A rainha dos monstros - capítulo VIII - Campo dos Espíritos

O ogro enorme pegou Claus e jogou-o para o alto. Ele então segurou-o firme. Os ossos de Claus chegavam a estalar. Heitor e Pen ainda caídos no chão assistiam a cena estupefatos.O que era aquilo afinal? Eles pensavam.

- Agros meu velho! Solte-me amigo! Disse Claus. O ogro então o colocou no chão.

- Amigo Claus! Amigo meu! As duas bocas da criatura falavam ao mesmo tempo. Duas vozes completamente diferentes e ao mesmo tempo tão afinadas.

- Quanto tempo hein ogro velho? Estes são meus amigos também. Aquele é Heitor e aquela é Pen.

- Mulher! Caçadora de homem! O ogro esbravejou caminhando na direção de Pen com uma expressão nada amistosa. Mesmo caída, Pen o encarava sem nenhum medo.

- Não Agros! Não! Pen é minha amiga! Dizia Claus comunicando-se num misto de gestos e palavras que eram pronunciadas vagarosamente para a criatura a sua frente.

O ogro então virou-se para ele. O olhar de Claus o apaziguou e ele então deu ordem aos outros ogros para baixarem suas lanças.

- Ele é seu amigo? Perguntou Heitor levantando-se.

- Sim. Este é Agros! O ajudei certa vez a livrar-se de um cão monstro. Disse Claus sorrindo para os amigos.

- Nescuro? Perguntou Pen.

- Sim. Agros tentou nos atacar. Nescuro protegeu Elisa e atacou ele. Eu interferi. O coração dele não é ruim. Os ogros só atacam quando se sentem ameaçados ou para proteger seus amigos.

- Cão mau! Agros não gosta! Machucar Agros! Ele disse mostrando seu pescoço. Seu dedo sob uma enorme cicatriz. Era como uma estranha tatuagem no formato da boca de um lobo enorme.

- Sim Agros! Mas ele agora é seu amigo. Certo? Perguntou Claus.

- Amigo! Cão mau, meu amigo! Ele disse.

...

Enéas se surpreendeu com a imagem á sua frente. Lá estava Taumos. Ao seu lado o homem cavalo Nesso. Atrás deles cerca de trinta centauros empunhando seus arco e flechas. Aquele era o único ponto da floresta onde as arvores eram mais baixas e as folhas eram mais verdes, mas a escuridão ainda reinava ali. Era chamado de campo dos espíritos. Lendas diziam que quem passava por aquele lugar nunca mais voltava.

- O que estão pensando em fazer? Perguntou Enéias.

- Queremos que dêem meia volta e saiam da floresta! Este é o limite para vocês! Disse Taumos.

- Que idiota! Você acha mesmo que seus trinta homens cavalos poderão derrotar meu exército de monstros e esqueletos! Enéas deu uma risada alta. Hipono parecia os analisar, permanecia calado, seus olhos rondavam todo aquele lugar. Foi quando a primeira flecha foi disparada bem na direção dele.

- Atacar!!! Gritou Nesso após atirar sua flecha.

...

Sofia o olhava triste. Tentava de alguma forma ajudar, mas sabia que não haveria como. O feitiço que Luc havia lançado sob ela a impedia de mentir para ele e seus poderes nunca seriam páreos para livrá-la daquela triste prisão. Ela então ajoelhou-se naquele piso de vidro e mergulhou de cabeça em suas lembranças.

Há muito tempo ela era apenas um reflexo naquele espelho. Ela estava presa ali naquele mundo sombrio onde ela se encontrava desde aquele dia fatídico.

Antes eram três amigos inseparáveis. Ela, Elisa e Luc aprenderam tanto juntos. Elisa sempre foi a mais poderosa. Luc nunca aceitara isto e sempre estava aprendendo um feitiço novo para se mostrar mais forte que Elisa. Ele não era mau, era uma criança confusa e com ciúmes. Mas a magia de Elisa fluía de uma forma naturalmente esplendida. Luc pesquisava, lia livros de diversos bruxos, dos mais poderosos enquanto ela sempre estava a frente dele sem fazer nenhum esforço. Até que ele encontrou um meio. Um velho bruxo o entregou um livro. Nele havia um feitiço poderosíssimo e irreversível.

