o retorno da menina do cemitério

__Você acredita nessa história idiota que contam? Perguntou Cássia.

__Claro que não! Exclamou Carlos.

__Se você não tem medo então fecha o olho e chama a Rute três vezes. –disse Cássia.

Carlos fechou seus olhos e chamou Rute enquanto passava na frente do cemitério, mas logo ele virou a esquina e teve que se despedir de Cássia.

Como dizia a lenda o espírito de Rute ainda vagava pelo cemitério e assombrava quem lhe perturbasse.

Era hora de dormir e Carlos nem se lembrou daquela história que lhe contaram na escola, ele fechou seus olhos e deitou-se e quando o sono estava chegando ele ouviu passos na escuridão.

__Vovó é a senhora? Perguntou ele, enquanto os passos se aproximavam.

Alguém estava andando na escuridão, e isso era a única certeza do jovem, ele então decidiu cobrir a cabeça com o lençol. De repente uma mão gelada puxou seu pé e ele tentou gritar, mas perdeu a voz de tanto medo.

Levantou o lençol e viu um rosto muito branco olhando para ele, nesse instante o seus cabelos se arrepiaram e ele finalmente conseguiu gritar.

Sua avó acendeu a luz rapidamente e percebeu que o garoto estava com os olhos esbugalhados, e estava branco como uma vela.

A avó sentou na cama perguntando o que havia ocorrido, quando de repente as luzes começaram a piscar e o garoto viu no espelho a garota morta, ele abraçou fortemente sua avó e começou a gritar até que despertou finalmente.

__Foi tudo um pesadelo? Ufa- respirou o garoto.

Olhou no relógio e era meia noite, virou se pra dormir e sentiu alguém respirando em seu pescoço.

Ele se assustou e caiu da cama e viu sua avó caída no chão com a boca aberta e os olhos esbugalhados, logo em seguida ele correu até a porta e as lâmpadas começaram a piscar e enquanto ele procurava a chave aquela menina morta se aproximava dele com seus dedos cheios de sangue e seus olhos completamente brancos.

E é essa a história que ele conta desde que foi encontrado desmaiado na porta de casa no dia em que sua avó teve um ataque cárdico fulminante.

Mas em todo caso não brinque com o que você desconhece.

FIM

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Ricko Bellini
Enviado por Ricko Bellini em 13/08/2010
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