Discórdia

Seu nome era Marley. Sim, igualzinho ao filme que o filho dos Fernandes assistira tantas vezes. De parecido com o labrador do filme, o vira-lata que Hugo trouxera da rua só tinha o nome mesmo.

O cachorro era o demônio! Como o Seu Fernandes adorava repetir pela casa. As brigas eram comuns. O cachorro destruía tudo que via pela frente. Vez ou outra os vizinhos flagravam Seu Fernandes saindo da casa apenas com um sapato no pé enquanto o vira-lata corria pelas ruas com o outro. O fato é que o Seu Fernandes queria o cachorro fora de casa naquele mesmo dia. Na segunda feira, Hugo! – ele dissera. E quando o homem mandava todos acatavam.

Acontece que mesmo com o Seu Fernandes jurando de pés juntos para a mulher e o filho que não fora ele quem matara o cão, não acreditavam.

– Para de mentir para o menino, Nando. A gente sabe que você não gostava do cãozinho...

– Não fui eu, mulher! Já disse. Eu estava trabalhando. Quando cheguei encontrei ele daquele jeito.

Hugo chorava inconsolável. O garotinho de dez anos não entendia como seu pai teve coragem para fazer aquilo com seu amigo. O cão era atentado sim, cagava nos sapatos do pai às vezes, mas nada justificava a brutalidade com o que o cão fora morto.

Sílvia andava de um lado para o outro na cozinha. O avental molhado colado no ventre. Não sabia o que fazer. O marido era louco, o filho não parava de chorar e ela que sempre tinha que resolver tudo. Com certeza esperavam que fosse ela a limpar a massa disforme de carne que tinha se tornado a cabeça do cão. Claro que sim, Sílvia que fazia tudo naquela casa. Estava farta.

– Quer saber? Desisto – disse ela, jogando o pano de prato para o ar – Não vou mais me estressar com isso. Você devia ter vergonha de si mesmo. Ou melhor, deveria agradecer que ninguém tenha visto isso para denunciá-lo. Acha que crimes contra animais não dá processo?

Seu Fernandes gargalhou espalhafatosamente.

– E quem será idiota o bastante pra abrir processo contra mim, sua burra? Sou um dos homens mais ricos desse buraco de cidade.

Hugo chorava e vez ou outra olhava para o fundo da cozinha que dava para a lavanderia onde o Marley...

– Minha irmã é advogada. Ela sabe dessas coisas – continuou Sílvia – Você poderia ser processado e só Deus sabe o que mais. Só quero ver quando...

– Chega, Sílvia! – gritou Seu Fernandes, levantando-se e batendo no centro da mesa – Estou cansado dessa ladainha. Já falei que não matei a porra do cachorro. Eu ia me livrar dele sim, mas não matei. Agora me deixa descansar em paz, caralho.

Hugo praticamente berrava agora. Adquirira uma cor vermelha. Sílvia olhou para o garoto, preocupada. Se continuasse daquele jeito o menino teria um ataque.

– Olha o que você fez! – disse ela, abraçando o filho no chão.

– Bah! Vocês dois dão mais valor nesses bichos do que em mim. Eu trabalho para sustentar essa família e é isto que recebo. Só desgosto. Tô saindo.

Seu Fernandes saiu da cozinha deixando a mulher a consolar o filho.

Lá fora, no piso da lavanderia, a carcaça do animal já impregnava o ar com mau cheiro. Moscas varejeiras enormes pousavam na massa de carne que ainda de manhã fora a cabeça do animal. Uma delas pousou no líquido esverdeado sobre o diminuto ralo. Assim que tocou a superfície viscosa foi tragada e, em segundos, consumida deixando apenas um filete de fumaça praticamente imperceptível para quem estivesse por ali.