Assim o velho o disse:

- Você pode perder toda sua essência e sua alma ficará aprisionada no submundo. Mas você se tornará imortal. Nada, nem ninguém poderá te matar. Mas não restará nenhum sentimento de afeto em você. Está disposto a pagar este preço? O velho perguntou.

Luc pegou o livro e saiu correndo. Chegou até o bosque e viu o lago a sua frente. Lá estava ela admirando aquela paisagem. Tudo era tão lindo antes de tudo aquilo acontecer. Ela estava sentada sob o cais, olhava o arco-íris. Era apaixonada por aquela diversidade de cores, seus pés tocando a água.

- Veja Sofia! Ele disse mostrando-a o livro.

- Que livro é este Luc? Ela perguntou.

O livro era realmente horrível. Havia um orifício em sua capa em forma de pentagrama. Ele estava fechado. Algo estranho escrito a sangue.

- Isso pode me dar o que quero Sofia! Poderei ser como Elisa! Forte como ela. Criar monstros. Juntos nós três seremos imortais. E ficaremos juntos para sempre.

- Do que está falando Luc? Isto é magia negra! Seus pais não consentirão com isso? Luc então pela primeira vez se mostrou nervoso.

- Você está com medo que eu seja mais forte do que ela? Ele disse.

- Claro que não! Quero que você se encontre Luc. Cada um tem o seu lugar. Cada um contribui de alguma forma para que o destino se cumpra. Você não precisa ser forte como Elisa!

Luc se enfureceu por ela ter dito aquilo.

- Conselhos da fada da profecia! Uma fada oráculo! Poupe-me disso tudo Sofia! Ele disse em um tom exasperado.

- O que há com você Luc? Você está diferente! Sofia se levantou.

- Você acha? Será que já estou mais poderoso apenas por possuí-lo? Ele disse com um tom estranho na voz.

- Luc me dê este livro! Sofia disse puxando o livro de Luc na tentativa de tirá-lo dele. Luc então se mostrou agressivo. Foi quando algo estranho aconteceu e o livro então se abriu. Um campo de força foi formado e jogou ambos em direções opostas. Luc caiu sob a madeira do cais. O livro ainda flutuando, mas ele não podia ver Sofia. Uma forte ventania saindo de dentro do livro, suas páginas passavam rapidamente movendo-se sozinhas. Ele então o viu. Era o velho bruxo que havia dado-o o livro. Ele se manifestava em forma de fumaça á sua frente. O livro aberto em sua mão direita, enquanto sua mão esquerda estava acima do livro. A palma da mão voltada para o livro. Ele então o reconheceu.

- Hades? O deus Hades? Luc perguntou.

- Sim, Luctaer. Ainda quer ser o mais poderoso? Perguntou a voz hipnotizante.

- Sim! Eu quero! Mas onde está Sofia?

- Ela caiu na água! Não sabe nadar não é mesmo? Luc se desesperou.

- Preciso salvá-la! Ele disse.

- Não! Ela vai tirar o livro de você! A voz parecia estar dentro de sua cabeça como um sussurro estranhamente sedutor.

Luc chegou até a beira do cais. A água era tão cristalina, dava pra ver o corpo de Sofia. Ela estava no fundo do lago.

- Tenho algo para ela pior que a morte. Luc disse. Ele apontou seu anel para o lago. Um raio de luz vermelha atingiu a água. As águas se abriram formando quatro paredes enormes, o local onde estava o corpo de Sofia de repente estava seco. Ela parecia não respirar mais. Hades a olhava atento, seus olhos assassinos sondavam o corpo da jovem. A areia de repente ruiu-se abaixo de Sofia até que seu corpo afundou-se naquele buraco oval. Era como uma espécie de cova de cerca de trinta centímetros, A areia derreteu-se fundindo espontaneamente e transformando-se em uma espécie de vidro. O mesmo envolveu o corpo de Sofia. Raízes saíram do fundo do lago, brotando do solo em forma de serpentes e de repente tomaram a forma de caveiras. Elas circundaram todo aquele vidro se transformando num tipo de moldura bizarra. Sofia estava dentro dele aprisionada. Ela então abriu seus olhos assustada, suas mãos tocaram o vidro. O vidro de repente se mostrou como um espelho e o corpo de Sofia desapareceu, restando apenas a imagem de um garoto no alto do cais deixando escapar uma lágrima de seus olhos.

- Está pronto para isso meu jovem? Perguntou a voz inponente.

- Sim! Eu estou! Mas de agora em diante me chame de Senhor das Feras! Ele disse virando-se para Hades.

