Dia do Juizo - Cap 10 - Império da Morte.

- Isso é... Eu nem sei disse que merda é essa padre, não matarei meu filho, mesmo que ele seja quem ele for. Não é certo, Deus não pode exigir sangue.

- Eu sei parece loucura, mas o mundo anda tão perturbado que não podemos condenar Deus, e sim aceitar o que ele nos propôs.

- Não aceitarei nada como se fosse uma maldita marionete. Ele que desça aqui e limpe a própria merda.

- Isso é blasfêmia Tamires

- Isso é a realidade. O que era Lúcifer antes de ser o diabo Padre? Um anjo que se rebelou se Deus fosse assim tão bonzinho porque raios um anjo teria motivos pra se rebelar? Ele motivou o monstro, ele que cuide do demônio.

- Lúcifer só se rebelou porque Deus amava aos humanos de modo como ele não entendia.

- Amava?! Anjos e demônios brincam com a gente como se fossemos nada Padre, não é essa a definição de amor que eu conheço.

- Eu sei que não quer machucar seu filho, e talvez não precise só aceite seu destino Tamires, entenda o que você realmente é. Você tem um filho que agora está do lado do Mal, e isso deve ser angustiante, então imagine o que Deus, seu pai, não está sofrendo ao ouvir estas palavras.

Por vários minutos ficaram em silencio, com Tamires comendo as bolachas, quando a ultima acabou ela se levantou sem falar nada e foi embora da casa do Padre.

- Talvez temos uma chance Delegado André, de pegar o Assassino da Cruz.

- Que a noticia seja boa, pelo menos um caso resolveremos. Dica Cabo.

- Semana passada o Juiz Lopes deu prisão residencial pra quatro traficantes...

- Juiz Lopes é um cachorro, deve estar metido no meio da bosta dos traficantes.

- Ele está morto André, com a marca da cruz, assim como três dos traficantes, as mortes aconteceram com uma hora entre elas, o terceiro tivemos a confirmação de seu óbito há 15 minutos. Se esse assassino for cronometrado podemos achar o quarto ainda vivo e pega-lo em uma emboscada.

- Juiz corrupto, traficantes, pelo jeito o outro apelido também se justifica. Mas mesmo fazendo um tipo de justiça temos que pega-lo. Vamos logo Cabo Anselmo.

- Você gosta mesmo de beber.

- Vai se fuder Angélica.

- Que indelicadeza Mirela, só vim aqui me divertir. Eu quero ver como age o tal.

- Não só você vai ver, aqui está cheio de gente, vai se ruma tremenda burrice, mas uma burrice necessária. Cadê o garoto? Achei que estaria com você.

-Que tipo de pai acha que eu sou, trazer um filho pro bar é demoníaco, até pra mim. Ele está dormindo depois de um dia exausto de trabalho, não é fácil fazer o que ele faz, devo admitir que é cansativo. Ele precisa mesmo de um tempo antes da gente viajar, já faz um mês e eu prometi levar ele pra mãe. Eu posso ter todos os tipos de defeito, mas não minto pra ninguém, só engano às vezes.

- Viajar pra onde?

- Vaticano

- Puta que pariu.

- Muito cedo?

- Não, você não chegará lá.

- Não vem com este papo de que está escrito.

- Como quiser. Me serve outra dose.

- Deixa que eu pago essa, e pras duas senhoritas. – disse um homem moreno e de cabeça raspada.

- Que seja, não vamos ter que aturar você muito tempo mesmo. –disse Mirela

- Como assim? – perguntou o homem

- Esqueça, pague as bebidas que eu sequei a garganta com esta conversa.

- É aqui Delegado, a casa onde o Chiclé mora.

Chegando a porta da casa do traficante havia dois agentes da policia federal, mesmo se apresentado como Delegado não deixaram os dois entrarem, mesmo explicando o porque deles estarem ali. Ao saírem da porta da casa um senhora que estava passando abordou o delegado. “Não pude deixar de notar na conversa de vocês, não podem entrar porque o Chiclé nem ai está, ele foi pro bar, eu moro ali e vi” Depois dela explicar onde era o bar correram pra lá imediatamente.

O telefone tocava e padre Sérgio correu pra atender, viu que era o numero de Tamires.

- O que foi Tamires?

- Aceito, Padre.

O homem de chapéu e sobretudo entrou no bar e sentou ao lado de Mirela.

- Tem um ser bêbado sentado ai, ele deve estar no banheiro agora.

- Nós sabemos que ele não precisara de um assento.

- Diga isso a ele, tá vindo ai.

- Posso saber que é o senhor, eu estou acompanhado das moças.

- Me diga primeiro quem é você.

- Se o senhor assiste tv me conhece, eu sou o Chiclé, e não é bom me irritar.

- Não quero te irritar, mas estava atrás de você mesmo.

- Por... –Nem deu tempo do homem terminar de falar e a cruz já estava enfiada entre os dois olhos do homem, “Divertido, divertido, divertido” gritava Angélica, quando a porta do bar se abriu e entrou Delegado André e Cabo Anselmo.

- Está preso em flagrante homem – gritou o delegado.

- Foi mesmo uma burrice – disse Angélica -O que Deus vai achar de seu carrasco na Terra ser pego pega policia. Gabriel, você sempre fazendo merda, nunca foi o melhor arcanjo mesmo.

Continua no penultimo capitulo - Sangue, Caos e Destruição.

Renan Pacheco
Enviado por Renan Pacheco em 27/11/2011
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