Sopro

Hããããã

Meus olhos estão abertos, a escuridão impera me esforço para ver poucos metros a minha frente, não consigo.

Tento respirar mas o ar foge dos meus pulmões ouço o barulho dos meus pulmões tentando puxar o ar, que trará algum alivio a dor que sinto, não consigo.

Um sopro e o ar inunda meus pulmões as convulsões fazem meu corpo tremer novamente, perco os sentidos porem sinto que não mais deixarei esse mundo depois desse sopro.

A luz do sol fere meus olhos de uma maneira para qual não há explicação, mesmo ficando inconsciente por vários dias e talvez abrigado num lugar escuro, a dor que sinto ao tentar abrir os olhos não é normal.

Será que estou ficando cego?

Todos os meus sentidos estão diferentes minha reações provenientes deles se assemelham as de um animal selvagem, um predador noturno sagaz e ardente, já não temo mais as trevas e seus filhos, e sinto sede, uma sede torturante e estranha que nenhum liquido consegue aplacar, meu estômago se revolve ante ao simples ato de me imaginar fazendo uma refeição normal.

Tento me levantar e sinto que estou num quarto escuro e frio ricamente mobiliado me ponho então aos tropeções em frente a um antigo espelho, estranhamente meu reflexo não está lá onde deveria junto com os outros reflexos, da cama, da mesa e do tapete....

Não posso afirmar com certeza ainda o que me aconteceu mas sei que tudo começou com aquele sopro que eu imaginei que me traria vida mas estranhamente me transformou em algo além da vida e da morte

Selva
Enviado por Selva em 16/10/2006
Reeditado em 13/04/2009
Código do texto: T266062
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.