...

- O que faz aqui Agros? Perguntou Claus.

- Nós vir lutar aqui! Homem mau querer que destrói Elisa! Liza bruxa boazinha!

- O Senhor das feras! Ele juntou um exército. Disse Claus.

- Vocês vieram ajudá-lo? Perguntou Pen.

- Não! Nós não! Neste momento suas duas cabeças olharão uma para outra. Nós ajudar Elisa!

- Ele quer Elisa! Luna está com ela! Então temos que nos precaver ou ela irá nos controlar. Disse Heitor.

- E o que você sugere? Perguntou Claus.

...

Nesso nunca havia errado um alvo em sua vida. E assim ele continuou sem errar. Mas Hipono ainda estava vivo. Um sorriso no canto da boca e uma flecha segura em sua mão.

- Atacaaaar! Enéas gritou! Hipono deu ordem com uma de suas mãos. A batalha começou.

...

- Logo seu irmão me dará o colar! Disse Luna.

Nescuro estava preso no chão, as raízes das árvores estranhamente enroladas em suas patas.

- Imbecis! Mal saberão pelo que foram atingidos. Ela disse sorrindo.

....

Os monstros atacaram. Serpendragons enormes, (criaturas metade dragões metade serpente), lobígres ( seres estranhos, uma fusão de lobos e tigres, estes a cabeça e o corpo eram metade de cada animal, um ser veloz e feroz que atacava com uma força incrível), crogolianos ( Monstros bizarros, com a cabeça e calda de um crocodilo, o corpo de um gorila mas a inteligência de um humano. Eram especialistas na arte da guerra), Macamônios ( Macacos demônios enormes que saltam pelas árvores com muita agilidade, presas de demônios e asas parecidas com as de morcegos mas não podem voar, servem apenas para diminuir a velocidade nas quedas) . Os guerreiros esqueletos iam logo atrás, anfisbenas, minotauros, dracaenaes e moraguidramõs atacaram na linha de frente. Flechas viajavam em busca de corpos. Taumos sorria estranhamente, mesmo que a quinze metros dele e aproximando-se cada vez mais rápido vinha um enorme exército.

...

- Logo terei todo o poder! Serei um Deus! O senhor das feras estava no alto de seu castelo olhando para a floresta negra.

...

Os monstros se aproximavam cada vez mais. As flechas eram envenenadas com veneno de mantícoras. Acertavam os monstros que caiam na mesma hora. Os centauros eram excelentes no arco e flecha. Treinavam exaustivamente para caça, já que tinham que abater suas vitimas devido a dificuldade que a parte inferior de seu corpo lhes atribuía nesta hora.

Os Monstros estavam chegando próximo a eles, quando ás árvores de repente pareceram balançar, os troncos então se esticaram em formas de mãos humanas e se enraizaram pelo chão e pelo ar. Os galhos esticanto-se côo se fossem feitos de borracha. Ora prendiam as criaturas, ora as tragavam para dentro das árvores. Enéas ficou estupefato, os monstros menores sumiam dentro dos troncos. Neste momento novos brotos saiam das árvores. Os maiores eram presos pelas raízes.

- Matem todos! Gritou Taumos!

Os seres maiores eram seguros pelas raízes. Eles arrebentavam uma e duas novas surgiam. Mal conseguiam dar um passo sem serem capturados novamente pelas árvores.

- Que Maldição é essa? Perguntou Enéas. Ataquem! Ele gritou para os soldados esqueletos. Hipono então fez sinal com a mão para que eles parassem. Pegou seu arco e flecha e o armou. Seus olhos fixos no alvo. Ela então se moveu e ele disparou.

...

O som de gritos e urros os visitou.

- São eles! Coloquem os tampões. Os heróis então correram. Eles foram ao encontro dos exércitos.

As flechas encontravam os corpos das criaturas que estavam presas. Minotauros caiam como se fossem simples ovelhas. Dracaenaes com seus rabos de serpente eram mais deificeis de ser seguras pelos pés já que não os tinham e a calda era visguenta, mas seus braços e cintura eram entrelaçados pelas raízes, elas gritavam com uma ira terrível, as flechas as encontravam. As árvores cada vez mais fortes. A cada ser que elas absorviam seus troncos se tornavam mais resistentes, as faces das criaturas ficavam caracterizadas nos troncos das árvores formando uma obra de arte bizarra.

