Deixem as Almas Descansarem em Paz

Um grupo de jovens estudantes, tinha uma maneira estranha de se divertir nos finais de semana, eles entravam escondidos no cemitério e exumavam os corpos, retiravam os cadáveres das tumbas e "zuavam" com os mortos, era uma tradição macabra entre eles, independente de quem era o falecido, era abusado de várias formas, desde ser sexualmente agredido até usarem suas cabeças como bolas de futebol, ninguém tinha piedade daquelas almas, tratavam como se fosse objetos sem vida e nenhum significado. O líder deles era Marcos, um viciado que sempre era visto com sua namorada Sandra. Ao saberem que haveria um enterro de alguém, já festejavam, planejando o próximo ataque, misturado com drogas e bebidas nas madrugadas. O vizinho de Marcos morreu de leucemia e todos compareceram ao velório, mas riam entre si discretamente, já imaginando o que iam fazer mais tarde, por volta das três horas da manhã, os adolescentes invadem o local, com pás nas mãos. Enquanto um fazia a vigia, os outros ajudavam a escavar, até encontrarem a tampa do caixão, ao abrirem o homem estava pálido e duro feito pedra, arrancaram o corpo da cova e o jogaram sobre uma lápide, cansados de cavar, Sandra disse:
- Ele dá trabalho até depois de morto!
- Esse fofoqueiro vai ter o que merece hoje! - disse Marcos
Usando uma faca de cozinha, cortaram o pescoço dele, jorrando o pouco de sangue que ainda restava sobre alguns copos, beberam tudo e riam ao mesmo tempo, outra jovem pega seu batom e passa nos lábios do cadáver, dizendo que ele não passava de um palhaço. Um dos estudantes abaixa as calças e começa a urinar no corpo, misturado com o sangue da vítima, Marcos não se contenta com aquilo e corta os testículos do rapaz com um canivete, mostrando os órgãos genitais aos amigos, afrimando que agora ele não era homem. No final da "brincadeira", eles enterraram novamente, sem deixar pistas, era sempre na folga do coveiro Zé. Sandra começa a se cansar disso e tenta convencer o namorado a parar:
- Nem pensar amor, nós fazemos isso sempre!
- Eu acho errado...
- Você se acostuma, nós somos uma lenda!
Duas semanas depois, Sandra sofreu um acidente de carro, uma carreta bateu na lateral do seu veículo, esmagando suas costelas nas ferragens, todos ficaram arrasados com a morte da garota, principalmente Marcos, que resolveu não exumar nenhum corpo do cemitério, já que o caixão dela teve de ser lacrado, pois estava muito deformada. No entanto, o coveiro pediu ao Marcos que ficasse em seu lugar por uns tempos, pois teria que viajar. Na primeira noite , não resistiu á tentação e foi cavar o tûmulo de sua amada, tal surpresa foi descobrir que não havia nenhum corpo no caixão, estava completamente vazio. Assustado começou a suspeitar de todos, alguém capturou Sandra e escondeu, no dia seguinte, ele pergunta aos amigos se sabiam de alguma coisa, mas ninguém confessou, disseram que não mexeram em nada depois da morte da moça. Com o passar dos dias, os membros do grupo começou a morrer, todos de forma cruel, um morreu com a cabeça esmagada nos trilhos do trem, outro morreu com os olhos arrancados do rosto e outra jovem faleceu com a pele queimada em chamas, restava apenas Marcos, o único sobrevivente, ele chora de arrependimento, por ter maltratado aquelas almas e pede a Deus que trouxesse Sandra de volta, cavou novamente seu tûmulo, e ao abrir o caixão, alguém o empurra para dentro e tranca, ouvindo apenas passos ao redor. Inesperadamente, alguém abre a janelinha, era o coveiro sorridente, que disse:
- Não fiz isso sozinho camarada, sua namorada me ajudou!
- O que?!
Ela aparece, olha em seus olhos arregalados e disse:
- Eu avisei pra você parar... - fechando o caixão para sempre e ser enterrado com suas mentiras...
Alexandre S Nascimento
Enviado por Alexandre S Nascimento em 10/12/2010
Reeditado em 25/09/2016
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