou sua .38 e atirou no rádio e disse:

-Ninguém aqui ouviu nada, estamos sendo massacrados, iremos recuar!

Fiquei aterrorizado e já na hora falei com o Coronel:

-SENHOR!Não podemos recuar! Se recuarmos Major Humberto e Capitão Tigre vão ficar presos! Todos os sobreviventes vão morrer! Não podemos recuar, temos que ficar!

Coronel Claudio deu uma risada e falou:

-Jovem, há mais homens aqui do que no batalhão de Humberto, além do que, caso você queira morrer aqui, faça como quiser, estou indo para a Base A-1 no caminho para Curitiba, aqueles que desejarem venham comigo.

Coronel pegou o rádio e falou para nossos homens:

-Aqui é Coronel Claudio, estamos recuando! Porém Capitão Renato diz que vocês devem ficar, quem quiser recuar pode vir comigo nos caminhões, estamos saindo agora!

Largando o microfone, Claudio sai da tenda e vai em direção dos veículos, ao ver ele saindo eu olho para o chão e também penso em recuar, contudo eu não posso deixar que dezenas de homens sejam mortos pela covardia.

Ao recobrar a consciência, pego o microfone e falo para os homens:

-Aqui é Capitão Renato, quem quiser recuar pode recuar! Porém saibam que as tropas de Major Humberto estão vindo para cá, eles estão recuando! Eu digo que temos que ficar e proteger a retirada!

Todos os soldados ouviram as palavras tanto de Claudio como o de Renato, alguns resolveram fugir covardemente nos caminhões, agora os verdadeiros heróis da batalha Wb, resolveram ficar e formar uma linha defensiva até a chegada das tropas de Humberto ou morrer tentando proteger a retirada.

A luta foi feroz e sangrenta poucos homens protegendo uma estrada toda esburacada, a munição ia acabando, as capsulas empilhando-se no chão perto dos carros, já passara de meio dia e nada das tropas de Humberto, os mortos iam chegando e matando a todos.

Às 14:23 começou a chover e uma neblina tomou conta do rio, dificultando a visão dos soldados. Os homens olhavam para mim e eu gritava para manterem a linha, foi então que por alguns minutos não houve nenhum infectado, pensamos que havia acabado, porém quando o silêncio tomou conta de nós, pudemos ouvir ao fundo centenas de infectados chegando, eles gritavam como animais, eram tantos que a terra tremia com seu marchar infernal! Eu olhei para a direita e vi 10 homens armados com pistolas e facões, a minha esquerda estavam 4 homens com rifles, o silêncio foi quebrado quando o primeiro atirador disparou.

A bala viajou e acertou a cabeça de uma mulher infectada quase toda nua, sua carne a mostra, seios mordidos, um braço somente ela possuía, as pernas tortas e roupas rasgadas. A luta continuou até a noite, tivemos que abandonar os carros e fugir para a mata a nossa retaguarda e utilizar as árvores para usar como cobertura e atirar! As pistolas não tinham mais balas e muito menos os rifles, pegamos as armas de corpo a corpo, não passávamos de 10 homens, a estrada ficava há 30 metros de nós, parecia que íamos falhar em nossa missão fácil.

Foi então que em meio a chuva e relâmpagos ouvimos pelo rádio:

-Aqui é Major Humberto, estamos quase chegando!

A esperança tomou conta de nós, as nossas costas possivelmente 40 homens armados e a nossa frente centenas de infectados, tanto desconhecidos como soldados que foram mordidos.

Os homens olharam para mim, eu via o medo em suas almas, estávamos sujos de sangue e lama, armados com facas, facões e pedaços de madeira.

Estávamos exaustos de tanto atirar e lutar, eu mau conseguia levantar o facão, eu olhei para os homens e disse:

*-Nós não somos mártires ou heróis, não recuamos por que provavelmente não conseguiríamos parar de imaginar que atrocidades nossos irmãos iriam sofrer caso fugíssemos. Deus saberá o que fazer com os que fugiram*

Capt. Renato Alcantra, a batalha da encruzilhada Wb

E assim nascem as lendas, dos momentos da derrota certa, Capt. Renato e mais os 9 sobreviventes da batalha da encruzilhada Wb, ficaram e lutaram contra milhares de infectados.

Contra todos as chances, contra toda a falta de esperança, eles ficaram e lutaram. Que suas vitórias sejam contadas aqui no Museu Da Humanidade.

È dedicada assim a estátua desses 10 heróis no museu da Humanidade na cidade reconstruída de São Paulo. As tropas que sobreviveram ao ataque á Santo Antonio, foram deslocadas para outras missões e libertaram outras cidades dos infectados, porém nem todos continuaram no exército. Um grande exemplo é Capt. Renato que ainda ajudaria a treinar um outro grupo, inicialmente formado por jovens que não sabem que as brincadeiras de outrora iriam ser parte da grande chance de sua sobrevivência.