A flecha saiu do arco de Hipono, sua seta flechou nela e o sangue escorreu.

Enéas olhou para ele completamente aturdido.

- Mas como? Ele disse vendo a árvore sangrar e de repente suas folhas entrando em estado de putrefação, a árvore perdia sua vida e os monstros que estavam presos a ela se soltavam.

- As árvores! Ataquem! Gritou Hipono. São Dríades!

- Dríades! Malditos espíritos da floresta. Disse Enéas olhando mais atentamente como as árvores se moviam e seus galhos esticavam-se. Ele pode ver o rosto delas nas casas das árvores. Seus olhos moviam-se e sorrisos sádicos eram vislumbrados por ele.

- Luna as enfeitiçou! Disse Hipono.

Os soldados esqueleto começaram a atacar as árvores, mesmo sabendo que eram dríades não seria uma batalha justa. Eles só as matariam no momento em que elas se mostrassem e isso se dava no momento do ataque. Os soldados eram pegos um a um. Hipono lançava suas flechas, mas elas eram ágeis apareciam e de repente sumiam dentro dos troncos ou apenas trocavam de lados. Os Centauros controlavam a situação e não desperdiçavam nenhuma flecha. Os soldados esqueletos sendo aprisionados dentro das árvores restando apenas suas armas caídas no chão.

- Estamos sendo massacrados! Disse Enéas!

Foi quando o chão de repente pareceu tremer.

...

Pen pôde vê-lo. Seus olhos pareciam vagos e distantes.

- Hipono! Ela disse cheia de ódio, mas seus olhos demonstravam grande melancolia.

Claus jogou a capa sob seu corpo ficando invisível. Heitor empunhou seu arco e flecha enquanto Agros liderava os Ogros fazendo sinais com suas mãos.

- Aquele cavalo alado é Pegasus! Mas como? perguntou Heitor, mas ninguém o respondeu pois eles não podiam ouvi-lo.

- Hei Enéas! Gritou Heitor. Enéas olhou-o abruptamente. Só há uma maneira de vencê-los.

- O que quer dizer com isso? Perguntou Enéas.

- Não posso te ouvir, mas sei que pode me ouvir. Ambos queremos a mesma coisa e só há uma maneira de chegar até Elisa. Destruir os Centauros. Precisamos nos unir. E vocês precisam de arqueiros. Tenho dois excelentes aqui e algumas mãozinhas fortes pra ajudar. Se nos unirmos nossas chances aumentarão. Acene se concordar.

- Maldição! Enéas acalmou seu cavalo que sentiu o cheiro de sangue. Acalme-se Deinos. Feito! Mas depois eu te mato Heitor e entrego Elisa para o mestre! Ele então acenou com a cabeça concordando

- Ok. O que precisamos fazer? Perguntou Heitor.

Hipono parecia poder ler lábios, pois apontou para as árvores.

- Dríades! Ele gritou.

- Dríades, Heitor! Disse Pen apontando para as árvores. Heitor então pôde vê-la mesmo sem ouvir o que ela falou.

- Droga! Que cheiro de urina de Ogro! Reclamou Heitor apontando sua flecha para árvore.

Claus havia desaparecido. Agros e os ogros aguardavam a ordem de Heitor. Hipono aguardando, os exércitos sendo dizimados pelos centauros. Nesso sorrindo. Ele disparou mais uma flecha. Esta derrubou um macamônio que havia se esquivado das dríades e se aproximava.

- Continuem firmes centauros! Ele gritou. Foi quando um jato de sangue saiu de sua jugular e suas patas dianteiras cederam, era como se ele estivesse de joelhos. Suas mãos caíram sem vida do lado do corpo de cavalo e seu arco e flecha foi ao chão. Nesso estava morto.

- Olá! Disse Claus se revelando na frente dos centauros. Aquele era o sinal. Heitor e Pen dispararam suas flechas. Com pontarias precisas acertaram seus alvos. Duas árvores sangraram e as dríades caíram mortas revelando-se na forma de mulheres. Claus estava invisível novamente. Agros então ordenou o ataque com suas mãos e os Ogros correram para batalha.

Hipono, Heitor e Pen atiravam suas flechas. Enéas conduzindo seu exército que estava reduzido agora a poucos soldados esqueletos. Vários monstros caídos no chão.

