Dia do Juízo - Cap.3 - O Assassino da Cruz

Desculpem pela demora, é que é tempo de provas.

- Fala logo Cabo Anselmo, o que a testemunha contou. – disse impaciente o Delegado André.

- Delegado, a nossa testemunha tinha bebido aquele noite e caído em meio a umas caixas de papelão atrás do bar, mas ele viu algo que por mais que estivesse bêbado não teria como inventar ou imaginar – o homem vez um pausa na fala, ele era um rapaz moreno e forte, com a boca pequena, depois de tomar um pouco de ar continuou a contar a historia – Enquanto estava lá caído presenciou algo terrível, uma tentativa de estupro por parte de três homens em uma garota que aparentava ser menor de idade, quando um dos homens já havia abaixado a caça da menina um homem pulou do telhado do bar com uma cruz grande cruz na mão, vestido com um sobretudo negro e um chapéu de cowboy também de cor escura, um dos estupradores foi a direção dele com uma faca, mas o homem era ágil, com um rápido golpe ele se esquivou e quebrou a mão do outro e em seguida passou a cruz no pescoço dele cortando feito uma navalha, o outro tentou lhe atacar por trás, mas ele de costas apenas ergueu a cruz fazendo sua ponta atravessar a cabeça do outro estuprador, entrando pelo queixo e saindo pela topo da cabeça, o terceiro tentou correr mas o homem lançou a cruz em sua direção e lhe acertou nas costas, disse algo para a menina que correu, pegou a cruz que estava empalada no homem e com a ponta afiada começou a cortar algo na pele dos homens mortos, enquanto dizia palavras em outra língua.

- Essa é a historia de um bêbado que nada ajuda Cabo.

- Delegado, ele conseguiu ver relances do rosto do homem, dizia ter um nariz grande e pontudo e usava óculos. E alias todas as descrições de golpe que ele nos contou bate com as marcas nos corpos dos homens mortos, temos um com a garganta cortada, o outro com um furo que sai da cabeça e termina no queixo e o terceiro com um buraco nas costas, e o tal corte que o homem diz ter o visto fazer deve ser as marcas de cruz nos cadáveres. Se o senhor quiser conferir os corpos...

- Não preciso, eu quero falar eu mesmo com essa testemunha. Então temos um justiceiro aqui, que mata estupradores, é isso cabo Anselmo, a sua historia estranha? É essa?

- A parte estranha Delegado, é que ao acabar de matar, o homem sumiu em um feixe de luz, no meio da escuridão.

- Chame ele aqui, agora Cabo Anselmo. Agora.

O homem estava chegado em casa exausto do serviço, era alto e meio gordo e tinha cabelos grandes, que não cortava há tempos. Entrou em casa e encontrou a mulher se arrumando pra sair.

- Aonde vai Flavia, sair de novo, e sem mim.

- Cala essa boca, você sai toda a noite pra ir naquele maldito boteco, só volta de madrugada bêbado e eu não tenho direito de sair Armando? Vai se fuder! Por falar em boteco, a policia ligou aqui e te espera ainda hoje ou amanha pra depor, deve ser por causa dessas historinhas retardadas que você conta quando está bêbado, homem matando com cruz e sumindo na luz, fala sério Armando.

- Eu podia sim estar bêbado, mas eu sei o que eu vi.

- Foda-se, eu to saindo.

Depois que a mulher de Armando saiu ele foi até a cozinha, abriu a porta da geladeira e pegou uma lata de cerveja, e voltou pra sala, estava no sofá quando escutou uma barulho vindo da cozinha, achou que poderia ser aquele maldito cachorro da Flavia que ela insistia em deixar dentro de casa, foi lá verificar e nada havia, achou estranho, quando se virou pra voltar pra sala se deparou com o homem de sobretudo e chapéu, com a cruz na mão parado na porta entre os dois cômodos, derrubou a lata de cerveja no chão e tentou gritar, mas quando abriu a boca o homem enfiou a ponta da cruz em sua boca que atravessou a nuca, Armando tentou correr mesmo com a cruz pesando em sua boca, mas o homem lhe segurou e disse em seu ouvido “ Deus vai ter piedade de sua alma, apenas por esta não ser sua hora, mas o momento assim o fez”, pegou a cruz pela ponta que sai da nuca do rapaz e a puxou, fazendo a parte vertical da cruz arrancar parte de cabeça de Armando, fazendo ficar seu corpo apenas com a mandibula.

Continua no Cap. 4 - "Mamãe, a professora é uma pessoa má"

Renan Pacheco
Enviado por Renan Pacheco em 05/10/2011
Reeditado em 30/12/2011
Código do texto: T3259121