“Serão das cinzas do passado que iremos moldar os alicerces do futuro”

Autor: A certeza que todos nós temos

*Mensagem escrita na entrada da base principal da C.R.A.Z, do ano de 2015*

C.R.A.Z

E assim, nascerá das ideias dos jovens a força que irá libertar os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Cataria e Minas Gerais.

Contudo o caminho ainda é muito longo para a C.R.A.Z fazer seu grande papel, os fundadores primários estão separados por adversidades, interessantemente por estarem em locais diferentes levou o sucesso da CRAZ, pois assim eles conseguiram reunir mais pessoas do que estariam juntos.

Depois do começo da infestação Yuri um dos fundadores da C.R.A.Z formou a 1 base de operação em sua cidade natal, muitas pessoas próximas foram perdidas, a batalha para reconquistar a cidade foi incrível, de um lado 30 sobreviventes e do outro 4 mil infectados. O ilógico foi feito, o inacreditável foi realizado, uma das primeiras bases do Paraná foi feita em 1 ano.

Cap. Explicativo

Antes de prosseguir para o futuro, o passado deve ser explicado.

O inicio da infecção iniciou-se primeiramente no Estados Unidos da América, talvez não lá fosse o inicio em si, mas de onde tiveram-se as primeiras notícias de confirmação sobre a infecção.

Os relatórios da C.R.A.Z possuem um relatório sobre os acontecimentos.

*Relatório Número 1, Início*

-No dia 24 de Agosto de 2013ás 8:23 foi confirmado a infecção nos E.U.A

-Dia 24 de Agosto de 2013 ás 9:42 o Brasil confirmava a infecção assim como todos os países do mundo.

-25 de Agosto, todos os estados brasileiros possuem a doença

-26 de Agosto, a televisão começa a falhar, iniciado o plano de controle por Zonas

-27 de Agosto, somente o rádio funciona

-28 de Agosto, a batalha da encruzilhada de Wb.

-29 de Agosto, os fundadores da CRAZ começam a formar suas bases primárias.

-30 de Agosto, os primeiros sinais de luta pelo país tomam força.

-31 de Agosto, os fundadores iniciam buscas por outros lideres ou tentarem fazer comunicação com outros membros da CRAZ.

-1 de Setembro de 2013, uma das grandes façanhas da C.R.A.Z, com apenas 20 pessoas dominarem uma cidade de 4 mil habitantes

-2 de Setembro, o nome CRAZ começa a ser divulgado pelo Brasil.

-3 de Setembro, a terça-feira negra, diversos fundadores foram mortos em batalha pela cidade de Maringá no norte do Paraná.

Esses foram as primeiras informações obtidas da C.R.A.Z, cada tópico possui grande riqueza de detalhes, fotos, jornais e relatos dos personagens envolvidos.

*Dias Atuais*

Rafaela Suemi, voluntária da 42# unidade da tropa de choque.

Aqui começo outro diário, o dia é 9 de junho de 2015, estou escrevendo da base da C.R.A.Z número 13, estou de passagem aqui, nossa unidade logo irá ser transferida para umas das bases principais do Paraná.

Enquanto esperamos ansiosamente para entrar em combate contra os infectados, treinamos bastante, praticamos tácticas e fazemos cursos de sobrevivência urbana com um dos fundadores.

Tenho treinado muito, quando entramos em batalha minha missão é sempre dar apoio a Ruan, ele fica com o escudo de choque e sua pistola 9mm, meu papel é proteger ele a todo custo para que a linha de choque não tenha nenhum “buraco”, eu e minha MP7.

Hoje iremos participar de uma pequena missão de reconhecimento da cidade Marialva Paraná, o objetivo é investigar possíveis sobreviventes, procurar por remédios ainda utilizáveis e eliminar qualquer saqueador ou possível ameaça para a organização, sairemos ás 13:00 em ponto.

Estou escrevendo em meu diário pessoal quando sou interrompida pela Clara, ela está comigo desde quando nos alistamos para a CRAZ, já faz 2 anos que lutamos ao lado dos nossos parceiros. Clara é uma pessoa adorável sempre paciente comigo e nunca tivemos problemas.

-Ei Rafa, vamos indo está na hora.

Olho para Clara já vestida, seu colete cheio de datas e números sobre infectados mortos e missões feitas, ela também é uma parceira, possui uma MP-7 personalizada, morena e de somente 1,70 de altura ninguém pode dizer que ela é a mais velha do batalhão de choque número 42, seus 29 anos são bem escondidos. Então respondo a ela:

-Ok Clara, já estou indo, só vou guardar meu diário, 2 segundos.