Sílvia lavava o que sobrara da louça. Até achava bom ocupar a mente com alguma tarefa. Afinal, pelo que percebera, seria ela a limpar a merda lá fora. Nem adiantava pedir para a enteada Rebeca. A vadiazinha estava na pré-adolescência. Sentia-se dona do próprio nariz e tudo que fazia era desfilar pela casa com mini blusas e shorts tão curtos que podiam ser facilmente confundidos com calcinhas. Foi o que teve que aceitar quando se casou com o bem sucedido contador Fernando. No início tudo foi muito tranqüilo. Sílvia recebia total atenção do marido. As crianças não davam problemas e a mulher tinha toda a enorme casa para ela. No entanto, assim que a vadia ganhou os dotes – que era como sua mãe tinha lhe ensinado – sentia-se a mulher da casa. Provocava Sílvia. Disputava a atenção de Fernando. E o mais absurdo, havia noites que acordava gritando. Fernando logo pulava da cama e ia acudir a vadiazinha. Sílvia esperava, mas o marido não voltava do quarto da enteada. Foi a partir daí que começou a suspeitar que o marido fodia sua própria filha.

Sílvia praguejou quando se cortou com a faca da cozinha. Levou o dedo a boca e chupou. Olhou o corte. Não parecia grande coisa, porém sangrou muito.

– Porra de faca! Porra de louça suja...

Abriu a torneira e deixou que a água limpasse o ferimento. O sangue escorria de seu dedo e sumia ralo abaixo. Sangue quente... Contaminado com ódio...

Seu Fernandes voltou da casa do amigo Cesão pouco mais da meia noite. Tinha bebido algumas latas de cerveja ao ponto de deixá-lo tonto, mas nada que o impedisse de trabalhar no dia seguinte. Queria chegar a sua casa e encontrar tudo normal como deveria ser. A casa limpa sem carcaças de animais decapitados na lavanderia. O filho quieto no quarto entretido no video game e sua adorável filha Rebeca dormindo serenamente.

Assim que abriu o portão para o jardim o cheiro chegou as suas narinas. Então a imprestável de sua mulher não tinha se livrado do bicho morto. Agora ela ouviria umas boas. Ouviria sim. Mulher imprestável! Não era nem metade do que fora quando se conheceram. Agora estava gorda, flácida e fria na cama. Seu Fernandes nem se lembrava qual fora a última vez que fodera com a esposa. Um sorriso malicioso brotou nos seus lábios. Agora isso não tinha tanta importância. Tinha na própria casa o que o compensasse. Ah, sim. Sua filha era maravilhosa em todos os sentidos.

Seu Fernandes passou pelo Jardim chegando ao caminho de pedras que levava a porta da frente da casa. Que fedor desgraçado...

– Síllviaa! – gritou.

Nenhuma resposta. A vaca provavelmente dormira no sofá empanturrada com a comida.

– Porra – xingou, quando sentiu o pé afundar numa substância mole.

Achou que fosse bosta de cachorro. Descartando a ideia logo em seguida. Não havia mais merda de cachorro pelo jardim. O maldito animal estava morto. Então...

Seu Fernandes chegou ao interruptor da varanda a passos largos e o acionou. As luzes se acenderam ruidosamente iluminando parte do gramado.

– Mas que porra é essa? – indagou, olhando a gosma verde na sola do sapato. Era esverdeada, grossa e elástica.

Voltou pelo caminho olhando para o chão. Mais a frente havia um círculo da mesma substância e um filete que seguia pelo gramado até onde se podia enxergar. Ali não veria sem uma lanterna. As luzes não iluminavam aquela parte do gramado.

Seu Fernandes correu para a casa intrigado com aquela coisa. Abriu a porta sem cerimônias e acendeu a luz. Sua mulher dormia no sofá. A televisão estava ligada e a tela mostrava barras verticais coloridas. No chão, metade de um sanduíche de queijo.

– Porca... – sussurrou.