Os centauros continuavam a atacar. As dríades seguravam os monstros o quanto podiam. Estavam longe demais dos arqueiros e não conseguiam alcançá-los. Outra dríade caiu morta, uma flecha cravada em seu peito. Agora as dríades tinham menos forças, os monstros maiores começavam a se soltar. Os poucos deles saíram arrastando as raízes das dríades. Flechas ainda derrubavam os monstros, mas o confronto era inevitável. Parte dos centauros então sacaram suas espadas. Outra parte continuava a disparar flechas, mas eles agora estavam desordenados sem a liderança de Nesso.

Agros correu na direção dos monstros, suas duas cabeças balançando sob o corpo, uma dríade o segurou. Enrolou seus galhos prendendo os braços do ogro junto a seu corpo, pressionando. Ele deu um urro alto e arrebentou os galhos dela. Correu na direção da árvore e abraçou-a, flexionou seus joelhos e arrancou-a do solo com uma força descomunal e lançou-a sob um grupo de centauros que caíram aturdidos. A dríade morreu assim que sua raiz foi arrancada. Os outros ogros atacavam com suas lanças. Dois dos lobígres que restaram saltaram livrando-se das dríades e atacaram Taumos. Ele se defendeu com as mãos, mas as criaturas metade lobos, metade tigres eram mais ágeis e ele logo estava caído no chão, os dentes de um deles cravados em seu pescoço.

....

Elisa estava caída no chão, Nescuro em sua forma de cão permanecia seguro por uma dríade ao seu lado. Luna então percebeu a presença dele. Algo então segurou seus pés.

- Clausban! Aguardava sua chegada, meu velho amigo! Ela disse.

Claus então apareceu na frente dela. A dríade o segurou quando ele pisou em uma de suas raízes.

- Olá Luna!

- Eu preciso de um guerreiro melhor para me ajudar! Taumos a esta hora já deve estar morto. É um fraco! Você não! È sábio Claus.

- Vim buscar Elisa! Não quero conversa!

Luna então fechou seus olhos e concentrou-se.

- Claus, você está bloqueado? Não consigo penetrar em sua mente.

- O que foi Sirene? Não consegue entrar em minha mente. Não sou nenhum tolo. O primeiro passo para entrar em minha mente é eu escutar você. Não ouvi nada do que você disse até agora. Ele disse se aproximando mais de Elisa.

Ela então sorriu para ele, que ficou surpreso com aquilo.

- E pensa que eu sou? Disse ela dando uma gargalhada. Claus... Claus...! Ela disse andando em sua direção. O que acha que quero com Elisa? Apenas o colar? Apenas minha liberdade?

- O que você está tramando Luna? Ele perguntou empunhando sua espada. Mesmo não a ouvindo sabia que havia algo de errado.

- Chegou a hora de um novo reinado! De uma nova rainha! Ela disse.

-Você é apenas uma sire... ele disse quando viu as mãos dela incendiando-se. Ela então apontou-as na direção dele e sorriu mais uma vez. Ele perdeu a voz ao ver aquilo.

- Que pena! Ela disse enquanto bolas de fogo saiam das mãos dela vindo em sua direção.

...

As dríades e os centauros agora não seriam capazes de enfrentar os monstros aliados aos esqueletos e aos ogros. Era uma batalha injusta. Centauros tinham suas patas dilaceradas pelos monstros menores que atacavam sem piedade. Um minotauro que ainda restava torceu o pescoço de um centauro que caiu morto no chão. Os centauros eram valentes. Atacavam sem cessar. Restavam poucas dríades e elas logo acabariam. O campo já carregava a mesma paisagem do restante da floresta. Um lugar quase sem vida.

...

Claus agachou e as duas primeiras bolas de fogo passaram direto e caíram no solo a frente dele e afundaram jogando uma barro negro por todo seu corpo.

- O que é isso? E como você pôde? Ele disse assustado.

Ela não o deu ouvidos, um riso irônico e um olhar de deboche se instalaram em seu rosto. Ela lançou mais duas bolas que vieram na direção de Claus. Ele se desviou de uma mas a outra bateu contra seu peito. As raízes se soltaram e ele caiu próximo a Elisa tossindo e cuspindo sangue. Sua capa incendiando-se. Ele a tirou rapidamente e pegou a mão de Elisa.

- Rainha! Você tem que viver! Ele disse enquanto Luna se preparava para dar o golpe final.

Continua...

São só mais dois capítulos...

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 10/09/2011
Reeditado em 10/09/2011
Código do texto: T3212311
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