Puxo de baixo de minha cama meu cofre pessoal, cada integrante da CRAZ possui um para guardar seus objetos pessoais, outros guardam espólios como bebidas e cigarros e outros simplesmente fotos de parentes queridos. Ironicamente não tenho muitas coisas no cofre, somente alguns diários e fotos, porém devo confessar meu vício por chocolate e realmente com as fábricas fechadas cada dia é mais difícil achar.

Pego então minha arma e meu capacete e vou com Clara até a zona de embarque, quando eu estava saindo do dormitório as meninas do 3 esquadrão de atiradores de elite fazem continência para nós duas, deixamos para trás as camas velhas dispostas lado a lado, os cobertores velhos e as vezes esburacados. Realmente não há muito o que reclamar, se você não está na CRAZ ou em algum exercito você dificilmente poderá achar um local seguro para dormir, caso você seja mulher é mais perigoso os estupros são comuns hoje em dia. Para quem está na CRAZ e passou no exame de admissão é uma benção, primeiramente vem as 4 refeições por dia, chuveiro, banheiros que funcionam, camas e sem o medo de ser estuprada ou morta pelos infectados.

Ao sair do dormitório feminino a luz do sol ofusca por alguns segundos a minha visão, dezenas de pessoas movendo-se para a zona de embarque, a base número 13 da CRAZ é bem guardada, temos perímetro eletrificado e com sensores, 120 pessoas ficam nessa base com 1 líder fundador, essa base é conhecida por ser ter sido atacada diariamente e aliás nunca um infectado conseguiu atravessar o portão de aço de 3 metros de altura e 10 cm de espessura, realmente é uma das bases mais seguras.

Os soldados falam que o líder aqui não é um dos fundadores, mas sim um membro da CRAZ há pela menos 6 anos, geralmente os líderes não são tão velhos, um exemplo é que a maioria dos fundadores não tem mais de 30 anos, acredita-se na hipótese de que os mais velhos foram mortos e somente os jovens sobraram.

Andando junto com Clara eu vejo que os homens estão subindo nos caminhões, nas missões de reconhecimento são proibidas armas de alto calibre e granadas, por motivos que os fundadores fizeram para que o combate não seja muito prolongado e forçar os soldados de reconhecimento evitarem contato e somente mapearem as ruas transitáveis e possíveis prédios para saquear.

Os soldados da C.R.A.Z usam o uniforme básico, então quer dizer que nenhum pertence as unidades especiais, os integrantes da S.C.E (Soldados de combate especial) são selecionados a dedo pelos fundadores para que façam as missões mais difíceis, desde sabotagem a ficar dias dentro de zonas vermelhas para esperarem pelo futuro ataque das tropas convencionais. Meu sonho é entrar na S.C.E, porém não passei 2x no teste de admissão, a prova teórica é muito difícil e os testes de combate corpo a corpo beiram ao absurdo, um dos fundadores disse que a missão de combate é simples, você desarmado contra 4 infectados em uma sala de 10x10 metros quadrados. Somente os mais aptos realmente conseguem entrar na S.C.E, contudo há uma unidade mais difícil de se entrar é o T.L(Time de Limpeza) o que os soldados comentam que você deve ser imune pra o vírus, coisa de 1 em 1 milhão, o T.L só faz missões de limpeza de cidade, eles atacam as cidades infectadas de frente e são ajudados pela S.C.E que infiltram-se dias antes dos ataques para fazerem sabotagens e matar os infectados antes do T.L chegar.

Meu batalhão faz parte das tropas convencionais, a tropa de choque tem a missão de fazer a linha de defesa primária em ataques e defesas, sempre trabalhamos em duplas, o esquema é escudo e espada.

Eu sou a espada, meu dever é ficar atrás do escudo e matar o máximo possível de infectados antes deles chegarem ao escudo, rua é o escudo que tem a simples missão de aguentar os infectados empurrando eles para trás ou de tentar desfazer a formação.

Nosso time é composto por 25 integrantes, 10 escudos e 10 espadas, 2 oficiais e 3 especialistas que podem ser alternados em explosivos a comunicação. Como o tenente diz: “Nós fazemos o trabalho difícil”

Não posso discordar, ficamos há pelo menos uns 20 cm dos infectados, caso a formação se quebre há poucas chances de sobrevivência, o trabalho de time deve ser impecável, confiança e acima de tudo sangue frio.