Subiu correndo as escadas e seguia para buscar a lanterna no quarto do casal quando topou com Rebeca no corredor. A garota tinha os cabelos bagunçados e os olhos sonolentos. Vestia uma blusa de algodão que demonstrava perfeitamente os mamilos rígidos sob o tecido e um short tão justo que Seu Fernandes não podia deixar de notar o sinal do corte na parte da frente. Enrijeceu-se esquecendo por um segundo o que fora fazer ali.

– Oi, princesa – disse, abraçando a garota e erguendo-a no colo.

Podia ouvir o som da TV no quarto do filho.

– Oi, papai. Você demorou hoje, tava com saudades.

– Fui resolver umas coisas, bebê. Mas papai vai ficar com você hoje, tudo bem?

Rebeca assentiu e saltou do colo do pai. Virou-se esfregando os olhos para voltar ao quarto. Seu Fernandes esticou o braço e apertou a nádega da filha. Ela somente olhou sobre os ombros, sorriu e prosseguiu.

Passado este momento, Seu Fernandes correu ao quarto e pegou a lanterna da caixa de pesca. Desceu as escadas ouvindo o som da mulher roncando no sofá e saiu para o gramado.

– Agora vamos ver que droga era aquela.

Ligou a lanterna e apontou para o piso seguindo a trilha da gosma. Quando chegou ao gramado pouco iluminado ficou mais difícil, pois a noite estava fria e o sereno mascarava a substância. A trilha gosmenta seguia retilínea e parou ao mastro da fonte para pássaros. Seu Fernandes iluminou então a tigela na fonte. Seus olhos demoraram em entender a imagem que presenciava. No líquido da fonte, jaziam três pássaros mortos. Os pequenos corpos corroídos com gosma verde colada nas entranhas. O homem torceu a boca de repulsa ao perceber que todo aquele líquido era o sangue das aves. O que infernos estava acontecendo ali?

– Que verdadeira... merda.

Seu Fernandes coçou a cabeça. Alguma coisa estranha estava acontecendo ali. Queria descobrir, mas o cansaço falava mais forte. Tinha que trabalhar no dia seguinte e não queria perder a noite de sono desvendando aquele mistério. Virou-se e seguiu para a varanda parando a meio caminho para olhar para a janela do quarto da filha no segundo andar. Podia notar uma fraca luminosidade. O abajur estava aceso. Era o sinal. Sorriu e entrou na casa.

Minutos antes Rebeca descera na cozinha para tomar um copo de água e viu a madrasta dormindo no sofá. Estava encostada na pia, pernas cruzadas com o copo na mão. Pensava na madrasta e de como sua vida mudara quando seu pai se separou de sua mãe. Não suportava mais a madrasta. Queria ficar sozinha com o pai sem se preocupar com a mulher. Queria vê-la morta. Era um pensamento só seu. Não tinha vergonha disso.

Ouviu a maçaneta da porta da sala. Inclinou o corpo e viu o pai entrando. Logo em seguida os passos dele subindo a escada. Tomou toda a água e colocou o copo na pia. Segundos antes, julgava ter visto uma coisa verde escorrer para o ralo. Não deu muita importância. Estava acostumada com as coisas nojentas que a mulher do seu pai deixava espalhadas por aí.

Hugo assistia a seu filme favorito quando os gemidos começaram. Estava acostumado. Não entendia bem o que o pai fazia todas as noites no quarto da meia irmã, mas pressentia – intuição talvez – que era algo errado e feio. Uma vez criara coragem e perguntara a irmã. Ele se lembrava perfeitamente de como a irmã corou e pestanejou como se fosse algo muito vergonhoso de se falar. A irmã dissera que era uma brincadeira. Uma brincadeira para adultos que ele não podia saber. Hugo contestara afirmando que Rebeca também era criança, mas a garota refutou dizendo que ele não podia divertir o pai como ela podia. Isso só serviu para atiçar a curiosidade do garoto. Com isso, nas noites seguintes Hugo encostava o ouvido na parede do quarto e ouvia. Não conseguia escutar muita coisa, fora gemidos da irmã e do pai. Era estranho. Às vezes alguns palavrões. O pai parecia gostar de xingar Rebeca do nome feio. O nome que a mãe usava para as mulheres que ficavam quase sem roupas nas ruas parando os carros. Era só um garoto. Não compreendia a palavra. Uma vez usara a palavra contra uma colega que o atrapalhava na escola. Ficou de castigo naquele dia. Percebeu que fosse lá o que fizessem o pai e Rebeca era algo muito ruim. Por isso a partir daquele dia passará a colocar os fones do mp3 assim que o pai ia pro quarto da irmã.

