A mulher do táxi: uma lenda em Belém.



Há muitos anos na cidade de Belém um amigo me contou que durante a noite no seu táxi uma bela morena andou.
Era uma noite de sexta-feira e a lua estava bela. Meu amigo taxista avistou uma moça na janela. O coração do taxista disparou e muito forte pulsou. A moça fez um sinal. Ele parou em frente ao portão de uma velha casa. A moça, então sorriu, e disse: Você pode levar-me até a rua Gentil Bitencourt? O taxista não via nada ao redor a não ser o olhar encantador daquela mulher. Ela entrou no seu taxi. Um cheiro forte de rosas exalou. O percurso feito por aquele táxi parecia infinito. Quando no endereço solicitado chegou meu amigo se assustou. A moça desceu do carro e um forte abraço lhe deu. Beijou-lhe os lábios com paixão. Logo depois, a moça entrou no cemitério e desapareceu. Meu amigo achou aquilo tudo muito estranho, pois já era madrugada. Esperou durante horas, mas a moça não voltou. Retornou para o seu ponto. Ele ardia de febre e se contorcia de frio, mas não conseguia esquecer aquele beijo e nem os olhos daquela mulher.
No dia seguinte, voltou até a casa da moça. Tocou a campainha e esperou a porta se abrir. Uma senhora idosa o cumprimentou: bom dia. O que você deseja? Estou procurando uma moça morena de cabelos longos que pegou o meu táxi ontem a noite. A senhora olhou meu amigo e apontando para uma foto na parede indagou: è esta aqui? Ele sorriu e disse que sim. Então, ela enchugou uma lágrima e disse: está era a minha filha Suzana, mas ela já não está entre nós. Ela morreu vítima de um acidente de táxi.

Esta estória faz parte do imaginário popular do povo paraense. Não há versão certa ou errada, pois como diz o ditado popular " quem conta um conto aumenta um ponto".
Francineti Carvalho
Enviado por Francineti Carvalho em 14/09/2006
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T240136
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