Esperando minha vez de ser inspecionada, vejo que Clara está um pouco nervosa, não posso perguntar para ela agora, porém irei perguntar no caminhão a caminho da missão, os oficiais inspecionaram todos, pediram para ver o equipamento e testar as armas, contaram as balas e viram que não possuímos nenhuma granada ou explosivo. OK, agora podemos ir.

Ao subir no caminhão sucateado, vejo que Clara senta-se longe de mim, não posso ir até ela pois o caminhão esta cheio de soldados e agora é impossível tentar se mover. Como não posso chegar a ela, decido ficar sentado e pensar sobre a missão, foi então que percebo que dois soldados a minha direita estão comentado sobre a missão e que nós iremos ver o S.C.E em ação, eu adoraria ver eles em ação, porém se S.C.E está aqui é por que algo de diferente na missão vai ocorrer, o tenente disse que poderia haver a chance de no reconhecimento nós mudarmos de R.C(Regras de Combate) e tivermos que montar uma base de S.A(Suporte de ataque) para as tropas de invasão.

Eu só rezo para que a missão seja tranquila e não tenhamos que montar base nenhuma...

*Cidade de Marialva, Paraná, é 9 de junho de 2015*

Horário: 14:35

Missão: Possível reconhecimento para futuros saques de suprimentos

Prioridades: Reconhecimento e talvez missão classificada como 9(As missões são classificados com números quando maior o número mais fácil de ser executada, quando mais baixo ou perto de 0, mais difícil de ser completada sem ter nenhuma baixa ou destruição do esquadrão)

R.C: Atirar se for visto e atacado, caso ao contrário cessar fogo e esperar ordens

Estamos todos sentados, o comandante levanta-se e fala alto e claro:

-Estamos chegando a cidade de Marialva, iremos para na entrada é possível haver infectados, descem e façam um perímetro em volta dos caminhões, lembrem-se de não se afastarem muito! Fiquem concentrados na missão e iremos voltar inteiros, todos nós! Vocês me entenderam:

Todos os soldados em uma voz única respondem:

-Sim! Senhor!

Fecho meus olhos e respiro, concentro-me na missão, seguro bem firme minha MP-7, engatilho ela e checo o pente, estou pronta...estou pronta...

O caminhão para e descemos.

Os primeiros soldados já pulam para fazer o perímetro, há poucos infectados, abrimos fogos, a entrada de Marialva está toda destruída com carros virados ou vazios, um grande buraco na estrada indica uma explosão de médio porte, os caminhões não podem avançar e nem os veículos leves. Todos estão protegendo os caminhões e esperando as ordens... e elas são dadas.

O tenente em cima do caminhão fala para começarmos a expandir o círculo de defesa por mais 30 metros!

Começamos a andar lentamente e esperando por qualquer coisa! Vou andando desviando de pedras e ferros no chão, os corpos de infectados e pessoas normais, fico atrás de um carro, um gol preto com buraco de balas e um corpo dentro. Essa foi a primeira parte da missão, a mais fácil, agora vem a mais difícil.

*Levantamento da missão- Parte 1:

Tiros: 43

Infectados Mortos em ação: 35

C.R.A.Z baixas: 0

Tempo efetuado: 10 minutos

Parte 1 completa, iniciando a segunda parte do plano.

* Cidade de Marialva, Paraná, é 9 de junho de 2015*

Horário: 14:45

2 parte da missão: Invasão e reconhecimento de alvos.

Estava na hora de entrarmos agora na cidade, formam-se os times, Eu, Clara, Pedro, Ruan e Sgt. Paulo vamos tomar a pequena mercearia a poucas quadras a nossa frente. Os outros esquadrões vão avançar até um ponto conosco para depois dividirem-se e formarem um perímetro a nossa volta. Vamos avançando, atirando nos infectados, eu matei uns 12 somente até chegar a mercearia com possuía a fachada suja de fuligem e pó, já mau podia ver o nome da loja e muito menos o que havia dentro, ficamos junto a parede e esperando para entrarmos.

O Sgt. Paulo fala como nos vamos executar a manobra.

-Ruan vá pela direita, Pedro esquerda, Clara cobertura, Rafaela pelo centro comigo, há 1 balcão a esquerda, 4 prateleiras altas então cuidado, ao fundo pode-se ver uma passagem do açougue para os fundos, Clara mantenha sua visão lá, possíveis alvos podem nos atacar então cuidado, se forem cercados recuem para a posição de Clara ela será nossa cobertura, esperem meu sinal.

Estou pronta, Pedro na minha frente da um tapa nas costas de Ruan para mostrar que esta pronto eu bato nas costas de Pedro e Sgt. Paulo nas minhas e Clara nas dele.

Sgt. Paulo grita:

-Invadir!

snpr
Enviado por snpr em 12/07/2010
Código do texto: T2372475