Nessa noite, porém Hugo estava deprimido com a morte do seu cão. Não queria ouvir gemidos nenhum. Não queria nada daquilo. Queria que as coisas fossem melhores na sua casa como era na casa de seu amigo Diego. Os pais deles se davam bem, não tinha segredos com o irmão e sempre estavam rindo. Sua família, no entanto era estranha. Estavam sempre se evitando, cochichando. Discutiam. Exceto o pai com Rebeca. E isso ele não compreendia. O pai gritava com ele e a mãe, mas nunca com Rebeca. Tinha ciúmes da relação dos dois e queria poder divertir o pai como Rebeca divertia. Talvez assim o pai o tratasse melhor e não matasse seu cachorro.

Os olhos encheram-se de lágrimas. Chorava novamente. Não era justo. Era seu pai também. Rebeca não podia roubá-lo dele.

Hugo levantou-se da cama enxugando as lágrimas com a manga da blusa. Abriu devagarzinho a porta do quarto e saiu para o corredor. As luzes estavam apagadas. Seus pés sentiam a madeira fria do chão. Tremia. Mais de medo do que do próprio frio. O quarto de Rebeca ficava ao lado do seu. Podia ver que uma fraca luz saía por baixo. Receou desistir no meio do caminho, mas criou coragem e foi em frente. Chegou à porta do quarto da irmã e parou escutando. Dali não podia ouvir nada, mas percebia movimentos no interior pelo mudar da luz a seus pés. Inspirou fundo e colocou a mão na maçaneta fria. A bola ajustando-se perfeitamente em sua mão pequena. Girou e empurrou delicadamente a porta. O que viu o deixou mais chocado do que Marley morto no chão da lavanderia...

Não entendeu a imagem que via. Era incompreensível para sua mente de criança. Percebeu que seu pai e Rebeca não usavam roupa alguma. Isso por si só já era estranho. Sentia vergonha de se trocar na frente dos pais então por que Rebeca não sentia também?. Ela estava aparentemente brincando de cachorrinho com o pai, pois estava agachada de quatro na cama. Da mesma forma de quando ele brincava de cavalinho na casa de Diego. Contudo, ali tinha algo errado. O pai não estava em cima das costas de Rebeca e muito menos ela nas dele. Ao invés disso ele se balançava para frente e para trás enquanto a irmã gemia como se estivesse muito cansada.

Deu dois passos vacilantes.

– Pai...?

Seu Fernandes olhou sobre os ombros.

– Oh, merda! O que está fazendo aqui, menino?!

Rebeca saiu da posição em que se encontrava rapidamente agarrando o lençol da cama e cobrindo o corpo. Garoto injerido. Sabia que um dia aquilo aconteceria. Como foi esquecer de trancar a porta?

Seu Fernandes tinha vestido as cuecas em questão de segundos e já empurrava o filho para fora do quarto. Falando desarticuladamente atrapalhando-se com as palavras.

– Filho. Que coisa, sua irmã estava com um problema, então eu... é...

– Estavam brincando, papai? – perguntou o menino inocentemente.

– Isso, filhinho. Estávamos brincando. Agora vai para seu quarto e não saia de lá.

Sílvia roncava no sofá alheia a tudo que acontecia. Tinha comido bastante na janta e depois devorara o sanduíche de queijo. Ela não percebeu quando a coisa surgiu de uma fresta na parede da sala e rastejou silenciosamente para o tapete deixando um rastro esverdeado. A coisa encostou-se em um dos pés da mesa de centro. Enrolou-se sentindo a textura. Segundos depois tinha subido e parado no centro da mesa de vidro exatamente sobre as revistas da mulher. O ponto preto na substância moveu-se examinando. Via uma imagem distorcida a sua frente. A imagem se movia. Estava viva.

A gosma moveu-se pela mesa de vidro e caiu pela beirada com um som semelhante a um saco cheio de água. Tinha fome. A última refeição não tinha sido farta como a primeira. A gosma tocou o sofá. Sentiu a textura fria, desprovida de vida e subiu por ela. Via a imagem distorcida se mover pouco acima. Aproximava-se rapidamente. Sentia que aquela refeição seria maravilhosa.

Sílvia dormia profundamente. De barriga cheia seu sono era pesado. Não percebeu aquele ser estranho a poucos centímetros de seu rosto. Sentia algo mole e frio tocar seus lábios. O sono ia se dissipando aos poucos. Os olhos ensaiavam se abrirem então voltavam a fechar. Não dormia mais, agora apenas cochilava. Realidade misturada com sonhos. Lembranças do marido. Lembranças de quando despertava no meio da noite com o membro do esposo a roçar seus lábios. E era isso que julgava acontecer naquele momento. Os tempos bons voltando. O carinho do marido voltando a ela. Contudo, não queria que ele percebesse que ela estava atenta. Entreabriu os lábios lentamente como se respirasse pela boca. A coisa mole e fria entrou. Sílvia franziu o rosto. Estava diferente. Tinha um gosto diferente do que se lembrava. Queria abrir os olhos, mas obrigou-se a mantê-los fechados. Não queria estragar aquele momento. Então repentinamente queria gritar. Seus olhos se abriram. Estava sufocando. Toda sua boca queimava. Sentia um líquido amargo inundar sua boca e escorrer pelos cantos. Conhecia aquele gosto. Provara pela manhã ao se cortar na faca. Sangue...

Sílvia saltou do sofá e levava a mão na boca tentando desesperadamente puxar aquela coisa que a sufocava. Uma coisa mole, porém consistente que insistia em querer descer garganta abaixo. Os olhos dela despejavam lágrimas. Seu estômago se contraía em espasmos. Queria vomitar. Oh, Deus... Tinha que vomitar, mas não podia com aquilo a sufocando. Sentia o bolo alimentar subir a garganta e voltar. A sensação era indescritivelmente horrível. Então lentamente seus movimentos se reduziram. Sílvia tombou no tapete. Rapidamente uma poça de sangue formou-se ao redor de seus cabelos. O ser deixou a boca de sua vítima e esgueirou-se para a fresta na parede.

O grito do garoto chegou ao quarto de Rebeca. O pai saltou da cama seguido pela filha. Ainda com as roupas de baixo os dois chegaram à sala onde Hugo estava parado, olhando para um ponto atrás do sofá. De onde estavam, Rebeca e Seu Fernandes não podiam ver o que assustara Hugo.

– O que aconteceu, filho? – perguntou.

Hugo tinha as mãos na frente dos olhos e soluçava descontroladamente. Seu Fernandes percebeu que o menino tivera um de seus ataques. Não responderia, então deu a volta no sofá e viu...

Virou a cabeça para o lado e vomitou.

– Rebeca... – falou, limpando a boca com as costas da mão – Ligue para a polícia.

– Pra quê?

Seu Fernandes encarou a filha, atônito. Ela não podia... Não teria coragem... Aquele expressão maléfica no rosto...

– No quintal? – perguntou, sério.

Um sorriso malicioso brotou nos lábios de Rebeca.

– Vou buscar a pá e o cal.

Fim.

Bruno Pereira

12/01/2012.

Sr Terror
Enviado por Sr Terror em 12/01/2012
Reeditado em 11/05/2012
Código do texto: T3437186
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